Capítulo 1

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Percebi que nunca fiz uma fic supercorp acompanhando elas tendo um baby, então decidi fazer.

Essa história não é uma adaptação, mas tive inspiração no filme Plano B.

Divirtam-se!!!

Lena estava em um consultório médico de paredes nas cores brancas e creme. O cheiro vindo do local não era nada agradável, era uma mistura de álcool e alguma outra coisa que ela não conseguia reconhecer, porém incomodava seu nariz.

Ir ao médico nunca foi um problema, só que a posição em que ela se encontrava estava se tornando um problema. Ela estava deitada em uma maca ginecológica, com seus pés elevados e com uma médica entre suas pernas. Pelo menos, o fato de não ter ninguém junto a ela tornava aquilo menos constrangedor.

Depois de passar tantos anos da sua vida praticamente sozinha por causa de um desentendimento familiar, a vontade de ter a sua própria família vinha crescendo com o passar do anos. Por um tempo, tentou encontrar seu par ideal para poder dar esse grande passo na sua vida, mas todos os seus relacionamentos foram passageiros, ninguém parecia querer ficar e não compartilhavam os mesmo objetivos. Cansada disso, decidiu que teria um filho sozinha.

Era por causa da sua decisão de ter um filho que estava naquela posição horrível. Essa era a sua primeira tentativa de inseminação artificial e esperava que desse certo para não ter que se submeter àquela posição novamente. Claro que a médica já estava acostumada contra aquilo, mas ela não estava e não era nada confortável.

Apesar de não ter chegado nem aos 33, sentia que estava em uma corrida contra o tempo e não estava ficando mais jovem. Então, ao invés de esperar alguém que correspondesse as suas expectativas e formar uma família quando essa pessoa aparecesse, percebeu que poderia fazer isso sozinha, era autossuficiente para isso.

Antes de fazer essa tentativa de inseminação, passou vários meses pensando em tudo o que envolvia ter um filho. Afinal, seria responsável por uma nova vida, sabia que não seria fácil criar uma criança complementarmente sozinha, mas também sabia que era capaz. Queria ser para o seu bebê o que sua mãe não foi para ela um dia. Se conseguisse esse feito, seria, pelo menos, uma boa mãe.

Não imaginava que a maternidade fosse um mar de rosas. Longe disso, tinha plena consciência que haveria muitos altos e baixos — talvez muito mais baixos que altos. Nem todas mulheres nasciam para serem mães e não tinha nada errado com isso, elas não eram menos mulheres por essa escolha. No entanto, essa era a sua escolha, não veio do dia para noite e não seria uma surpresa. Se a inseminação desse certo, estaria aceitando tudo o que envolvia o papel de mãe.

— Está tudo bem aí? — a doutora perguntou. — Parece nervosa.

— Digamos que essa posição de sapo dissecado não é das melhores — respondeu com humor.

— Realmente não é. Já estou quase terminando, tente relaxar.

Relaxar era uma palavra que deixou de existir no vocabulário de Lena desde que ela entrou naquele consultório. Embora a doutora Montgomery fosse atenciosa e a passasse confiança, era mais do que estranho saber que ela estava olhando para seu útero e tentando implantar seu futuro bebê ali.

— Desculpa, mas não sei se consigo relaxar mais do que isso.

— Pense em coisas que te aliviam o estresse.

Desde que a ideia de ser mãe começou a ganhar força, imaginar como seria um filho seu a trazia um certo tipo de calma. Suspirando baixo, Lena fechou os olhos tentando visualizar a imagem de seu bebê. Para doador, quis alguém que tivesse características parecidas com a dela. Se tudo desse certo, ainda que aquela fosse a primeira tentativa e fosse difícil dar certo logo de primeira, em nove meses estaria segurando nos braços um pequeno ser semelhante a ela.

All That Matters to MeOnde histórias criam vida. Descubra agora