:: Romance, tragédia, escuridão e talvez, esperança. Uma vida marcada.
Um pequeno momento pode mudar uma vida inteira, tudo o que se havia planejado, as certezas que se tinham no amanhã evaporaram como pó. Milésimos de segundos podem destruir anos...
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[𝚈𝚘𝚞𝚗𝚐𝚋𝚕𝚘𝚘𝚍 - 𝟻 𝚂𝚎𝚌𝚘𝚗𝚍𝚜 𝚘𝚏 𝚜𝚞𝚖𝚖𝚎𝚛.𝚖𝚙𝟹]
Perspectiva Lee Hyeri.
Era uma tarde calorosa em Seul, a temperatura da capital estava bem mais alta do que de costume e eu estava enfurnada em meu trabalho, ou no depósito, para ser mais exata. Estava organizando nosso estoque de livros, que seriam doados para instituições de caridade, por ordens da minha chefe.
Enquanto eu estava limpando uma prateleira empoeirada e perigando "atacar" minha rinite, Yura estava atendendo alguns clientes na loja. Coloquei o último exemplar na pilha para doação, seguindo as instruções que me foram repassadas anteriormente.
— Você terminou? — Yura perguntou adentrando o cômodo em que eu estava e gesticulei que sim. — Aish, eu ia te ajudar, Hyeri! — Resmungou e eu dei de ombros.
— Já passou, boba. — disse simples, pegando minha garrafa de água que estava sob a mesa e tomando um gole generoso.
— Na próxima vez me chama, não precisa fazer isso sozinha, você sabe que é muita coisa.
— Ok ok. — disse rindo zombeteira. — Hum, você já fechou?
— Já sim, já mandei mensagem pra senhorita Eun também, avisei que você e eu já havíamos terminado e estávamos de saída. — disse enquanto pegava sua bolsa e a vasculhava, provavelmente a procura de algo.
— Ah, ufa. — suspirei me espreguiçando. — Nem acredito que viemos trabalhar na nossa folga, aí que vida injusta!
— Ela pagou mais né, Hye... — argumentou.
— Que difícil a vida do trabalhador! — disse fazendo beicinho e minha amiga riu, provavelmente pensando em como sou esquisita.
— Você é uma em um milhão, Hye! — disse entre risos. — Até parece que você precisa disso. — revirou os olhos e eu dei um tapa em seu ombro. — Aí, sua maluca!
— Eu não tenho dinheiro, Yura.
— Ah é, você não tem dinheiro. —disse ela apenas concordando comigo para que eu não continuasse. Nós duas caminhamos até o banheiro feminino entrando cada uma em uma cabine para mudarmos de roupa, pois estávamos de uniforme. — Hum, ainda viu o seu herói bonitão? — disse ela na cabine ao lado da minha.
— Herói? Quem?
— Seu vizinho, sua tapada.
Revirei os olhos.
— Ah, ele. Não o vejo muito, acho que ele deve ser muito ocupado, sabe? Desde o primeiro dia em que o vi, já imaginei que fosse um daqueles caras que é fixado em trabalho. — disse enquanto tirava a blusa do uniforme e colocava minha blusa com a estampa de um seriado chamado Friends, um dos meus favoritos.
