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Eu gosto de pensar enquanto escrevo uma carta para você... Que clichê.

11 de março

Acordei e me arrumei, estava cheio de expectativa para hoje, mesmo tendo sido expulso e com todo o país sabendo quem eu sou, não estou triste ou arrependido, em realidade quero muito conversar com o fuyu e dizer tudo que penso e sinto.

" Parece que meu coração vai sair pela minha boca".

Peguei minha mala e sai da casa de Keisuke deixando um bilhete para o mesmo não ficar preocupado.

" Não quero dar muito trabalho, obrigado por tudo e não se preocupe comigo eu fui conversar com Chifuyu".
Até a próxima - Hanemiya

Antes de tudo eu quero fazer direito, para pensar nas palavras certas para citar decidi ir para alguma cafeteria próxima. Chegando lá eu escolho uma mesa e peço qualquer café para acompanhar meus pensamentos.

"Como começar..."

Querido Chifuyu...

Clichê, como eu coloco emoções no papel?

Fiquei tentando pensar em como começar, batendo diversas vezes a caneta no meu caderno e bebendo pequenos coles do café.

Já faz três horas que eu estou aqui e nenhuma ideia surgiu, risquei vários papéis e alguns trechos sem sentido foram escritos, bebi dois copos e comi uma torta de amora.

Eu tô tentando fazer uma carta perfeita.

" Já que não sou bom com palavras, vou colocá-las em uma carta para que ele leia e entenda!".

_ você não vai conseguir _ estava pronto para tentar novamente, mas fui interrompido por uma voz masculina, olhando no rosto dele vejo quanto o mesmo está sério _ prazer em conhecê-lo pessoalmente, me chamo Fuyuki Matsuno, sim eu sou o pai do Chifuyu e queria conversar com você.

_ e oque temos para conversar? _ não quero entrar em problemas com o resto da família do Chifuyu, tentarei ser perspicaz.

_ as notícias correm rápido não é mesmo? Ontem eu descubro que meu filho gosta de um rapaz e hoje estou de frente para ele, você não imagina o quanto a mãe dele ficou irritada, ela se arrependeu até o último por ter colocado Chifuyu naquela escola ao invés de deixá-lo estudando em casa com ela queria.

_ desculpa a grosseria, eu imagino tamanha irritação que ela sentiu... Expulsou até o filho de casa, sem nada para viver.

_ ela sabia que ele iria para a casa dos irmãos mais velhos, minha mulher quer ele de volta para ela e assim voltar a controlar ele _ ele abre a maleta que está do lado dele _ me diga, sua mãe também mandou você embora? _ ele começa a encarar minha mala.

_ talvez... Olha, oque você quer? Saiba que Chifuyu não vai voltar para vocês o tratarem como um boneco sem vida!

_ tenha calma garoto, você não tem nada além de trocados e uma mala de viagem, de um fora no meu filho e eu te dou um milhão em notas _ ele me mostra a maleta não chamando muita atenção _ se aceitar, faça hoje mesmo e terá essa quantia para recomeçar uma vida comum e próspera, logo em seguida Chifuyu voltará para casa e para sua rotina normal, digna de um Matsuno!

Eu não acredito.

_ não! Eu nunca vou aceitar essa merda! Vocês não entendem ele e pelo visto nunca vão entender! Chifuyu tem vida, tem sentimentos e sonhos que ele escolheu, vocês não podem controlar a vida dele para sempre, ele também tem desejos próprios!

I just want attentionOnde histórias criam vida. Descubra agora