Voltei!
Divirtam-se!
— Como estou? — Kara perguntou animada se virando para Sam e Alex verem sua roupa. — Tô bonita e ao mesmo tempo simples e casual?
— Kara, você sempre está bonita — Sam respondeu rindo do nervosismo da prima.
— Mas é meu primeiro encontro com a Lena, preciso estar acima da beleza que já tenho.
— Você tá ficando convencida igual a Sam. Isso que dá crescer com uma pessoa que se acha o centro do universo.
Abrindo a boca surpresa, Sam jogou um travesseiro em Alex a fazendo cair de costas no colchão.
— Gente — choramingou —, é sério. Estou bem mesmo pra esse jantar?
— Está, Kara. Claro que está — Alex tentou acalmá-la. — Relaxa. Vocês já saíram antes, não tem nada de novo.
— Claro que tem — se virou para o espelho para passar um batom de cor fraca. — Ela que me convidou para jantar com ela. Estou há mais de um mês fazendo tudo que é possível para ela gostar de mim mais do que amiga. Com o convite dela, eu acho que eu consegui. Eu quero que tudo de certo. Eu quero dar certo com alguém. Eu quero dar certo com ela.
Sam e Alex trocaram olhares, desde manhã que Kara só falava desse jantar e o quanto queria que tudo saísse perfeito. Nunca a tinham visto daquele jeito, tão eufórica e tão apaixonada por alguém.
Ao longos dos anos, Kara já tinha se relacionado com algumas pessoas, mas não havia se apaixonado tão intensamente. Por causa disso, nunca durava muito tempo seus relacionamentos, parecia que algo a impedia de ir adiante. Mas com Lena ela sentia que tinha tudo para dar certo. Não queria pressioná-la ou fazer as coisas rápidas, apenas a queria, fosse agora ou em alguns meses.
— Se tiver que dar certo, vocês vão dar certo mais cedo ou mais tarde.
— Eu espero que seja mais cedo — respondeu à Samantha. — De preferência hoje. Mas se não for hoje, eu vou continuar sendo paciente. Vale a pena conquistá-la devagar.
— E ela não deve conquistar você também?
— Ah, Alex — suspirou. — Ela me conquistou quando me chamou de idiota e me acusou de ter roubado o táxi dela.
— Andrea disse que ela é um pouco insegura em demonstrar as coisas — explicou à ruiva que estava com a testa enrugada por conta do comentário as irmã. — Não sei bem, mas parece que ela tem alguns problemas familiares, então faz um tempo que ela é sozinha. Ela não se abre muito para as pessoas.
Concordando lentamente com a cabeça, Kara se lembrou do dia da praia em que Lena disse algumas coisas sobre a sua família. Não houve detalhes, muito menos grandes explicações, tudo o que Kara sabia no fim é que ela era uma Luthor.
— Será que os Luthors são mesmo o que dizem?
— Não importa — a loira fitou a irmã. — Lena nem de longe é como família. Se fosse, estaria com eles e não em uma cidadezinha à beira-mar.
— Você tem um ponto. Eu já coloquei as coisas que você me pediu no carro — Alex se levantou da cama indo até a irmã. — Espero que dê tudo certo. Se não der tudo certo hoje, que seja o início de algo.
— Acho que é bom não me esperarem acordadas.
— Mas já tá pensando nessas coisas com ela? — Sam perguntou rindo.
— Não. É só que eu vou querer ficar com ela o máximo de tempo possível. Até ela me expulsar de lá.
— Certo. Então vai logo para não se atrasar — abraçou a irmã mais nova. — Estou torcendo para que tudo dê certo. Que tudo dê certo com ela.
— Eu também estou torcendo para isso. Quem sabe a gente não marca um dia desses uma noite de jogos aqui? Aí eu trago minha misteriosa namorada para apresentar a vocês.
— Que misteriosa namorada, Samantha? — Alex a olhou. — Nós já sabemos que se trata da Andrea. Descobrimos isso no dia que a encontramos na feira.
Em choque, Kara abriu a boca em espanto. Nunca tinha passado pela sua cabeça que a mulher misteriosa do trabalho era Andrea.
— Meu Deus! Você e a... Eu não fazia ideia.
— Você não tinha sacado isso naquele dia na feira?
— Não, Alex. Eu não saquei nada. Achei que ela e a Sam eram só amigas.
— A paixão realmente deixa as pessoas mais lesadas — Alex comentou com um pouco de ironia.
— Sei que sou o centro do universo, mas esse momento não é sobre mim — começou a empurrar Kara para fora do quarto. — Vai logo e tenha um ótimo jantar.
Sentindo a ansiedade tomar conta de si, Kara apenas assentiu e se encaminhou até onde estava seu carro. Dando uma última conferida, analisou o buquê de flores que havia comprado mais cedo e se tinha se lembrado de todas as coisas para fazer o jantar. Achando que tudo estava correto, deu partida para seguir em direção a cidade.
