-Offenderman -Criado por Boo no amino.
A respiração era irregular, seu coração pulava de forma frenética, as suas mãos estavam pressionadas contra o seu peito apertando a sua camisa áspera, as lágrimas corriam tão violentamente que faziam lembrar uma tempestade marítima, onde - de forma cruel- o marinheiro em meio ao seu desespero, se atirasse do barco tentando alcançar algum tipo de forma de sobrevivência, tentando alucinadamente escapar da dor, o jovem se sentia esse mesmo marinheiro mergulhado no seu mais puro desespero.
-"Francis!!" -O rapaz encolheu-se completamente ao ouvir a voz do homem selvagem por trás da porta, tentou abafar o som dos seus soluços levando a sua mão até à boca.
-"Abre-me essa merda, estás a ouvir-me Porra?"-O homem batia freneticamente na porta com a intenção de levá-la ao chão, tentava a todo o custo abater a estrutura de madeira de forma abrupta. Gritou, pontapeou, insultou o jovem, ameaçou o mesmo elevando a voz estridente e embriagada até as suas cordas vocais não aguentarem mais a ponto de tossir uma e outra vez. Após alguns minutos de tosse ouviu-se passos se afastarem da porta, "acabou?" O rapaz se questionava sem ao menos deixar algum ruído escapar de sua boca com medo que o maior o ouvisse.
Mais uma hora se passou, Francis levantou-se do chão frio e caminhou cautelosamente até à cama, desejando adormecer e talvez morrer enquanto dormia. Sempre lhe disseram que era a forma mais dócil de morrer, dormindo tranquilo em sua cama quente e confortável.
...
O seu pai era alcoólatra, era violento, tentava por vezes espancar o próprio filho quando em contacto com o Whisky caro que invadia o seu sangue fervente.
A sua mãe era uma mulher linda, de dar inveja, loira, olhos grandes e verdes alta, magra, os seus cabelos sempre bem penteados, vestidos caros e deslumbrantes, sempre caminhava de forma elegante em seus saltos altos.
Mas tinha um defeito, não amava ninguém, nem ela mesma, nem o filho, muito menos o seu marido selvagem.
Gostava de passar o tempo em um bordel qualquer, dormia com todos os homens da pequena vila em um canto qualquer de Espanha, não ligava para nada ou para ninguém.
Sempre que chegava a casa, pegava na garrafa de vinho caro e subia para o quarto, ignorando completamente o jovem pálido de cabelos incolores no chão, magoado a sangrar.
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Creepypasta Stories
HorrorNeste livro irá encontrar histórias de Creepypastas diferenciados. Criei este livro para as pessoas que não conhecem este "universo" -o que acho difícil kkkk- As histórias raiz não são da minha total autoria, mas as histórias estão moldadas do meu j...