capítulo Único

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Olá gente, bem faz um tempinho que apareço por aqui. Infelizmente estou passando por um bloqueio enorme, então tenham paciência CMG. Essa fic, foi uma das poucas coisas q saíram e eu não estou 100% segura sobre ela, mas espero q vocês gostem .

Boa leitura.
(...)




Nicotina, heroína, morfina, álcool…  Essas eram algumas dentre as várias drogas que rolavam naquela festa e, bem, até pouco tempo atrás eu podia dizer que não, nunca tinha ingerido nenhuma delas, que não conhecia os seus efeitos, mas estar com ele mudou tudo.  Ele não era um cara legal, estilo amigo de toda vizinhança que te fazia crescer e alcançar o seu melhor. Não! Jeon Jungkook era precipício, o desvio no caminho que nenhum pai deseja que os seus filhos sigam. Mas não entendam mal, ele não é um vilão e eu o mocinho. Nossa história não é sobre isso. Nossa história é sobre vício. Sobre o hábito irresistível que tirava nossa noção sobre certo e errado.

E, bem, nenhuma das drogas acima era o que nos tornava dependentes. Nosso vício não era vendido em mercados ou nos saquinhos que rolavam de forma clandestina naquela festa de fraternidade. Não! Nosso vício era outro, que não tinha contra indicação médica ou social, mas era letal para nós. Mas vamos começar do início, da primeira vez que o vi.

Eu não era ingênuo quando o conheci, eu sabia bem que não era apenas sua roupa e estilo que eram diferentes do meu. As histórias sobre quem era Jeon  Jungkook corriam pelo campus todo, mesmo em áreas distantes, como o meu bloco, as historias sobre as suas festas regadas a álcool, drogas e sexo explícito chegavam com bastante frequência e detalhes. Eu sabia que ele era o péssimo caminho, que ia contra todas as minhas cautelas… E eu podia correr, dizer não, mas eu fiquei por escolha própria e caminhei até Jungkook.

Eu disse, sim! Sim para aquele flerte acompanhado de um sorriso sacana que você sabe que vai foder com tudo, mas você não se importa porque você está intoxicado pelo efeito dele. Eu disse, sim.

Talvez quisesse me provar, fazer algo imprudente antes da vida adulta realmente começar. Não sei. Eu era um cara de 23 anos, com o curso de letras em seu último estágio e uma ficha acadêmica intacta, mas que sentia que algo faltava em minha experiência como estudante. E como disse, as histórias sobre o Jungkook eram vastas e o seu desempenho e movimentos sexuais também eram de conhecimento público, e eu não entendia porque não arriscar com uma única vez. Uma aventura depois de uma longa bateria de provas, era isso que pensei que iria ser.

E o sim saiu tão fácil dos meus lábios, o fazendo sorrir mais sacana ainda, como um último sinal vermelho do universo: Não vá, Yoongi!

No entanto, depois que o sim saiu, não tinha como voltar atrás. Jungkook sabia que era uma chance única. Ele viu o brilho esperto nos meus olhos, ele sabia que apesar das minhas roupas de nerd e minhas lentes quadradas e grandes, eu via o que a gente ia ser um para o outro; nada além de sexo. E ele me puxou, debaixo daquelas luzes neon de caleidoscópio. Suas mãos eram grandes sob minha cintura fina e o seu cheiro era toxina para os meus sentidos. Talvez o meu também fosse, porque assim como eu, ele tremeu com um contato mais próximo.

Todavia,  o pior foi o seu gosto, tabaco, whisky, menta e algo novo. Algo que eu definia como “Jungkook”.  Isso foi o que explodiu a minha mente e veias com uma reação química nova, que nenhuma droga provada depois poderia se igualar em potência dentro meu organismo.

E era apenas um gosto.

Uma gota em um oceano vasto de sensações, que naquele momento não sabia a profundidade, e, por acreditar  naquela sensação superficial e de aparência inofensiva, joguei minhas defesas para o ar. Era tão bom, meu corpo estava quente, meus batimentos acelerados e minha libido estava em seu pico. Então porque não se jogar  naquela que achei ser a primeira e última vez de nós?

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