𝙏𝙝𝙞𝙧𝙙 𝘾𝙝𝙖𝙣𝙘𝙚 𝙁𝙤𝙧 𝙏𝙤𝙠𝙮𝙤 -𝙏𝙤𝙠𝙮𝙤 𝙍𝙚𝙫𝙚𝙣𝙜𝙚𝙧𝙨 𝙓 𝙤𝙘

O Dia Da Terceira Chance (Parte 1)

18 de novembro de 2017.

A morena batucava as unhas na mesa da sala de reunião enquanto olhava fixamente para o ponteiro do relógio na parede da sala. Faltava apenas um minuto para a reunião acabar e a jovem ir direto para casa.

ㅡ Aiko? ㅡ Por mais que vozes estivessem falando antes de chamá-la, a garota já teria mesclado os sons das vozes, com o som mais abafado da música da balada.

Ao seu sócio se dirigir a ela, a mesma tira a atenção do relógio para ele. ㅡ Sim? ㅡ

Ele entregou uma pasta amarela e a garota abriu vendo vários papéis com apenas uma frase escrita no meio de todas as folhas, "decoração natalina". ㅡ Bom. Como eu sei que não foi do seu interesse essa reunião, com certeza, você vai saber o que fazer na área que é formada. ㅡ

O sócio tinha uma feição neutra mesmo sendo sarcástico com a parceira dos seus negócios.
Aiko além de ser sua sócia, também era responsável por toda a estética da Underworld. Era formada em Design de Interiores e cuidava bem dessa área para o Hiroaki.

ㅡ Só tente manter a aparência padrão neon da nossa "casa". ㅡ o sócio da Aiko gostava de da uma geral na balada em datas comemorativas, como natal, Halloween, dia dos namorados e etc. E Hiroaki gostava do jeito natural que Aiko faz isso acontecer, era de notar-se a diferença, mas sem perder a forma padrão da balada.

ㅡ O que você não me pede sorrindo que eu não faço chorando? ㅡ sorriu de uma maneira forçada, claramente irritada com a atitude que ele chamou a sua atenção na frente de outros empresários em volta.

ㅡ Estão todos libertos. ㅡ cruzando as pernas, Hiroaki olhava fixamente para Aiko, enquanto todos os outros da reunião saíram.

Ao sobrar apenas os dois, Hiroaki abriu um sorriso sarcástico. ㅡ Você nem disfarça seu olhar de desgosto. ㅡ ele comenta, enquanto a morena joga a pasta em cima dele. ㅡ E você é um sem noção. Se não fosse pelo dinheiro, com certeza, eu não estaria aqui. ㅡ

Os dois ganharam uma amizade bem construída com o tempo e com o passar dos anos, ambos passaram a se tratar de uma forma mais informal. ㅡ Você vai querer que eu te leve para casa? ㅡ ele perguntou se levantando e pegou sua bolsa e o casaco.

Ela se levanta em seguida pegando o celular e a mochila. ㅡ Não, muito obrigada, eu posso ir muito bem sozinha. ㅡ

Arrastando a cadeira em direção a mesa, ele riu baixo. ㅡ Beleza então. Não vai se perder por aí.ㅡ seu sócio sai da sala deixando a porta aberta para Aiko.

A morena apaga as luzes e tranca a porta, em seguida, passa pelo o corredor curto até a escada, que leva para um corredor mais estendido, iluminado por uma luz negra e leds neon nos cantos.

Naquele corredor, havia salas privadas que poderiam ser usadas apenas se pagassem por elas. Dentro das salas, todas seguiam o mesmo design, eram iluminadas com uma luzes branca, porém tinha a opção de deixar da mesma forma que o corredor. Havia sofás acolchoados de veludo vinho, que contornava toda a parede da sala e no meio, uma mesa para bebidas e refeições que tinham direito.

Pessoas que alugavam esses quartos, queriam apenas ficar em grupo com amigos, ficar a sós com seus parceiros, ou então jogar truco. Ali, o som da música ainda era abafada, e isso facilita na hora de ouvir alguma coisa de dentro das salas.

Aiko parou para mandar mensagem ao seu irmão, Imaushi Wakasa, perguntando como ele estava. Entretanto, no que a morena parou para mandar a mensagem, pode notar uma voz família. ㅡ Kisaki... ㅡ

ㅡ Hanma, nós não deveríamos estar aqui, como consegue agir que nem um adolescente de quatorze anos em uma hora dessas? ㅡ Kisaki fala de uma forma autoritária e firme, de pé quase atirando no seu amigo. O mesmo que além de agir como se estivesse em uma praça, colocou um cigarro na boca enquanto uma das mulheres ao seu lado acendeu com um isqueiro.