NOTAS:
Hey!! Aqui está o primeiro capítulo e ele começa em linha do tempo da série, no último capítulo da 4a temporada. Maaaas, lembrando, Lexa não morre aqui hehehehe Então tome Clexa sobrevivendo juntas ao praimfaya.
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Clarke olhou para Lexa com os olhos arregalados e a sua melhor cara de descontentamento, aquela que Lexa já conhecia muito bem, devido às experiências anteriores. Mas isso seria uma coisa que ela não daria o braço a torcer. Não era a vida do povo dela ou do povo de Clarke ou qualquer idiotice, era a vida de Clarke e ela não iria arriscar a vida de Clarke.
— Acho que eu não entendi.
— Você entendeu. Você vai me dar isso — Lexa disse e se aproximou novamente para pegar a mochila das costas de Clarke. A loira deu dois passos para trás e Lexa respirou fundo antes de avançar novamente. — E vai voltar e pegar aquele foguete e eu vou fazer seja lá o que a Raven mandou.
— Eu não vou voltar — Clarke insistiu e, só Deus sabe como, conseguiu escapar das investidas de Lexa e passar a passos rápidos em direção à torre. — Eu não vou deixar você aqui, não vai dar tempo de você subir, instalar isso e voltar correndo para entrar no foguete. Eu não estou deixando você.
— Sim, você está — Lexa correu e finalmente conseguiu segurar a mochila. Clarke quase caiu com o impacto de Lexa segurando a alça. — Você não está protegida do Praimfaya e eu estou.
— Eu estou também — Clarke se virou e gritou com ela. — Eu também tenho o sangue negro agora, ou você esqueceu?
Antes de Lexa conseguir responder, Clarke tirou uma faca de dentro do bolso da mochila e, em um movimento idiota e de puro impulso, cortou o braço na altura do cotovelo. O sangue negro escorreu e Clarke sugou o ar pelo dente ao sentir o ar venenoso queimar a sua pele.
— Você ficou louca? — Lexa cobriu o rasgo da roupa com as duas mãos e olhou para Clarke com os olhos arregalados. Foram poucas vezes que Clarke pôde ver medo transparecer no rosto de Lexa. — Você tem que aproveitar que ainda temos alguns minutos e voltar. Por favor, Clarke, por favor. Se você não quiser receber uma ordem minha, eu vou te pedir. Nós não sabemos se isso está funcionando e eu não posso te perder.
— Eu não posso te deixar aqui sozinha por cinco anos — Clarke disse, a voz amolecendo. — Eu não posso te deixar por cinco anos.
— Eu não posso te perder. Por favor, não me faça sentir toda aquela fraqueza novamente. Eu consigo viver cinco anos sem você, mas eu não posso viver sabendo que outra pessoa que eu amo morreu por minha culpa.
— Lexa — Clarke tentou, mas o olhar de Lexa a impediu e ela deu um aceno tímido com a cabeça. Lexa soltou o ar que estava segurando e tirou uma das mãos do corte do braço de Clarke e a colocou no seu capacete.
— Obrigada. Agora coloca a sua mão aqui e volte para o foguete, temos cinco minutos para você correr até eles.
— Eu te amo, ok — ela disse enquanto substituía a mão de Lexa pelas suas.
— Eu sempre vou estar com você.
Clarke sorriu para ela e concordou com a cabeça.
— Você se lembra do que a Raven disse? Como instala e ativa isso?
— Sim. Agora vá, você não tem muito tempo.
Clarke olhou mais uma vez para ela, piscando rápido para afastar as lágrimas, e deu alguns passos para o lado para Lexa alcançar a torre. Quando Lexa subiu os dois primeiros degraus, Clarke começou a sua corrida até o laboratório de Becca e o foguete de Raven.
