Capítulo 8

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Ketelly: Sair do banho e não encontrei Duda, ela foi embora sem me da tchau. Me vestir e meu celular apitou, era ela, meu coração acelerava, meu corpo esquentava, e eu sentia frio na barriga só de ler o nome dela. Eu não sei exatamente como descrever tudo isso, e vou logo pegando o celular.

Duda pedia pra mim apagar o número dela e esquecer ela, algo doeu em mim, sentir meu peito aperta, sentir como se algo tivesse sido tirado de mim, eu não sabia oque exatamente fazer, mas eu sei  que tenho que saber o porquê disso tudo, o motivo.

Eu sair de casa sem falar nada pra minha mãe, e fui até a casa dela. Cheguei lá, a mãe dela me atendeu.

Ketelly: Duda está aí?

Mãe de Duda: Ela está no banho.

Ketelly: Eu preciso falar com ela.

Mãe de Duda: Tudo bem, ela está lá no quarto.

Então eu subir, eu já sabia qual era o quarto dela, eu sei que ela me via a noite. Cheguei no quarto dela e ela estava deitada lá, e parecia chorar.

Ketelly: Duda?

Duda: Ketelly, o que você ta fazendo aqui?

Falou ela olhando pra mim, com os olhos vermelhos e o rosto inchado.

Ketelly: Quero saber o porque da sua mensagem.

Duda: Foi exatamente o que você leu, apague meu número, não sou uma boa amizade.

Ketelly: Me fala pelo menos o porque. Eu não entendo.

Duda: Eu sou lésbica Ketelly, eu não quero prejudicar você, não quero problemas, não quero fazer minha mãe se mudar de novo. Vai embora agora, eu não quero mas nada de você, nem sua amizade e nem algo a mais.

Eu sair de lá, chorando com as palavras dela na mente, não entendia o que havia acontecido, só sei que doía muito. A mãe dela me parou antes que eu saísse.

Mãe de Duda: Ei, espera, ta tudo bem? Oque houve?

Ketelly: Ela pediu pra mim ir embora, e eu estou indo. Eu só queria saber o porquê.

Mãe de Duda: Eu te falo o porquê, senta aqui, bebi uma água e tenta se acalmar.

A mãe de Duda é educada, bonita e paciente. Pegou um copo de água pra mim e sentou ao meu lado.

Mãe de Duda: Eu falei pra ela parar de falar com você, eu não quero que ela crie problema com sua família, não quero confusão. Por favor, se afaste da minha filha, eu não quero nem que o pai dela sonhe sobre isso, sobre vocês duas.

Ketelly: Não existe nós duas, ela é apenas uma amiga. - falei interrompendo ela.

Mãe da Duda: Amigas ainda, se você tivesse na boa, só na amizade mesmo, você não teria vindo aqui assim, e não iria sair assim, chorando. Eu sei bem oque está acontecendo, mesmo sem vocês saberem ainda, então vamos evitar um problema, tanto na minha casa, como na sua, se sua mãe sonhar com isso, eu nem sei oque fazer menina.

Ketelly: Não vai acontecer nada, eu vou pra casa.

Então fui pra casa. Eu só sabia de duas coisas. A primeira é: Ela quer se afasta de mim pela mãe dela, e não porquê ela quer. E segunda: Eu não vou deixar isso acontecer.

Cheguei em casa, minha mãe ainda estava dormindo e meu pai já tinha ido pro trabalho, fui pro meu quarto, pensei em tudo oque a mãe de Duda falou, e eu também não sei oque minha mãe iria fazer. Eu só sabia que pensar em perder essa menina doía muito, mesmo eu não tendo nada com ela, nem mesmo a amizade. Só sei que dói.

Duda:

Que dor horrível, falei pra Kete coisas horríveis, mentiras, mas minha mãe tem uma certa razão, eu não posso fazer isso com ela, acabar com a união da família dela. Só sei que eu tava sentindo algo, só não sabia exatamente oque era. Minha mãe veio falar comigo.

Mãe: Eduarda?

Duda: oi.

Mãe: Falei com Ketelly.

Duda: OK.

Mãe: Falei que eu tinha dito pra você não falar com ela.

Duda: Tudo bem.

Mãe: Vamos tomar café?

Duda: Tô sem fome.

Então ela saiu e me deixou só. Será que Ketelly vai me perdoar algum dia? Não sei oque fazer, só sei que oque sinto é forte, e que doeu falar tudo aquilo pra ela.

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