𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖀𝖒 - 𝕸𝖆𝖑𝖑𝖊𝖚𝖘 𝕸𝖆𝖑𝖊𝖋𝖎𝖈𝖆𝖗𝖚𝖒

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"A partir de hoje, torna-se totalmente aberta a inquisição contra qualquer mago, feiticeiro ou bruxa. Assim como a caça a qualquer criatura com origem mística ou, que esteja infundida em magia negra. A inquisição contra essas heresias possuí total deliberação da Santa Igreja. Qualquer fiel ou inquisidor tem total liberdade para caçar e matar nossos inimigos. Para os inimigos capturados, sua queima na fogueira é essencial para a limpeza do mundo."  

No primeiro dia da primavera de 1325, o papa Octávio III emitiu uma bula que deu início a inquisição contra qualquer ser mágico que pudesse ser encontrado. Desde essa data, todo tipo de criatura mágica começou a ser morta ou queimada viva. Sua desculpa, era de que a magia estava tornando o mundo mais impuro a cada dia que passa. Uma nova era de guerras havia se iniciado. De um lado, havia os humanos e suas diversas armas, do outro lado, os seres mágicos que em sua maioria era composta por magos e bruxas. Os humanos estavam em maior número, com a Santa Igreja conquistando mais fiéis a cada dia que passa. Pode-se dizer que essa guerra não era de grandes batalhas entra os dois lados, mas sim de uma guerra baseada na censura, nas prisões e julgamentos silenciosos por toda a Europa. Eram poucos os magos que dominavam a essência da magia, muitos deles ainda não conseguiam lutar contra vários inimigos de uma só vez, o que deu várias vantagens para os humanos. Nos primeiros meses após o início da guerra santa, a sociedade mágica estava tendo conflitos internos. Diversas raças começaram a disputar poder mágico entre si, enquanto a igreja avançava sem piedade. O fim da primavera estava chegando quando as criaturas mágicas decidiram se unir pela primeira vez em séculos, criando uma sociedade secreta conduzida para seres místicos. E assim nascia os Illuminati. Após a criação dessa sociedade, houve a esperança das diversas raças entrarem em acordo sobre o que fazer e como agir diante a guerra.  

A sede do Concílio ficava um pouco afastado do vilarejo de Mont'Blanc. A caminho dessa reunião, estava um dos magos mais poderosos que essa sociedade poderia ter. Logo que chegou na pequena aldeia, o mago foi parado por um homem que não pertencia aquela região. 

Signore! — Gritou o homem. — Me ajude por favor! Vim de muito longe desde que soube sobre o senhor e do que consegue fazer. Minha filha está muito doente, nós já tentamos de tudo e nada funcionou. Foi quando eu vi esse pôster em Roma sobre o senhor. — O homem tira um cartaz de sua bolsa e entrega para o mago, havia um retrato do mago no papel. — Por favor ajude minha filha signore mago, não temos muito dinheiro mas podemos te pagar bem.

— Senhor, se acalme. — O mago segura os braços do homem. — Te ajudarei. Onde está sua filha? 

O homem rapidamente pega pela manga do manto do mago e o leva em direção a sua filha. O lugar não era muito longe da entrada da vila, ficava em uma estrada um pouco afastada em um belo campo de margaridas. Ali perto havia uma grande árvore com três corpos enforcados, como avisa para os moradores. A criança estava deitada em uma carroça puxada por um burro. Sua filha estava coberta por um lençol de lã, e sua cabeça apoiada nas coxas de sua mãe. Ao ver o mago se se aproximando, a esposa do homem arregalou seus olhos, deitou a cabeça da menina nas velhas tábuas da carroça e em seguida desceu.

A mulher correu em direção do mago. — Signore mago, por favor, nossa filha está com febre alta, seu corpo está cheia de manchas vermelhas e não consegue comer nada tem três dias... — A mulher cedeu nesse momento, não conseguiu terminar de dizer os sintomas e desabou em lágrimas nos braços do mago. O mesmo afasta a mulher de seu peito e anda em direção a carroça.  

O mago anda em direção a carroça. Ao chegar, ele abre a porta lateral para examinar melhor a criança. Rapidamente ele a descobre e levanta sua camisa. A menina estava tremendo e suando, seu corpo estava repleto de hematomas vermelhos. O mago arregaça sua manga e repousa sua mão sobre a barriga da menina. Uma pequena luz nas cores amarelo e branco surge em volta da mão. Enquanto fazia seu trabalho, o mago sussurrava em uma língua desconhecida para o casal; o que parecia ser feitiços. Pouco mais de um minuto depois, as manchas começaram a recuar e a menina parara de tremer. O mago termina o serviço abaixando a blusa da menina e desce da carroça logo em seguida.

𝓐𝓹𝓸𝓬𝓪𝓵𝔂𝓹𝓼𝓲𝓼Onde histórias criam vida. Descubra agora