Amor…
Forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais, ou… atração baseada no desejo sexual.
A segunda opção é mais válida nos dias de hoje, para muitos que fogem desse sentimento com medo de saírem feridos, ou com traumas piores do que já sofreram no passado com uma outra pessoa.
Deixam de viver esse sentimento encantador, por medo da pessoa do presente fazer a mesma coisa que a do passado fez.
Deixam de sentir o frio na barriga, as borboletas no estômago, e sua respiração falhar quando se tem a pessoa amada ao lado, tudo por conta do medo. Medo.
Mas… se existe tanto medo, por que muitos ainda preferem brincar com sentimentos de pessoas que realmente sentem o amor, ao invés de serem sinceras sobre o seu querer?
E é aí que o egoísmo entra nesse jogo.
Egoísmo: exagerado aos próprios interesses a despeito dos de outrem, ou… exclusivismo que leva uma pessoa a se tomar como referência a tudo; orgulho, presunção, e blá blá blá…
E essa simples e pequena palavra, acaba tendo muito mais significado entre duas pessoas que tentam sentir a divina ilusão do amor.
Ah, nossa querida e doce ilusão: um erro de percepção ou de entendimento; engano dos sentidos ou da mente; interpretação errônea.
A ilusão de uma, dança juntamente com o egoísmo da outra.
Enquanto uma pensa somente em si, jogando com os sentimentos de um terceiro, esse terceiro tem seus pensamentos, sentimentos e o querer todos envoltos pela densa névoa da ilusão que a deixa cega, achando e gritando para seu coração que realmente a outra está no mesmo ritmo, mas quando na verdade, a outra pessoa está pensando somente em si.
E no final de tudo, a pessoa que estava coberta pela doce ilusão, acaba saindo fudidamente machucada, sem saber ao certo o que realmente é o amor.
Se isola de pessoas incríveis que tentam se aproximar querendo algo mais sério, com seu medo espancando seu coração, ainda com as lembranças do amor fracassado rondando sua mente a cada instante.
Por esse, e outros diversos motivos as pessoas preferem apenas o sexo casual, e nada mais. Preferem deixar seus sentimentos trancafiados até realmente sentir que é hora de soltá-lo, mesmo que achem que isso nunca mais irá acontecer.
Não se for para quebrar a cara e o coração novamente.
Mas, afinal... O que é a droga do amor?
Um sentimento incrível de se viver? Aquele que fornece a felicidade por um tempo, te fazendo acreditar que está vivendo intensamente aqueles momentos incríveis, marcantes? E que realmente faz você achar que está feliz? Hm, talvez...
O amor pode ser isso também. Ele tem lá seus lados bons.
Mas, o tipo de amor que estamos falando aqui é aquele devastador de almas. Aquele que arrepia sua pele, entope seu nariz com aromas doces da paixão, que... por alguns momentos, faz você se sentir como... como a pessoa mais radiante e feliz do mundo. Que faz seu coração retumbar dentro do peito, sua respiração falhar e suas pernas bambear. Aquele amor que move as ondas do seu coração.
Mas aquele amor que se mistura com a densa e cinzenta névoa da ilusão, que tem o cheiro mais adocicado das profundezas do oceano, para lhe enganar os sentidos. Aquele, que quando a ficha caí, fede a corais secos e sem vida.
Aquele que destrói seu coração.
No entanto, o amor para mim é como... o oceano.
Calmo às vezes, trazendo um sentimento incrível de paz e tranquilidade às pessoas que tentam senti-lo. Já em outros momentos, é turbulento, agressivo e pode causar catástrofes quando se agita demais, assim destruindo corações com suas enormes ondas de sentimentos confusos e perigosos.
E a ilusão entra nesse exato momento.
As ondas do amor parecem se retrair, deixando um ar calmo por todos os lados, faz você pensar que tudo finalmente vai caminhar bem e que você vai conseguir sentir aquele sentimento mais uma outra vez. No entanto, depois de um tempo, você consegue ver que no horizonte azulado, um pouco distante, há diversas ondas — gigantescas e devastadoras — vindo em direção ao seu coração, dispostas a destruir pedaço por pedaço, até finalmente não sobrar nada.
Nada.
E apenas naquele momento você entende que estava cega pela ilusão.
Que a água só havia se retraído para poder formar um tsunami que a destruiria de dentro para fora mais uma vez. Mais uma maldita vez.
E o tsunami vem, destrói cada parte do coração que um dia já esteve pulsando de felicidade, achando que finalmente estava vivendo o amor que julgou ser o ideal. Ele leva embora tudo o que havia de bom, deixando apenas a mágoa, e o medo de amar outra vez.
E infelizmente — ou não —, acaba levando embora a pessoa que você jurou ser aquela pessoa.
E então, em cima de uma rocha, sentindo os respingos salgados das ondas, você para e se pergunta: se até a lua vai embora após beijar o mar, quem são as pessoas que abandonam aqueles que a amam?
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As Ondas do Meu Coração
Lãng mạnBerdeen Paradise, Califórnia. Em uma ilha ao sul, rodeada pelo pacífico, uma garota com cabelos dourados como os raios do sol e duas íris tão azuis quanto o mar a sua volta, apaixonada e com um fascínio gigantesco pelo oceano, Morgan Howard vive sua...