Cotidiano

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Maratona 2/9

Depois de dois dias observando Seokjin tinha certeza da mudança dos namorados, sejam os hormônios, apetite ou humor. Eles estavam temperamentais e sensíveis a coisas que antes eles ignoravam.

Ele não tinha uma idéia concreta do que os namorados tinham até atender um paciente com um ômega grávido como acompanhante. Algo fez click em sua cabeça e agora ele estava esperando o momento mais oportuno para reunir os namorados e explicar sua teoria.

Primeiro gostaria de reunir os ômegas e ter uma conversa com eles, depois incluir o alfa no meio. Hoseok com certeza ficaria empolgado com a ideia mas ele precisava ter certeza se os namorados realmente estavam prontos para aquela etapa, se não, teriam uma conversa ainda mais íntima entre todos.

Nesse momento queria a ajuda de sua mãe. Mas estava afastado delas e de qualquer sogros por motivos óbvios. Ela saberia lhe aconselhar e lhe explicar sobre o que precisava saber. Uma mulher experiente como ela deveria passar seu conhecimento pro filho mas nunca tiveram uma conversa sobre esse tipo de coisa até ele tomar a iniciativa.

Fora os namorados ainda teriam que reunir todos os pais e contar a novidade mesmo que fosse por mensagem, eles precisavam saber. E talvez, só talvez, Seokjin não quisesse ouvir suas opiniões e conselhos.

Só pela sua lembrança de sua infância junto aos namorados desde pequenos sabia que nenhum deles ali estão aptos o suficiente para aconselhar sobre filhos.

Se lembrava de cada dia que precisou de uma figura alfa na família e sua mãe junto aos sogros viviam trabalhando e esquecendo a família, lembrava das brigas, de sua mãe o ignorando e ele tendo que buscar consolo nos meninos que passavam pelo mesmo.

Única figura alfa que tiveram durante infância e adolescência foi hoseok e isso foi complicado para todos. Pois hoseok ainda estava se desenvolvendo ao mesmo tempo que precisava ser presente na vida dos amigos/namorados. Não exigiam dele o que seus pais deveriam fazer, hoseok não era uma figura paterna para eles, apenas um ombro amigo que os entendia e que os protegia sempre que podia mesmo tendo suas próprias preocupações.

Analisando toda sua vida e a de seus namorados não saberia dizer se estavam prontos para tal responsabilidade mas independente da conclusão da conversa, sabia que estariam todos juntos se apoiando como sempre.

Jin: taehyung?

Taehyung virou o rosto apenas para o olhar por cima dos ombros. Os olhos de cor vermelha colocaram Seokjin em alerta. Sabia que não deveria deixar ele vir trabalhar no período de pré cio mesmo ele sendo teimoso e insistindo que viria.

Tae: sim?

Jin: tá se sentindo bem?

Tae: sim. Só um pouco...irritado.

Jin: se você quiser eu posso te levar...

Tae: eu não vou pra casa!

Os dentes afiados fizeram aparição no mesmo momento que a voz carregada de ira saiu da boca do ômega. Seokjin estremeceu antes de tampar os ouvidos e fechar os olhos com força. Aquela voz começava a fazer seus ouvidos doerem.

Jin: eu ia dizer para irmos ao telhado. Lá podemos almoçar e relaxar um pouco sem ninguém por perto.

Tae: oh, eu adorei.

Os olhos voltaram ao normal junto ao sorriso quadrado. Seokjin suspirou aliviado, não saberia o que fazer Se Taehyung tivesse uma recaída dentro do vestiário. Ali tinha várias coisas cortantes e tinha certeza que quem ousassem interferir iria sair machucado. Felizmente ele sabia que taehyung era uma pessoa que gostava de silêncio nesses dias, ficar longe de outras pessoas era o ideal para manter o ômega calmo e com bom humor.

Alfa em problemas Onde histórias criam vida. Descubra agora