O camponês - Namjin

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KIM SEOKJIN

O dia acordou bem bonito, com os pássaros cantando, os raios de sol não estavam fortes, as flores das árvores todas chamativas e bem cuidada, tinha de tudo para ser um dia perfeito, exceto pelas dores fracas que sentia abaixo de meu ventre.

Levantei da cama e fui tomar um banho. Tirei meu pijama deixando ele dobrado em cima do balcão da pia, e entro no chuveiro. Sinto a água morna cair em meu corpo me deixando cada vez mais relaxado. Pego o sabonete caseiro feito pela minha omma, de frutas vermelhas e passo em meu corpo, deixando assim meu cheiro mais gostoso.

Assim que sai, enrolei a toalha em meu corpo e fui em direção ao pequeno armário de madeira em meu quarto, pegando um dos hanbok e vestindo.

Hoje fazia um mês desde que Jimin casou-se com o Kim. Eu morria de saudades do meu amigo, nessas horas ele estaria aqui comigo relatando de suas paixões ou de como as flores estavam bonitas, já que o pequeno era apaixonado por flores. Ainda não sabia o atual endereço do mesmo, porém sei que logo logo ele vem me visitar, pois ele sempre cumpre suas promessas.

Hoje também faz um mês que esbarrei com o Lúpus. Ainda conseguia lembrar de seu olhar sobre meu rosto, me encarando de maneira intensa e gostosa. Seu cheiro não sai de minha cabeça, assim como a sensação do seu toque suave em meu rosto... Meu lobo estava amuado desde o encontro, como se sentisse falta de algo, o que era estranho já que o mesmo era sempre tão calmo e alegre. Os olhos vermelho sangue que o mesmo tinha estava em todos meus sonhos desde aquele dia. Era como se eu sentisse seu olhar em mim a todo momento, a todo espelho que olhava ou a todo momento em que fechava os olhos.

O moreno tomou meus pensamentos em questão de segundos de convivência.

Afim de esquecer o mesmo, avisei para minha mãe que eu iria correr um pouco, aproveitar ainda enquanto tenho liberdade, enquanto ainda não estou preso a um alfa desconhecido.

Porém no meio da caminhada senti a pontada abaixo do meu ventre ficar mais forte e meu corpo se aquecer, a dor aumenta e o hanbok caiu de minha boca assim que minha pata se encaixou em um galho qualquer a machucando.

Meu corpo logo se desequilibrou e caiu em uma pequena poça de lama sujando seus pelos brancos.

Choramingou saiam de minha boca, e meu medo ficou maior ao ver a matilha dos lodos da vila Norte se aproximando e me cercando. Eu esperava o pior acontecer, porém um rosnado desviou a atenção daqueles que me rondavam e por um momento senti a dor ir embora.

Ao longe podia ver o grande lobo preto, com seus olhos vermelho sangue e logo consegui reconhecer quem era. O logo era extremamente grande, comparado aos alfas comuns que me cercavam, seus pelos pretos brilhavam quando a luz do sol batia em sua pelagem, suas patas grandes e grossas estavam em posição de ataque, como se a qualquer momento ele pudesse ir para cima dos lobos comuns caso alguns deles resolvessem ir contra a ordem do lúpus. 

Não conseguia saber o que eles falavam pois no momento estava tudo bloqueado para mim, eu apenas conseguia escutar rosnados insatisfeitos e alguns ruídos. Meus ouvidos sensíveis doíam a cada rosnado, porém não era mais forte que a dor que sentia em meu ventre. Quando os alfas comuns saíram de lá, não pude evitar de controlar minha transformação, voltando assim para a forma humana novamente, ficando totalmente nu diante a aqueles olhos que ocupou meus sonhos e pensamentos durante o último mês. O lobo grande se aproximou de meu hanbok que estava a alguns poucos metros de mim e jogou próximo ao meu corpo, pedindo mentalmente para que eu me vestisse.

Eu sentia medo, pois tinha acabado de entrar em meu primeiro cio, e estava de frente a um alfa lúpus. Meu medo que, por mais que fosse involuntário, era que o mesmo perdesse o controle que tanto segurava, pois era possível perceber que o alfa estava controlando sua respiração, e mesmo quando ele se virou, era possível notar seus músculos tencionarem conforme meu cheiro ficava mais forte. Com tamanha dificuldade me vesti, sentindo meu corpo fraco e dolorido. Quando o mesmo pediu para que eu subisse em cima dele, mesmo hesitante segui seus comandos, pois nesse momento meu lado submisso falava mais alto.