[ABO] Londres, Inglaterra - 1839.
Para um londrino, ser agraciado com a primavera era sempre motivo de festejo e entusiasmo. Aliás, a estação trazia consigo ar fresco, belas flores, agradável clima e, principalmente, uma nova temporada de debutant...
Vamos para nosso primeiro capítulo. Aproveitem a leitura :)
Tem 14.600 palavras aqui, que demorei 1 semana para escrever. Se vocês lerem tudo em 5 minutos, eu vou morder todo mundo!!!! 😡
Deixem o voto e comentem bastante, e eita que chulé brabo! 🤢
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Aquela ventania agitava todos os fios escuros e macios do cabelo do Marquês Park, ela também trazia consigo, no ar fresco, as boas memórias de sua cidade natal.
Dentro do navio que se aproximava cada vez mais do porto de Londres, estava o jovem alfa lúpus debruçado em uma das grades externas, apreciando a esbelta paisagem que era a capital da Inglaterra vista de longe.
Seus lumes tão dourados quanto uma pedra de âmbar, foram fechados para que pudesse lançar ao vento - através de um suspiro - tudo que se inquietava dentro de si. Foram longos cinco anos na Universidade da França cursando contabilidade para que pudesse assumir seu posto na família com excelência, e revê-los seria sim um bom desafio.
Permitiu amassar um pouco as vestes bem alinhadas contra a grade marcada pela maresia. Em uma de suas mãos cobertas por luvas de couro, estava sua cartola sendo bem segurada para que assim deixasse seus fios escuros livres ao vento. O homem cuja a postura era sempre impecável, se permitiu relaxar um pouco para que conseguisse sustentar o que estava por vir.
Contou os dias para que estivesse de volta em casa, com seus entes queridos e com seu idioma de berço. Mas sua ansiedade não se dava somente a saudade e ao desejo de um reencontro, e sim era oriunda das novas responsabilidades que teria. Sabia que os negócios da família andavam balançados e que precisaria o mais rápido possível se casar para tomar totalmente o título de Marquês.
Aos vinte e seis anos, Jimin Park retornava para casa para pôr as coisas de volta no lugar. Quando fora para Paris, sabia que sua madrasta provavelmente seria pivô da ruína do nome Park, mas era um risco que precisava correr se quisesse se preparar para portar o que era seu por direito. Era filho único das legítimas Park, e por sua falecida mãe ômega e por toda a geração de Parks, salvaria o nome que por pouco estava chegando às brasas.
Era difícil para si não se entristecer pelo fato de sua mãe alfa lúpus ter se permitido cair no encantos de uma ômega mais jovem e de caráter duvidoso. Gihae Park havia perdido o controle das coisas e nunca mais fora a mesma alfa firme e tão responsável com a propriedade e bens da família.
Até mesmo reparar em seu primogênito se tornou extinto, tamanha era a cegueira e amor doentio pela nova esposa que fazia consigo tudo o que desejasse.
Jimin tinha completa aversão pela regra que o fazia dividir o título de nobreza com sua mãe, lei essa que determinava que só poderia se tornar o oficial Marquês quando se casasse. Essa tal repulsa era porque se ele já fosse o Marquês não teria que passar noites em claro, a quilômetros de distância, tentando equilibrar todas imprudências financeiras que sua madrasta convencia sua mãe a fazer em nome do "amor".
