[002] Outlet 🔌

331 13 1
                                    




6  de setembro de 2019

A palavra mudança pode ser usada em várias formas. Mudança de vida, mudança de sentimento, mudança de expressão, mudança de estado, mudança de prédio. E S/N estava se mudando de prédio. Havia escolhido o melhor prédio da cidade, após seu prédio ter uma infestação de insetos. E por incrível que pareça, conseguiu achar um prédio com uma única vaga aberta no 1º andar.

Acabara de chegar e já havia terminado de arrumar o tal local que agora seria seu lar. Ainda não havia muita coisa, seus livros ainda chegariam amanhã, então o único lazer que poderia ter era mexer em seu celular.


Uma hora se passara que a menina mexia no tal aparelho, mas sua alegria acabara com um aviso que apareceu em sua tela "Bateria menos de 10%" seu lazer havia acabado.

Levantou de sua cadeira de "descanso" com seu carregador em mãos e foi procurar uma tomada para colocar para carregar o seu querido aparelho telefônico.

E adivinha, a tomada não existia. Em nenhum lugar do apartamento  existia uma tomada, é claro que a garota começou a surtar.

Entrava nos "ajustes" de seu telefone clicava em bateria várias vezes para ver se não era coisa de sua imaginação, e claro que não obteve resultados o 7% permanecia ali.

Até que decidiu apelar e mandar mensagem para sua amiga, Lia.

Você:
| LIA ME AJUDA PELO AMOR DE DEUS |

Lia 🦖
| Q Q ACONTECEU?|

Você:
| Aqui não tem tomada e meu celular tá 6% |

Lia 🦖
| KAKSJSKSKSN SE FUDEU |

| Calma, daqui uma semana e eu te visito aí eu trago um eletricista ou alguma coisa do tipo |

Você:
| Uma semana Lia fala sério, se eu não responder meus pais eles me matam! |

Lia 🦖
| eu não posso fazer muita coisa, sorry. Pede pros vizinhos sla |

Uma tela preta com uma bolinha pontilhada branca rodando, não era uma coisa boa principalmente no momento onde se encontrava.

Revisou repetidamente em sua mente a palavra "não surta" mas isso era como um jeito de falar para surtar.

Tinha 23 anos de idade não tinha mais 13 anos para surtar quando seu celular acabasse a bateria, então não havia motivos para começar a surtar, afinal era só um celular.
E não cogitaria em infernizar a vida de seu vizinho que nem sabia seu nome, era vergonhoso de mais.

S/N estava em pé em frente à porta de seu vizinho (desconhecido) pensando em como chegara em tal situação.

"Plin dong" fez a campainha do apartamento de seu vizinho de porta. E para tentar aliviar tal vergonha começou a observar o hall do desconhecido.

Era bonito não muito cheio e não muito vazio, uma flor amarela em um vaso negro não muito grande na direita, e na esquerda um lugar para colocar calçados. O tapete não era tão enfeitado era branco mas pela cor parecia mais um cinza claro.

Um quadro a havia chamado a atenção parecia ser um triângulo amarelo com uma cartola e dois braços e duas pernas, uma gravata borboleta e um grande olho no meio. Bill Cipher de Gravity falls.

Da porta era possível ouvir latidos abafados, talvez o vizinho tenha cachorros. A vergonha voltou, e se o tal vizinho achasse ela louca e falaria um "não" bem em sua cara.

A fechadura foi aberta, um rapaz foi revelado, estava não muito arrumado uma blusa branca de manga curtas e uma calça de moletom na tonalidade preta.

-Bom dia?- perguntou o rapaz de olhos azuis.

-Olá bom dia! Eu sou nova aqui, na verdade acabei de me mudar. Descobri agora a pouco que o meu apartamento não existe uma tomada e meu celular acabou a bateria.- pausou- E pode parecer um pouco invasivo perguntar mas - respirou - poderia me "emprestar"- fez sinais de aspas com as mãos- sua tomada?- terminou.

O garoto a observou, a menina não estava pra lá de arrumada também, seu cabelo estava em um rabo de cavalo e suas roupas pareciam não caber direito em seu corpo. Sua blusa estava amassada e era da cor verde e sua calça jeans era de um tom mais claro do convencional.

-Então você quer usar minha tomada "emprestada" para carregar o seu celular?- perguntou confuso e a menina assentiu- Ok isso é estranho mas tudo bem, pode usar- deu espaço para a vizinha entrar.

-Tem uma tomada no meu quarto, acho que é a única disponível no momento- disse o loiro- Ah e meu nome é Rafael- deu um sorriso de canto.

-S/N, prazer.- sorriu de canto também- Esse é seu quarto? Uau!- surpreendeu-se, e o loiro não conteve a risada.

-É- Sorriu- ali é a tomada!- apontou e passou a mão no cabelo.

A menina logo conectou o plug de seu carregador na tomada, animada por ter conseguido.

-Muito obrigada sério!!!!- abraçou o menino, que retribuiu confuso- Foi mal, me empolguei- olhou para baixo com vergonha.

-Tudo bem- sorriu- você pretende ficar aqui até ele terminar de carregar? 

-É- pausou- não me sinto muita segurança de deixar meu celular carregando, na casa de um desconhecido- pausou novamente- sem ofensa- se preocupou.

-Sem problema- se aproximou- quer comer alguma coisa?- perguntou.

-Pode ser- falou.

Bolachas, pães, café, filmes. 100%.

867 palavras

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

867 palavras.

Pt. 2?

Imagines Cellbit [R.L] Onde histórias criam vida. Descubra agora