❝Hoseok é um cupido experiente, porém deveras atrapalhado e ao receber uma nova missão pode causar uma enorme bagunça.
Park Jimin, seu superior, não lhe deu opções. Para receber seu tão sonhado par de asas, precisaria fazer com que Kim Taehyung conq...
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- você 'tá brincando né? - a voz esganiçada e deveras surpresa de Hoseok ecoou pelo ambiente amplo, enquanto o mesmo observava seu superior contornar majestosamente a mesa branca, assim como tudo o que havia ali, e lhe lançar um olhar repreensivo por baixo de seus cílios longos - desculpe.
- Koi no yokan é uma expressão japonesa que se define por aquela sensação de encontrar alguém e sentir que acontecerá uma grande história de amor com o passar do tempo - com brandura, o mais velho iniciou a medida que seu olhar crítico dissipava-se - é nisso que nós, cupidos, nos baseamos. É necessário ler com precisão cada atitude, cada mínimo movimento de seu favorecido, para assim ter certeza de como devemos proceder, compreende? - Hoseok apenas assentiu, ajeitando sua postura na cadeira. Não queria falar nada que pudesse zangar seu 'chefe' - Kim Taehyung é o seu favorecido, apadrinhado, como preferir. E você deve fazer com que Min Yoongi se apaixone por ele, por meio do caderno do amor.
Jimin explicava com muita paciência o que o rapaz deveria fazer. Suas instruções eram simples e objetivas. Não haviam razões para que aquela missão desse errado.
- Lembre-se, Hoseok - o garoto de pele pálida e fios de um tom loiro que beirava o platinado, chamou atenção do mais novo, que preparava-se para deixar o ambiente desprovido de cor - se realmente quiser receber seu par de asas, deve cumprir sua missão - engolindo em seco, Hoseok passou os olhos pelo órgão repleto de majestosas penas brancas, que reluziam de forma intensa, acoplados nas costas do que lhe falava - essa é sua última chance. Não a desperdice.
[...]
Aquele havia sido mais um dia completamente normal e monótono na vida de Taehyung. Acordou quando o sol já estava prestes a nascer e ainda assim, mal teve tempo para o café da manhã.
Saiu apressado da casa em que morava, no centro de Seul e precisou de dois metrôs até, finalmente, chegar a cafeteria em que trabalhava, faltando menos de cinco minutos para o início de seu turno.
Na parte da tarde, ele foi para a faculdade, exatamente como fazia todos os dias e embora estivesse relativamente cansado por conta das noites mal dormidas, sorriu para seus amigos, em especial Jungkook, que se esforçava para retribuir o bom humor.
Ele não costumava sorrir muito, tão pouco demonstrar algum tipo de afeto, mesmo por ele, que era seu amigo desde a pré-escola, mas Taehyung sabia que isso não era ruim e nem mesmo significava que ele não gostasse dele. Era apenas sua maneira de ser.
O rapaz devia confessar: amava o jeito dele e por muitas vezes se questionou como seria se o moreno se apaixonasse por ele.
Incrível, sem sombra de dúvidas. Seu coração acelerava e seu estômago parecia explodir em milhões de borboletas apenas com esse pensamento. No entanto, também era algo incabível.
Ao retornar pro conforto de seu lar, mal podia esperar pelo momento em que tomaria um banho quente, para, logo em seguida, aconchegar-se em seus cobertores macios.