Havia alguns dias que não via Lena, umas duas semanas mais ou menos. Continuava ligando para ela todas noites e em umas duas acabou sugerindo de fazerem algo, mas a morena negou as duas vezes alegando estar muito ocupada. Isso deixou Kara um pouco para baixo, sentiu que estava sendo inconveniente com os convite e então deixou de chamá-la para sair. Para sua surpresa, na noite anterior Lena que ligou perguntando se poderiam jantar no dia seguinte. Sem nem pensar, Kara aceitou e disse que iria cozinhar — assim como tinha sugerido antes.
Nesses dias que apenas falava com Lena por ligação, Kara sempre perguntava se ela estava bem. Aquele desmaio repentino realmente a havia assustado e, se dependesse só dela, estaria com Lena todos os dias para cuidar dela. Inclusive, o dia do desmaio foi a última vez que tinha a visto, isso só aumentava mais seu nervosismo em encontrá-la.
Assim como vinha sonhando, esperava que no fim do jantar pudesse dar um beijo de boa noite em Lena. Ainda esperava que aquela moeda que encontrou a desse um pouco sorte para conseguir isso. Ou pelo menos que pudesse ficar no sofá abraçada com ela por um longo tempo aproveitando sua companhia. Qualquer um dos dois jeitos seria um fim de noite maravilhoso.
Parando em frente ao prédio de Lena minutos mais tarde, Kara respirou fundo enquanto pegava a sacola e o buquê no banco de trás. Assim que anunciou seu nome, sua entrada foi rapidamente liberada pelo porteiro. Já no elevador, a cada andar sentia seu coração acelerar. Estava com as expectativas na altura para aquele jantar.
Tocando a campainha, não demorou muito para sorrir quando Lena abriu a porta. Kara a deu uma olhada de cima a baixo pensando o quanto ela estava bonita. Havia alguma coisa diferente em Lena que quase a fazia brilhar.
— Eu tenho certeza que você fica cada vez mais bonita que te vejo — disse antes que Lena pudesse falar algo.
— Obrigada — deu leve sorriso. — Você também está muito bonita. Entra.
Sem desviar os olhos da morena, Kara entrou, mas parou próximo a ela.
— Trouxe esse buquê para você — a entregou uma mistura de girassóis e rosas vermelhas. — Tem mais flores para compensar os dias que não nos vimos — ajeitou seu óculos sentindo seu rosto começar a queimar.
— Adoro girassóis. Muito obrigada.
Seus olhares se cruzaram por alguns segundos. Kara teve a plena certeza naquele momento que estava muito rendida à Lena. Se ela quisesse, faria qualquer coisa só para vê-la sorrindo como sorria agora.
— Se sente bem hoje para comer? Prometo que não farei nada que possa te fazer mal.
— Estou bem, sim — foi em direção a cozinha e Kara a acompanhou. — Só fiquei mal naquele dia. Acho que é porque não costumo comer tanto doce de uma vez.
— Ainda me sinto culpada por isso — colocou a sacola que carregava em cima da bancada da cozinha.
— Não se sinta culpada. Você não fez nada de errado — pegou um vaso em um dos armários e o encheu de água para colocar as flores. — Se quiser começar a cozinhar, a cozinha é toda sua.
— Trouxe isso aqui — tirou um vinho da sacola. — Você me disse uma vez que gosta, então... Esse é o melhor da minha adega particular.
Com um sorriso delicado nos lábios, Lena analisou a garrafa de vinho. Era um vinho caro do tipo que grandes amantes da bebida tomavam. Enquanto Kara começava a arrumar as coisas para cozinhar, Lena pegou duas taças para servi-las.
O tempo foi passando e Kara se mostrava muito concentrada no que fazia. As poucas vezes que desviava seu foco era para tomar uma gole da sua bebida ou perguntar onde estava alguma coisa na cozinha.
Quando estava quase terminando o molho da sua massa fresca, Kara olhou para Lena percebendo que ela estava muito distraída. Seus olhos focavam em um ponto qualquer da bancada enquanto passava um de seus dedos na borda da taça que ainda estava cheia.
— Está tudo bem, estressadinha?
— Sim — a olhou. — Só estou pensando em algumas coisas.
— Posso saber no que está pensando?
— Uma decisão que tenho que tomar — coçou a sobrancelha. — É sobre a loja. Nada demais.
— Você sabe que pode falar qualquer coisa comigo, não é? — segurou sua mão a apertando de leve. — Eu juro que sou uma boa ouvinte.
— Uma hora eu crio coragem de te contar — apertou os lábios. — O cheiro está maravilhoso — mudou rápido de assunto para não haver tempo para ser questionada.
— A minha receita secreta de molho está quase no pronta.
