A vizinha do 703

A menina do 703

           Bem, me chamo André, sou casado, moreno, cabelos e olhos castanhos.
Moro em um apartamento, as janelas são bem próximas, quem está de um lado consegue ver tranquilamente quem está no outro, isso se a janela não possuir fumê ou cortinas, é claro.
          No apartamento da frente Mora um homem de aproximadamente uns 50 anos, não sei se é casado, não notei ainda uma mulher lá, embora seja muito fácil perceber. O que notei rapidamente foi a Laís, uma menina branquinha, cabelos ruivos, corpo magrinho, pequeno, deve ter entre 18 e 20 anos. Sempre que a gente passa um pelo outro no Hall, ela me cumprimenta e eu prontamente respondo ao seu cumprimento. Nunca passou disso.
         Nos banheiros dos apartamentos têm aquelas "janelas" pequenas que abrem pra cima você empurra e ela fica tipo 90° da parede. Sempre que tomo banho eu abro até a metade. Quem está do outro lado não vê na parte da cintura, é óbvio. Pois bem, estava lá no meu banho, tranquilo, quando percebi que alguém me olhava, e fingi não está percebendo nada, continue tomando banho e aos poucos fui virando até perceber quem era, pra minha surpresa era ela, a Laís. Demorei um pouco mais de propósito e não olhei mais, não queria que ela soubesse que eu a vi.
           Saí, fui trocar a roupa, fechei a Cortina do quarto, mas não completamente, é claro! Já esperando se ela viria olhar, mas dessa vez eu conseguiria vê-la sem virar o rosto, era só olhar no espelho. Não deu outra, passaram se alguns instantes e ela apareceu no meu espelho. Troquei de roupa devagar e saí.
          A partir daí eu também passei a observar mais o apartamento vizinho e ela. Outro estava entrando no prédio e passei pelo país dela em sentido contrário ao meu, eu o cumprimentei e subi, cheguei no apartamento e antes que entrasse eu ouço uma voz;
   Moço, moço!
Eu me viro e me respondo;
Oi, bom dia!
Ela então fala;
Bom dia, desculpa o mau jeito, é que minha tv não tá funcionando, não consigo colocar a antena do prédio no lugar.
     Logo, vieram muitas coisas na minha mente, quando entrei vi que antena realmente estava desconectada, aí já esfriei...
     Eu pedi que ela me desse uma faquinha que eu daria uma jeito e ass fiz. Coloquei a antena no lugar e sua tv funcionou normalmente. Ela então me agradeceu e eu saí de lá, mas dei umas boas olhadas nela e deixei com que ela percebesse, ela por uma das vezes deu um sorrisinho meio safadinho, que fez com minha mente já imaginasse coisinhas safadas.
      Saí de lá e fui ao meu apartamento. 

(Continua)