CAPÍTULO 5

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Quando eu olho para você

Eu vejo o perdão

Eu vejo a verdade

Você me ama por quem eu sou

Como as estrelas seguram a lua

When I Look At You - Miley Cyrus






Edyth

-Está tudo preparado - A doutora me perguntou quando entrou na sala de cirurgia

-Sim tudo pronto - Respondi com seriedade

-Ela não está com abertura - Outra enfermeira disse ao abrir a perna da garota - E ela perdeu muito sangue não acho que consiga...

-Vamos ter que fazer uma cesariana de emergência - A doutora disse colocando suas luvas - Preparem as coisas

-Ela vai sobreviver? - Me vi perguntando

-Faremos todo o possível - A doutora se limitou em dizer totalmente profissional

E então quando o bebê foi tirado de dentro da garota percebi que ele não chorava

Merda...

E então eu que tinha o pegado primeiro comecei a fazer massagem cardíaca

-Vamos neném acorda e chora pra mim - Pedi nenhum pouco disposta a desistir dele

Sim era um menino...

Quando eu pensei que a batalha estava perdido a sala foi preenchida por um choro fraco porem intenso a qual me fez respirar aliviada

-Graças a Deus - Murmurei e senti lagrimas turvarem minha visão em quanto aconchegada o garotinho em minhas mãos

-Parabéns - A doutora disse com sinceridade - Acho que pela sua bravura e perseverança deve cortar o cordão umbilical

-Sério? - Inquiri sem acreditar

-Sim - Me entregou a tesoura e assim eu o fiz cortei o cordão umbilical

-Aqui - Uma das enfermeiras me entregou um manto que eu não sabia da onde tinha vindo e eu enrolei o garoto

Quando eu estava levando o garotinho para pesar o monitor multiparâmetro de sinais vitais começou a apitar muito alto

-Merda! - A doutora disse - Estamos a perdendo

E então o desfibrilador foi colocado a postos e a doutora me pediu que levasse o bebê para a incubadora e também arrumasse roupas para o recém-nascido que depois cuidávamos da saúde dele agora ela iria tentar salvar sua mãe

À medida que caminhava em direção ao berçário com o garotinho no peito enrolado apenas naquela manta eu senti que eu estava segurando meu mundo nas mãos e estranhei, pois eu nunca havia sentido tal coisa ao segurar um bebê completamente desconhecido, mas parecia que nos conhecíamos a vida toda

Quando já estávamos no berçário resolvi ligar para Nancy e pedi que passasse no meu apartamento para pegar algumas roupinhas de bebe

Sim eu guardei todas as roupinhas que havia ganhado e por dias fiquei me torturando com aquelas roupinhas quando perdi meu bebê todos os dias eu pegava os macacõezinhos e cheirava como se meu filho tivesse estado ali dento

Erros e Acertos (Livro 3) - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora