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Na cidade de Utopia, tudo era perfeitamente bem feito e estável, com escolas boas e faculdades locais melhores ainda para o futuro dos novos cidadãos. Governado por um prefeito capaz e humilde, todos levam uma vida de luxo e sem perigo.

Todos em uma parte da cidade.

Pois Utopia aos olhos de baixo, não era bem assim, como toda cidade, tem seu lado claro e escuro, o bom e o ruim.

Era 22:48 da noite, quando em uma rua mal localizada e escura, se encontrava um garoto agaixado mexendo em seus bolsos a procura de algo, um celular.

Com o cigarro quase molhado por conta da chuva que caia na boca, uma regata branca encharcada e calças pretas quase cinzas surradas, o garoto discava um número qualquer e iniciava uma chamada.

"atende seu merda" ele pensa.

— Alô? Hongjoong? Ta me ouvindo? – aliviado a segunda linha responde, ele passa a mão livre nos cabelos e joga fora o cigarro acabado. — Cara, eu me meti numa merda gigantesca.

Oque você fez dessa vez?

—  Talvez eu tenha me metido numa briga com os moleques da Rua A, e agora to escondido num beco, na chuva, enquanto eles estão atrás de mim. – o garoto fala preocupado mas com um sorriso nos lábios ao lembrar do que aconteceu.

— Jura? Nada fora do comum né? – suspira – Aonde você 'tá? Me diz que mando o Mingi te buscar.

— Você é uma luz no fim do túnel sabia? Vou te mandar localização por mensagem, manda o Mingi vir rápido.

'Tá querendo demais madame, relaxa que ele já chega, se vira ai por enquanto.

A chamada é cortada na hora, o garoto guarda o celular no bolso da calça, e se levanta para olhar a esquina.

Como estava escuro e chuvoso, era melhor pra ele que mal conseguia ser visto, com poucas luzes das casinhas que tinham ali, o poste que sempre piscava e ninguém na rua além dele aparenremente.

Ele encosta na parede de tijolo molhado, pensando consigo mesmo do porquê foi implicar com os caras justo hoje, pois mesmo sendo bom de briga, um contra 7 não é muito legal.

Com uma ação nada pensada, ele caminha para o meio da rua, a fim de ver se seu amigo está chegando.

Oque obviamente foi uma péssima ideia.

ELE ESTÁ ALI!!

Um grito ecoa na rua um pouco longe do rapaz, que se vira na mesma hora, rangendo os dentes e pronto pra correr denovo, "merda" pensa.

Correndo e virando em becos aleatorios, ele esbarra com sua maior esperança do momento.

— Mingi?? – graças a Deus, ele pensa — Aonde você tava? demorou pra caralho.

— Óbvio você sumiu do lugar da localização, estacionei a moto e corri pra te procurar.

Ele ia responder, mas os garotos pararam bem na esquina da rua, que só fez os dois correrem em disparada.

O mais baixo seguindo Mingi, a adrenalina se divertindo em suas veias, os dois amigos correm feito uns loucos, como se estivessem em uma maratona. O maior puxa seu amigo para uma parte da rua que tinha uma moto semi-nova estacionada, "de onde veio essa?" pensa o menor.

— Sobe. – Fala o maior ja sentando na moto e colocando o único capacete que tinha.

— Oque? Mas de quem é ess-

— Só sobe nessa porra.

O garoto sobe na garupa, dando duas batidinhas no ombro do outro, fazendo-o arrancar a moto e correr em toda a velocidade. Ele olha para trás e vê os garotos parando de correr no meio da rua, num instinto ele levanta o dedo do meio e aponta para os mesmos.

Ele ri alto se aliviando de ter saído da encrenca, passa a mão em seus cabelos e joga a cabeça para trás, aproveitando o vento e a chuva que caia em sí naquela velocidade.

Provavelmente pegaria uma gripe, mas essas situações eram costume demais, e seu corpo já se adaptou.

— Obrigado por me salvar dessa. De novo. – Ele fala alto pro outro poder ouvir.

— Já é rotina te salvar, né princesa? – Mingi responde sorrindo.

— Vai se foder. – ele responde dando um tapinha no capacete.

As 00:05, os dois ainda na moto, corriam em velocidade absurda no meio dos carros da avenida que por incrível que pareça estava cheia.

Mingi corta um caminho, numa curva perigosa que quase choca com um carro que vinha, a sorte foi o motorista ter freiado rapidamente.

O coração dos dois dispara e eles riem mais ainda do que ja estavam rindo.

— Caralho você vai matar a gente – comenta o menor.

— Se acontecer seria uma glória, você parando de dar trabalho por ai. – Mingi responde rindo.

— Será? com certeza minha alma continuaria perambulando por aqui, Utopia não vive sem Choi San, jamais viverá.

Sorrindo e totalmente molhado, os dois continuam no caminho para a casa do Hong, tinha praticamente acabado de dar meia noite e o dia apenas começado.

O Choi, era um delinquente qualquer da cidade, que se estraga para entretenimento de qualquer um, e ele não ligava nem um pouco.

um.

Gasoline ' woosanOnde histórias criam vida. Descubra agora