Park Jimin hoje se sentia uma pessoa realizada, tinha um casamento estável e uma linda filha porém ele guardava algo de seu passado, mais especificamente uma pessoa. Jimin gostaria de ter tido outras atitudes quando era mais novo porém não se arrepe...
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P.O.V. Nabi
Raiva, tristeza, mágoa, sem rumo, são algumas palavras que definem o que eu estou sentindo nesse momento. Porém acima de tudo eu me sentia enganada, enganada pelo meu pai, pelo meu tio, pelo os meus padrinhos, meus avós, meus bisavós, todos ao meu redor sabiam quem era meu pai e eu tenho certeza que sabiam que ele seria um ótimo pai.
Eu me convenci por anos que meu pai alfa que ele não me queria, que ele tinha feito algum mal para mim e o meu pai ômega, que ele era uma pessoa ruim e que Park Jimin tinha feito isso para me proteger de decepções que eu poderia ter com ele. Mas não, meu pai era a porra do meu idolo, todos ao meu redor sabiam que eu era louca por ele e nunca tiveram a coragem de me contar pelo menos quem ele realmente era.
Em todas as entrevistas, o Jeon dizia que seu maior sonho era ter uma família, de ter um filhote, de ser o pai que sempre quis ter, puta que pariu e eu era a porra do filhote dele, eu poderia ter crescido com dois pais amorosos, ter o meu pai alfa perto de mim, ter todas as expeciencias que só se pode ter com o seu pai e Park Jimin me tirou isso.
Sai daquele ninho de mentiras, comecei a andar sem rumo nas ruas de Nova York, meu celular não parava de tocar, apenas joguei ele para bem longe, não queria ouvir a voz de Jimin, acredito que eu iria fazer algo que eu me arrependeria se eu ficasse em um cômodo junto a ele. Após um bom tempo andando, entrei em uma boate que o pessoal da minha escola geralmente vai, encontrei boa parte do pessoal da minha sala e bem eu já estava na merda.
Tomei o primeiro shot que desceu rasgando, depois o segundo, o terceiro, o quarto, até eu perder as contas, peguei um baseado de alguém, fumei até acabar e peguei vários durante aquela noite. Eu estava dançando no centro, já não tinha muita consciência do que eu estava fazendo mais, eu só estava atrás de desligar a minha mente e quem sabe me desligar.
– Toma aqui amor- Uma beta abriu minha boca e colocou alguma fitinha na parte de baixo da minha língua- Pra você se sentir melhor- Me beijou e eu não lembro se correspondi ou não.
Uma ômega chegou perto de nós, ela estava mais chapada que eu e a beta mas quem sou eu para julgar, eu queria era ficar tão louca quanto ela, a puxei pela cintura e perguntei no seu ouvido o que ela estava usando.
– Pozin- Ela me puxou para o local com mesas, tirou um saquinho com um pó branco do bolso, colocou na mesa e montou algumas carreiras do troço branco- Garanto que você irá se sentir bem melhor, alfa.
Nunca tinha usado aquilo, mas também nunca soube a minha verdadeira história, então era uma noite de novas experiências. Coloquei um dedo de um lado do meu nariz e cheirei umas duas carreiras.
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Acordei em uma cama do que eu acreditava ser um hotel, tinha uns dois ômegas peladas ao meu lado, olhei as horas e eram exatamente 16H do que eu acreditava ser quarta-feira, peguei a sacolinha de pó que estava na cabeceira, arrumei tudo e cheirei as carreiras que estavam ali, enrolei um baseado e fui até a sacada observar as ruas movimentadas daquela cidade.
Quando terminei de fumar, o telefone do quarto começou a tocar e eu fui atender. Após o moço da recepção me comunicar que meu cartão havia sido recusado, eu passei o número do cartão da empresa do Jimin e disse que assim que fosse pago eu já sairia dali. Peguei minhas coisas, acordei os dois ômegas, mandei eles irem embora, eu precisava ser rápido, eu passaria em...Na casa de Jimin para pegar coisas de valor que eu pudesse vender e ir embora.
