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Outra fic porque minha cabeça enche de criatividade a todo momento. Apenas avisando que eu não entendo quase nada de basebol, tudo que eu sei foi porque li um monte de coisas sobre. Desculpe por todo e qualquer erro gramatical!

boa leitura!

[...]

Andava no meio da multidão com uma camisa de time, um boné branco com a logo do time de basebol 'Vancouver Dreamiers' e com um dedo de espuma com o número um gravado no centro e o nome 'Dreamiers' no dedo. Se enfiou em buracos até chegar no grande portão do estádio e logo entrou. Aquele lugar era gigante fazendo seus olhos brilharem em animação.

Não era fanático por basebol, mas gostava muito de assistir os jogos pela TV de tubo velha que tinha na sua casa. Era a primeira vez que iria assistir um jogo presencialmente, estava nervoso e animado para aquele dia. Tinha juntado todos seus trocados à partida de basebol que tanto queria ir. Contou os dias ansiosamente até aquele momento e finalmente estava acontecendo.

Olhava para o lugar admirado, tão focado em apreciar cada paisagem e gravá-las na sua memória que não percebeu que o jogo já tinha se iniciado. Em seu colo tinha uma filmadora que tinha pego da sua tia justamente para poder gravar algumas partes perdidas do jogo. Iria deixar aquele dia documentado para ver todos os dias até se cansar. Ligou a câmera girando a tela para si assim podendo ver o que gravava. Filmou seu rosto tentando expressar o que sentia naquele momento e depois virou a câmera para o campo.

Haechan não entendia nada que estava acontecendo, apenas sabia que os Dreamiers estavam vencendo e só isso bastava. Focou sua câmera especificamente no jogador de cabelos esverdeados que estava de costas para si e deu um zoom na sua camisa para saber seu nome: "Mark?" disse pronunciando o "ark" como "ork". Levantou uma sobrancelha e, enquanto diminuía o zoom, o tal Mark fez mais um ponto fazendo a torcida ir à loucura. O garoto que estava ao seu lado gritou alto — assim como todos os outros torcedores —, fazendo Haechan sentir seu ouvido chiar. Xingou baixinho e voltou a prestar atenção no jogo.

Tudo parecia tranquilo até o time adversário começar a fazer pontos e finalmente empatar o jogo. Faltava um inning para cada equipe chegar no limite máximo e ao fim da partida (que durou pouco menos de duas horas). Haechan se encontrou tenso diante a situação, todos ali estavam.

Bola vai bola vem, só faltava uma corrida para o fim da partida. O clima era tenso dentre todos que acompanhavam o jogo. O rebatedor do Dreamiers estava preparado para fazer a última jogada. Segurou o taco firmemente e respirou fundo focando naquilo. O pitcher arremessou a bola. Tudo passou em câmera lenta até a bola entrar em contato com a superfície do taco e Mark a bater com toda sua energia para as arquibancadas. Era um home run lindo.

O estádio enlouqueceu aplaudindo, gritando, pulando, outros correndo atrás da bola que voava em direção a eles. Haechan viu o objeto vir pouco a cima da sua cabeça e levantou sua mão com o dedo de espuma sem intenção alguma de pegar a bola. Os torcedores corriam com ambição, mas não adiantava mais, pois a esfera já estava na mão do coreano.

Queria chorar, não de alegria mas sim de dor, muita dor. Pensava sobre o que teria acontecido se tivesse pego aquela bolinha com a mão sem o dedo de espuma. Estava cogitando se ter pego aquilo foi uma boa ideia ou não. Com os olhos cheios de lágrimas olhou para a bola nas suas mãos. Com certeza tinha valido a pena ter quase se machucado.

[...]

Eram por volta das 11 horas da noite quando Haechan voltava para casa com confetes por todo seu corpo, a roupa bagunçada assim como seu cabelo, com o solado do tênis descolando e admirando a esfera em suas mãos. Tinha saído do estádio pouco tempo atrás e seria uma longa jornada até o ponto de ônibus mais próximo dali. Dava passos lentos e tropeçava nas beiradas das calçadas por não estar prestando atenção no seu redor.

4STRIKES⋆˚.markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora