capítulo único

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A matéria do dia  não era chata muito menos a explicação do professor. A questão era que Kuroo não estava bom para ficar sentado ouvindo o homem a frente tagarelar lendo o texto de teoria e passando tarefa ou sei lá o que para fazer.

Kuroo queria poder  levantar daquela cadeira dura que lhe dava dor nas costas e sair da sala sem ter a necessidade de falar nenhuma sílaba para explicar o porquê de sua partida antes do sinal sooar. Entretanto o mundo é um lugar injusto e cruel. Aquele maldito assunto que o professor se dedicava tanto a explicar cairia na prova que estava prevista para acontecer dentro de duas semanas.

Kuroo revirou os olhos irritado pegou o lápis que estava na mesa e começou a rabisca no canto vazio do livro  fazendo traços simples até que começou a ser mais detalhista e os meros rabiscos no canto vazio da folha cheia de textos começou a tomar forma.

Sorriu timido ao terminar de fazer o que seria o cabelo do personagem que desenhava. Os fios capilares do ser eram uma das características principais de uma pessoa que Kuroo tinha um carinho muito grande: Kenma.

— Kenma! — gritou o jovem de madeixas negras.

Correu feliz em direção ao menino de estatura média com cabelos loiros de raiz escurecida vestido com o fardamento vermelho da nekoma agachado com a cabeça baixa mechendo no celular no canto de uma esquina da rua próxima à escola.

— kenma... vamos! — disse agarrando no capuz da roupa do de cabelo maior

— Me deixe em paz!

Kenma odiava quando Kuroo gritava no meio da rua por seu nome. Já havia até brigado com o gato preto por causa dessa mania vergonhosa porém de nada adiantava tentar mudar tal postura de Kuroo.

— vamos, vamos! — falou com um sorriso de orelha a orelha.

— já está tarde kuroo... eu não quero jogar a essa hora.

— você prometeu que levantaria para mim hoje!

Kenma fez uma cara enjoada encarou o moreno de cima para baixo com um olhar de cansaço " por que continua agindo como uma criança mimada? "

— não vou e pronto. — afirmou  caminhando ao lado de Kuroo que por tentativa de bajulação tomou a mochila de Kozume para que não carregasse peso.

— kenma é um gatinho tão mal... vou lhe castigar quando chegarmos.

O outro garoto não falou nada apenas encarou raivoso o mais alto. Realmente não adiantava senta e conversar com Kuroo. Então nem valia a pena tentar fazer o garoto parar com aquelas coisas vergonhosas que saíram de seus lábios todas as vezes que se encontravam apenas os dois.

— kuroo...

As palavras saíram como um sussurro dos lábios rosados e pequenos de Kenma.

— fale meu loirinho lindo.

— eu te odeio.

—  também te amo!

kurooOnde histórias criam vida. Descubra agora