Dei sorte de ainda estar no horário em que todos estavam naquela empresa e a casa estava vazia, subi as escadas e andei em direção ao meu quarto. O primeiro lugar que comecei foi o closet, peguei jóias, tênis de marca, roupas e mochilas, acho que já tinha uns 50 mil ali e quando fui para o quarto encontrei quem eu não queria, Park Jimin.
– Filha- Ele tentou chegar perto e eu me afastei- Por favor...
– Desbloqueia a porra do meu cartão- Peguei as coisas que estavam na sacola e andei até a porta, porém fui impedida pois ele segurou meu braço- Me solta caralho- Puxei o braço.
– Filha, vamos conversar por favor.
– Eu não tenho nada pra falar com você, Park.
– Mi amor, por favor, escúchame.
– Não venha com essa para cima de mim, eu te conheço ou melhor eu achei que conhecia, achei que poderia confiar na porra de um pai que só mentiu para mim- Ele me olhou.
– Nabi, você está drogada?- As lágrimas começaram a descer do seu rosto.
– Ah para com a porra desse teatrinho vai, você nunca se importou comigo, nem com o caralho dos meus sentimentos, você só liga pra si mesmo, que porra de pessoa você é? Me escondeu do meu pai pra que? Pra ter atenção só pra você? Pra ele não roubar as atenções que você ganha?- Meu dedo já estava na cara dele- Você é a pessoa mais egoísta que eu conheço, me usou como seu trofeuzinho o tempo todo, usou o Taemin para ter essa pose de bom ômega, sabe o que eu sinto por você? Nojo, eu sinto nojo de ter seu sangue correndo nas minhas veias, eu tenho nojo de algum dia ter sentido amor por você, tenho nojo de tudo que é ligado à você.
– Filha, por favor, me deixa ajudar você- Ele tentou pegar minha mão e eu o empurrei, já estava de saco cheio daquele ômega fingindo que me amava.
— Você está morto para mim.
— Você não quer dizer isso...
— Eu quis dizer exatamente isso. Você morreu pra mim Jimin.
— Eu nao acredito em você...– Ele já estava com os olhos vermelhos de tanto chorar.
– Agora você quer chorar?- Soltei uma risada sem graça.
— Eu te amo, hija.
— Não, não, você ama que amem você.
— Eu te amo.
— Para de falar isso porra, você não me ama, por que quem ama não machuca Jimin, você não ama ninguém.
— Filha– Ele tentou pegar minha mão e eu nao deixei.
— Nunca mais ouse tocar em mim, eu nunca mais quero ver a porra da sua cara, eu te odeio mais que tudo- Empurrei ele de novo até ele bater na parede- Nunca mais me procura.
Peguei a sacola, desci as escadas e dei de cara com Yibo e Taemin.
– Nabi, o que você está fazendo?- O alfa falou.
– Não vem com essa não, você é outra pessoa que mentiu para mim, o tempo todo- Fui andando até a porta de saída- Ah Yibo, boa sorte com esse castelo de mentira que essas pessoas vivem.
Peguei as chaves do meu carro e saí daquela casa.
"Criança, você vai se arrepender tanto do que está fazendo".
"NÃO COMEÇA TWILIGHT".
"Sua sorte é que, aquele ômega lhe ama mais que tudo, quando você voltar a si, nós conversamos".
Bufei, entrei no carro e dirigi para um lugar onde eu pudesse trocar aquelas coisas por dinheiro.
Uns 2 dias depois eu estava em um hotel quando bateram na minha porta, minha maconha tinha acabado, provavelmente era o cara que me vendia. Mas quando abri eram duas pessoas que eu não esperava ver, Jeon Jungkook e Seoyun, e antes que eu pudesse falar algo, a voz do alfa se fez presente.
