Maniac (Larry Stylinson)

Capítulo 2

[A péssima ideia]

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Louis deu o último clique em sua câmera e fez um sinal positivo para Ellie. A garotinha correu sorridente em sua direção, ansiosa para ver suas tão sonhadas fotos para a mais nova propaganda de bonecas que se espalharia por toda a cidade em algumas semanas. Louis mostrou todas as imagens pelo computador não só para ela, como também para a sua agente e todos os figurinistas e maquiadores que o acompanharam durante todo o dia. Até mesmo seu chefe, Sr. Logan, decidiu aparecer para conferir o trabalho de um de seus melhores fotógrafos e não poupou elogios ao talento inegável que Tomlinson tinha.

No final do dia, quando Louis trancou todo o estúdio e guardou seu equipamento — pois ficou encarregado de fechar tudo —, encontrou Selena o esperando na porta da frente. Os dois eram funcionários da mesma empresa, a agência de publicidade mais elogiada da cidade, a Paradise. Louis era um dos melhores fotógrafos do lugar enquanto Selena era do setor de marketing e autora de grandes e renomados projetos publicitários. Ambos carregavam uma fama impecável dentro da Paradise e eram constantemente escolhidos para trabalhos importantes e prestigiados.

— Como foi? — ela questionou assim que Louis trancou a porta da frente. — Ellie estava bem animada quando chegou.

— Foi ótimo. Ela é a garota mais fotogênica que eu já vi na vida. — respondeu.

O clima de Londres andava abafado nos últimos dias, então os dois amigos sentiram-se ofegantes à medida em que andavam pela calçada em direção ao apartamento de Louis. Começaram a tagarelar sobre trivialidades e contratempos do trabalho enquanto o sol se ia no horizonte. Os raios laranjas e vívidos pintavam o céu azul como um quadro e Louis desejou estar com sua própria câmera para registrar aquele momento, mas havia deixado-a em casa. Estava distraído demais pensando na beleza do céu que não percebeu quando Selena parou de falar e colocou a mão em seu peito, impedindo-o de andar. Louis franziu o cenho com o movimento repentino.

— Louis. — ela murmurou, chamando a atenção do amigo.

— O que aconte...

Parou de falar assim que viu a imagem de Brian Cooler, seu ex-namorado persistente, caminhando em sua direção. Não era a primeira vez que ele resolvia aparecer quando Louis estava de saída do trabalho, especialmente depois de uma tarde inteira de ligações recusadas e números bloqueados. O garoto era realmente um incômodo quando queria, e sua cara de cachorro abandonado no caminhão de mudança já estava deixando Louis em um estado quase irracional de desespero.

— Precisamos conversar. — foi o que ele disse assim que se aproximou dos dois amigos.

— Brian, não temos o que conversar. — revirou os olhos.

— Nossa história não pode acabar assim!

— Nossa... o quê? Olha, Brian, eu sei que deve ser complicado pra você aceitar que o nosso relacionamento acabou. É uma merda, mas você precisa superar. Não somos mais um casal. O que vivemos foi legal, mas acabou.

— Louis, o que estamos vivendo é um contratempo. Podemos superar isso.

— Você precisa superar isso, não eu. Já faz seis meses, cara. Está na hora de seguir em frente.

— Durante seis meses não conseguimos ficar com outras pessoas! Não consegue enxergar? É um sinal. Fomos feitos um para o outro!

Brian parecia realmente acreditar nas próprias palavras, deixando Louis perturbado. Ainda podia enxergar em Brian os mesmos traços e manias que o fizeram se apaixonar perdidamente anos atrás, no último ano do ensino médio. Eram os mesmos olhos castanhos que o deixavam tão mexido, a mesma boca rosada que amava beijar e o mesmo coração que o deixava rendido de amores. Entretanto, Louis não era mais a mesma pessoa. Ele cresceu, encontrou novos objetivos e se tornou alguém diferente. Brian não fazia mais parte de sua vida como antes. Não fazia mais sentido continuar.