— Receita secreta? — arqueou as sobrancelhas.
— Sim. Só eu sei o que tem aqui.
— Eu vi você fazendo tudo, acho que não é tão secreto assim.
— Viu? Viu mesmo? Ou eu quis que você achasse que viu? — também arqueou as sobrancelhas como se estivesse desafiando Lena.
— É, você pode ter me enganado. Eu vou arrumar a mesa.
Assim que o molho ficou pronto, Kara montou dois pratos com bastante perfeição. Além da massa, fez porpetone e salada ceaser. Com os pratos montados, Kara os colocou na mesa e por último levou o bowl de salada.
— Bon apetit — Kara disse se sentando em frente a Lena.
— Seu não tivesse vendo você fazendo tudo, eu diria que você comprou isso pronto e estava dizendo que era você.
— Experimenta — a incentivou. — Quero saber o que você acha.
Enrolando o macarrão no garfo com cuidado, Lena logo levou a boca se deliciando com a comida. Aquilo estava muito bom. Era o melhor macarrão que comia em anos.
— Isso está... Acho que não tenho palavras para descrever. Falar que está gostoso é pouco.
— É a minha receita secreta — sorriu antes de começar a comer. — Todos os ingredientes são da fazenda. Tudo natural e orgânico.
— Natural e orgânico é o seu segredo?
— Não. E não adianta perguntar, pois não vou falar.
— Tudo bem — deu ombros. — Eu espero que tenha feito bastante, pois, com toda certeza, eu vou querer mais.
O jantar foi tranquilo, e Kara ficou extremamente feliz por ter conseguido agradar Lena. Como a morena mesmo tinha dito, ela comeu mais macarrão e Kara ficou com medo dela passar mal de novo. A cada garfada que dava na comida, Lena soltava algum elogio e isso fazia a loira sorrir mais e mais.
Ao terminarem, Kara não deixou Lena a ajudar a lavar a louça e nem tirar a mesa. Segundo ela, Lena apenas deveria aproveitar a noite e não fazer nada além disso.
Kara terminou de arrumar as coisas deixando tudo exatamente igual quando encontrou. Logo foi até a sala e se sentou ao lado de Lena. A morena estava mexendo no celular com uma mão e segurando sua taça de vinho com a outra, mas assim que a viu deixou as coisas de lado e sorriu.
— Está tudo bem com você?
— Sim. Porque?
— É que você comeu muito e não tenho uma boa lembrança de você comendo muito — esticou seu braço no encosto do sofá vendo Lena jogar a cabeça para trás rindo.
— Hoje eu estou muito bem. Não precisa se preocupar.
— Difícil não me preocupar, você, literalmente, desmaiou em meus braços — se ajeitou um pouco para olhar Lena melhor.
— Ainda bem que você estava comigo para me segurar.
— Estarei sempre, desde que você queira.
— Você é adorável, Kara — um dos cantos de seus lábios se curvou.
Desde que chegou na casa de Lena, Kara tentava não fazer ou falar qualquer coisa que estragasse a noite. Dentro de si, tudo se remexia de uma maneira que nunca aconteceu. Já havia mordido o lado de dentro da bochecha várias vezes para ter tempo de repensar sobre o que queria dizer. Mas a vendo tão próxima de si, não conseguiu continuar tão contida.
— Eu gosto de você Lena. Muito — segurou sua mão e levou até os lábios deixando um beijo no dorso. — Não dá pra eu fingir que não quero mais do que ser sua amiga — seus olhos desceram até a boca da morena. — Não consigo controlar esse sentimento.
Aos poucos, Kara foi se inclinando até que seus lábios grudaram no de Lena. Com cuidado, levou suas mãos até seus rosto quando ela não a parou.
— Esse era meu sonho — sussurrou contra sua boca. — A gente saía e no fim eu te beijava, mas a primeira vez que sonhei, acabei sendo a cordada na melhor parte — deixou um beijo casto em seus lábios novamente. — Isso é bem melhor do que no sonho.
Aquele jantar saiu muito do script de Lena, não era para isso estar acontecendo. Não era para querer que Kara continuasse a beijando, mas quando sentiu os lábios quentes e macios contra seu pescoço logo abaixo do lóbulo da orelha, sua mente quase parou de funcionar.
Seria muito mais fácil para Lena parar com aquilo se Kara tivesse algum defeito. Nos dias que ficou afastada dela já tinha se convencido de que se manteria assim, pois era o melhor. No entanto, uma súbita falta da loira a invadiu a fazendo chamá-la para o jantar. Só não contava com Kara se declarando e nem tomando iniciativa sobre qualquer coisa que não conseguisse impedi-la.
Estava errado. Estava muito errado fazer aquilo, começou a pensar quando sentiu suas costas indo de encontro ao sofá e uma das mãos de Kara subirem por sua barriga por baixo da blusa.
