Véspera de Natal!
É com certeza o dia mais especial de todos desde que viemos morar nesse lugar, o clima, a comida, e a melhor parte, a família!
No nosso caso, nossa família e amigos do morro vem todos pra cá, numa caravana de pelo menos quatro carros, eu amo saber as fofocas da viagem, e ver meus pais, ver o Thiago... Deus, como fico ansioso!!!
- Pronto! - Digo depois de pendurar uma guirlanda em cima da porta -
- Amorzinho! - William me chama ao aparecer, provavelmente vindo do estábulo - Melhor colocar os fones agora!
Ele avisa e vai embora, William sempre mata um dos porcos no natal, e eu absolutamente odeio escutar e ver, então esse aviso foi pra mim correr pra dentro de casa, trancar a porta, e colocar uma música nos meus fones no máximo, e assim eu fiz o mais rápido possível
Pelo menos duas horas se passaram, mesmo receoso, tirei os fones, sentindo um incômodo nos ouvidos por causa do volume, estava tudo silencioso, até demais
- Foi bem rapidinho! - William apareceu na janela de repente, falando alto, levei um baita susto -
- Ai meu Deus! Você quase me matou de susto!
Ele tinha um sorriso largo, como uma criança que acabara de fazer uma travessura super divertida
- Qual deles você matou? - Perguntei -
- O Thiago
- Eu já disse que o nome do seu porco não é esse, ou era
- Ele não é meu, eu te dei ele, lembra? Por isso o nome
- E você matou o meu porquinho?? - Perguntei indignado, registrando finalmente a parte mais importante da conversa -
- Ele tava começando a envelhecer, amor, meu pai sempre dizia que não se pode comer a carne de um porco velho, então dele entrar na pior fase da vida, eu dei outra serventia pra ele, encher o seu buchinho
- William, poxa, podia ter avisado antes pra eu me despedir dele!
- Agora pronto, meu marido tá tomando as dores do porco - Ele debocha -
Ele ria, e então o olhando melhor, vi que suas mãos estavam encharcadas de sangue, e haviam outras manchas pelo seu rosto, era uma imagem assustadora tendo em vista seu sorriso largo nos lábios
- William, não, sai daqui agora!!! - Gritei agoniado, ele revirou os olhos e foi em direção ao banheiro ainda rindo -
- Mauricinho fresco! - ele disse -
- Fresco? - Ele gargalhou mais alto ainda quando perguntei indo atrás dele -
- É sim, um fresco, metidinho a besta - ele parou de caminhar e olhou pra mim -
Aquele sangue todo...meu Deus, era horrível olhar aquilo
- Anda logo, vai pro banheiro! - Digo com o estômago embrulhando -
Ainda sorrindo, William pega na barra da bermuda e abaixa junto com a cueca de uma vez, é claro que ele fez isso na minha frente só pra me provocar, esse insuportável com quem me casei...
- William!!!
Ele entra e tranca a porta, segundos depois escuto o barulho do chuveiro, e fico mais tranquilo sabendo que ele está se lavando
Dou uns passos à frente, me abaixando pra pegar a bermuda dele, aquilo estava fedendo tanto, que só levei direto pro tanque, se eu jogasse no cesto de roupas, certamente iria estar fedendo a podridão amanhã
Ao chegar no tanquinho, abro a torneira, tampo, e jogo a peça de roupa na água
- Eu não vou lavar isso aqui! - Grito pra ele -
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Nossas raízes (Mpreg)
RomanceNesse livro não canônico, William e Ag vivem uma rotina tranquila em uma vida comúm, vivendo isolados no interior. A felicidade toma conta do casal, e suas vidas não poderiam estar melhores, mas, quando tudo parece calmo demais, uma grande surpresa:...