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Há séculos eu não colocava os pés aqui em baixo, em terra mortal. E agora eu estava em Londres procurando por Sebastian. E cheguei a mansão Phantomhive onde ele trabalhava agora como um mordomo, entrei "fugindo" dos trabalhadores da mansão, era tão fácil enganar eles.
Logo vi ele com seu senhor, Ciel Phantomhive.
— Sebastian!
Ele olha para mim quase sem expressão alguma. O seu olhar percorre o meu corpo e eu faço o mesmo o vendo com aquela roupa de mordomo. Se eu não o conhecesse bem, há alguns séculos, eu acharia que aquela sua expressão inexpressiva significasse insatisfação ao me ver, mas não era. Eu conseguia distinguir a inexpressividade daquele seu pequeno sorriso de seus lábios se pressionando um contra o outro. Eu sorri para ele.
— Sebastian, você pode me informar quem é está senhorita em minha mansão.
— Está é Lilith, — ele vira o olhar para o garoto, seu senhor — ela é uma ex companheira de trabalho.
O garoto era serio usava um tapa olho, e eu sabia que era por causa do contrato com Sebastian. Não me surpreendo que seja um garoto, mas ele é com certeza mais novo do que eu esperava.
—E você deve ser o senhor do Sebastian, é um prazer conhece-lo Ciel. — Eu dei um pequeno sorriso olhando para ele. — Realmente ouvi falar muito bem de você. No nosso trabalho.
Eu estendo a minha mão para ele, e ele aperta ela com ternura e cuidado. Eu me afasto e apenas penso que não vou me contentar em dar apenas um aperto de mão em Sebastian. E ele sabe, e já está esperando que eu abrace ele, eu sorri olhando em seus olhos tão vermelhos e bonitos e ele agora dá um sorriso de volta, dessa vez um sorriso de verdade.
— Vamos lá, mate logo a saudades.
— Sentiu minha falta Sebastian-chan?
— Não, você sentiu minha falta.
Eu não podia falar que era mentira, apenas abracei ele, não por muito tempo e nem muito forte. Eu solto ele e me afasto aos poucos.
— Prepare um chá, e algo doce, de preferencia com chocolate. — Ciel diz e deixa nos dois a sós.
Eu acompanho ele até a cozinha, era uma cozinha linda, chique. E não me surpreende novamente. Não sabia suas ambições e não sabia nada além de que ele era ganancioso e muito mais muito ambicioso.
Não me importo de me sentir a vontade na casa dos outros. Eu me sento na bancada, olho em seus olhos e ele pede para que eu fale logo. Sebastian sempre tão ansioso.
— Você é ansioso demais Sebastian. Relaxe, beba um pouco do chá. — Digo em tom de piada.
Ele olhou para mim revirando os olhos, eu e ele sabemos que demônios não se alimentam de nada humano.