Malditos hormônios que a fazia querer ir além.
— Kara, nã-não podemos. Não podemos.
Sua voz saiu falhada, o beijo que Kara a havia dado sugou todo ar de seus pulmões e era bem provável de sugar o resto da sua parte racional. Mais alguns minutos envolvida nos braços da loira que a beijava com tanto afeto, perderia noção de qualquer coisa. Se se deixasse levar, seria mais complicado de resolver as coisas mais para frente.
— Aconteceu alguma coisa? — perguntou a olhando em baixo de si. Lena ainda estava com os olhos fechados e com respiração acelerada. — Fiz algo errado?
— Não. Sou eu que estou fazendo tudo errado.
Sem entender o que aquelas palavras significavam, Kara voltou a se sentar ajudando Lena fazer o mesmo.
— O que há de errado? — quis saber arrumando a blusa da morena que acabou levantando até perto dos seios. — Eu me precipitei? Vo-você não queria que eu te beijasse? Você não me parou e eu achei que queria, por isso continuei.
— Eu estou grávida — disse rapidamente.
— Lena — deu um sorriso brincalhão. — Nós não fizemos nada e se fizéssemos seria impossível, pois não é imediato e, biologicamente, nem teria como. Meus dedos não são ma-agi... — parou de falar quando Lena a olhou de forma séria. — Isso é sério?
— Sim — meneou a cabeça afirmando.
— Você me convidou para jantar para me contar isso?
— Não. Somos amigas, não é? Eu senti sua falta e achei que seria legal passar um tempo com você.
— Então isso não foi um encontro — murmurou para si mesma.
Ficando em silêncio, Kara digeriu aquela informação. Queria estar feliz pela gravidez — desde que Lena quisesse aquela criança — mas só se sentia triste. Fazia mais sentido agora Lena ter deixado claro desde o começo que só queria sua amizade, ela poderia ainda estar interessada no pai, ou na outra mãe do bebê e por isso não queria se envolver com outra pessoa.
Engolindo um nó que se formou na sua garganta, se sentiu tola. Achava que Lena estava correspondendo a tudo o que ela fazia e ainda pior, achava que o jantar era um encontro e por isso a beijou. Não entendia como tinha se iludido tanto.
— Me desculpa por isso — se levantou do sofá. — Eu não... eu... Eu entendi tudo errado. Achei que isso era encontro, mas não é. É claro que você não estaria inteiramente disponível — tentou rir da situação. — Quem te deixaria solta assim ainda mais esperando um bebê, não é? Eu mesma não te largaria de jeito nenhum.
— As coisas não são desse jeito que você está pensando, Kara.
— Não precisa me explicar, Lena. Não se preocupe com isso. Eu vou me conformar. Eu preciso ir — foi em direção a porta, mas parou quando levou a mão na maçaneta. — Me desculpa de novo por ter entendido tudo errado sobre hoje e todo o resto. Não me arrependo de te beijar, pois eu queria muito, só que acho que só eu queria. Quando eu me recuperar disso podemos ser amigas. Tenha uma boa vida, Lena.
Aquilo doeu. Não tinha nada a ver com a gravidez em si, mas por ter ficado tão cega achando que conseguiria conquistar Lena. Em nenhum minuto chegou a considerar que ela teria algum interesse em outra pessoa. Alex tinha razão, a paixão deixava mesmo as pessoas mais lesadas. Se tivesse sido cuidadosa, talvez não estivesse sentindo tanto.
Chegando em casa, viu Sam, Alex e Kelly na sala vendo TV. Se aproximando, se jogou no chão olhando para o teto.
— Lena te expulsou da casa dela cedo, ein? — Alex brincou, mas notou que havia algo de errado quando Kara não riu.
— Está tudo bem, Kara? — Kelly perguntou preocupada por causa de seu semblante triste.
— Kara, o que aconteceu? — Sam deixou a pipoca que estava segurando de lado e se aproximou da loira.
— Não era um encontro.
— Não? — as três perguntaram juntas.
— Não. Ela disse que somos amigas e que seria legal passar um tempo comigo, por isso me chamou para jantar. Devo ter achado que era um encontro porque eu queria muito que fosse um — suspirou ficando em silêncio por alguns segundos. — Ela tá grávida. E nem sou eu a mãe do bebê dela. Ela me daria bebês lindos. A mulher dos meus sonhos só vai continuar nos meus sonhos.
Chegamos ao fim da maratona dessa fic.
Até a próxima atualização.
:)
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All That Matters to Me
Fanfiction[Concluída] Lena Luthor está decidida que quer começar uma família sozinha, para isso recorre a inseminação artificial. No entanto, o destino coloca em seu caminho Kara Danvers. A princípio, Lena tenta afastá-la, mas as coisas vão mudando conforme v...