noche caliente - jikook

unic.

        o local era quente e convidativo. uma música de salsa soava ao fundo e na pista alguns casais dispersos bailavam suavemente a melodia. Jeongguk havia acabado de chegar ao bar novo que seu amigo teria o indicado quando esteve de passagem pela cidade. o amigo disse que nesse bar a atração principal eram os "hermanos flores" que eram a sensação da cidade e os boatos diziam que a dança deles era sem igual e Jeongguk queria comprovar isso com seus próprios olhos.

o bar estava vazio, ainda era cedo e a casa chegava a lotar só um pouco mais tarde, todo mundo vinha com a intenção de ter uma dança com as estrelas do local e quem tinha sorte, o pai, autorizava os filhos darem um passeio com os clientes, claro, se fosse da vontade desse.

o bar era tematizado num vermelho escarlate e havia uma grande pista de madeira onde os clientes dançavam a salsa envolvente que saia das caixas de som. algumas mesas espalhadas pelo salão e também tinha um grande palco que provavelmente era usados para shows e talvez até os shows dos famigerados hermanos. num estilo bem latino. o homem caminhou até o bar e sentou-se numa banqueta olhando as opções de bebidas. estava desacompanhado e hoje queria se divertir.

— buenas noches. — um simpático senhor o cumprimentou do outro lado da bancada. — nunca te vi por essas bandas, cliente novo? ⠀ (tra: "boa noite")

— buenas noches señor — sorriu assentindo com a cabeça. — sim, vim por recomendação de um amigo conhecer os famosos "hermanos flores" ⠀(tra: "boa noite senhor", "irmãos flores")

— eres muy bienvenido entonces! — o senhor sorriu virando-se para as bebidas atrás de si. — o que vai querer?   (tra: "seja muito bem vindo então!")

— hm pra começar, pinã colada.

— boa pedida señor...?

— Jeongguk.

— certo senhor jeongguk, me chamo jonghyun e sou um latino-coreano. — disse ao virar-se para preparar o drink do cliente, gostava de conversar e conhecer melhor as pessoas que recebia em sua casa. — sou o dono desse estabelecimento e vim pra porto rico bem cedo. quando minha mulher veio a falecer no parto dos meus tesouros, a vida na coreia do sul ficou um pouco complicada e eu acabei tendo que me mudar com meus filhos. — contava sua história um pouco melancólico, doía um pouco lembrar-se daquele acontecimento onde perdeu a mulher que mais amava para um destino tão cruel. — enfim, eu sou meio tagarela então se te incomoda, me diz. — riu.

— lo siento señor. — suspirou. — de maneira nenhuma me incomoda, gosto de conversar também então fique a vontade. ⠀(tra: "sinto muito senhor")

— certo, mas se te incomodar me avise.

— okay. — assentiu com a cabeça. — eu também tenho uma historia um pouco trágica da minha vida, então, mi amigo, estamos no mesmo barco.

— desafortunadamente, a vida não é fácil senhor jeongguk. — sorriu sofrido virando-se para o cliente com sua bebida em mãos. — aqui está.

nesse momento o senhor pareceu ver alguém ao longe, atrás do cliente e acenou para a pessoa chamando-a com gestos.

— hijo, ven aquí! — continuou a fazer gestos até que sorriu orgulhoso ao que o filho se aproximou.  ⠀(tra: "filho vem aqui")

— llamaste papi? — o garoto respondeu ao se aproximar e Jeongguk ainda se encontrava de costas para ele. ⠀(tra: "mandou chamar, papai?")

assim que virou e teve sua visão sobre o dono daquela voz tão melodiosa, precisou se segurar no banco para não cair para trás. foi como se um filme caribenho de clichê começasse a passar sobre seus olhos com um protagonista tão bonito. os olhos eram expressivos e eram marcados por uma fraca maquiagem ao redor. tinha longos brincos que resvalavam as vezes sobre o ombro coberto por uma camisa jeans. os cabelos lisos eram tão dourados como os olhos e a boca carnuda e rosada era tão atrativa. as pernas grossas eram cobertas por uma calça jeans de lavagem clara. nunca havia visto homem mais bonito trajado tão simples em todos os seus 26 anos de idade... quem será ele? será o famoso irmão flores? jonghyun chamou-o de hijo, então deve ser. agora já entendi porque falam tanto dele, ele parece um anjo!