Símbolos de poder

2- A droga de um pesadelo

Depois do episódio que aconteceu com a caneta eu presumi que tinha sido algo da minha mente me "trolando", por que depois disso nada mais de estranho aconteceu, mas eu era curioso e decidi tentar. Eram quase 16:00 horas, sentei-me na cadeira de frente a escrivaninha, coloquei minha caneta deitada, e com minhas mãos estendidas sobre a caneta eu comecei a tentar move-la, de início nada aconteceu, mas pouco segundos depois minha visão capitou como se a caneta tremesse em uma leve vibração, não muito grande, porém o suficiente para fazer as batidas por minuto do meu coração se duplicarem.
Levantei da cadeira e comecei a andar de um lado para o outro no quarto, será que eu tinha algum tipo de super-poder ? Como talvez o dos X-mens ? A mistura de sentimentos em mim era grande demais para ficar feliz ou apavorado, decide tentar de novo quem sabe eu não melhorasse ? Ou no máximo teria certeza que tudo isso foi minha mente me confundindo.
Voltei a cadeira e a escrivaninha, fiz o mesmo procedimento, mas nada aconteceu, insisti por 15 minutos mas nada...
Joguei-me na cama exasperado. Assumo que fiquei decepcionado por não ter algum poder do tipo telecinese, ou algo assim, seria muito maneiro.
Derrepente dei um pulo da cama com a ideia que surgio-me, talvez para começar a caneta fosse algo muito pesado, talvez devesse começar devagar. - sai correndo em direção a cozinha, abri o armário, lá peguei um pacote de milho de pipoca, um pote de confetes, e também uma embalagem de salgadinhos...- talvez com "objetos" mais leves funcionasse com um pouco mais de facilidade...
Ao voltar para meu quarto escolhi logo o pacote de milhos de pipoca, talvez funcionassem, abri-o e derrubei um bocado de milhos sobre a escrivaninha, peguei as outras coisas e coloquei sobre a mesa. Repeti pela terceira vez o mesmo processo, mas antes separei um único grão de milho em um canto, tentei empurra-lo para junto dos outros sem encostar nele, passei algum tempo tentando, quando estava próximo de desestir ele se moveu, não muito, mas se moveu, cerca de um centímetro, e continuei e ele continuou a se mover. - Arregalei os olhos, aquilo era impossível, mas mesmo assim eu consegui, EU REALIZEI O IMPOSSÍVEL, continuei tentando, e em "pouco tempo" mover o grão de milho era fácil, decidi dar-me um descanso e ir ao banheiro, fiz oque tinha de ser feito, quando voltei olhei as horas em meu relógio de bolso, por incrível que se pareça passou-se cerca de 4 horas, no relógio já marcava 20:17.
Tinha que estudar, mas era impossível, eu tentei, mas cada segundo meus pensamentos fugiam das contas de matemática para oque eu poderia fazer com meus poderes, desisti de tentar estudar alguns minutos depois.
Voltei ao meu treinamento, seraparei 3 grãos de milho, tentei move-los, depois que eu peguei o jeito era fácil, isso me fazia sentir-se livre para tentar explorar novos objetivos e romber minhas próprias barreiras, decidi tentar levantar um grão, não era a mesma coisa de tentar move-lo, não foi muito difícil depois de entender que para ergue-lo era só imaginar ele dentro se uma bolha, e que essa bolha subia carregando ele dentro, levei um tempo para aperfeiçoar, mas quando ficou devidamente bom eu conseguia mover ele para qualquer canto do quarto a qualquer altura, para facilitar era só imaginar a bolha se movendo com ele dentro, porém era impossível eu conseguir tais feitos, mesmo o mais simples apenas por pensamentos, eu precisava levantar a mão, ou fazer gestos com o dedo (o mais comum), era complicado mover os grãos para mais de um metro de meu corpo, mas não impossível, meu recorde foi 1,34 centímetros, sabia que levaria tempo para conseguir mandar para mais longe, só precisaria de treinamento, dessa vez tentei fazer algo diferente, levantar 5 grãos juntos, ao mesmo tempo, coloquei-os em cima da escrevaninha, imaginei uma bolha se formando em volta deles, e levantando-os, e assim consegui, porém sentei-me tonto, e fraco, talvez esforço demais, isso era perigosso, poderia comprometer minha saúde, não sei, talvez, devido a tal esforço os grãos caíram e se espalharam, me joguei na cama, era muito esforço, eu me sentia cansado, mas a teimosia foi demasiada grande, decidi continuar levantando os 5 grãos. Dessa vez fiz um esforço maior, e os 5 grãos estava pensando como se eu levantasse nas costas um saco de cimento, me esforcei e quando eles chegaram na altura de meus olhos aconteceu algo muito estranho, (melhor dizendo, mas estranho do que tudo até agora) os grãos estouraram, sim estouraram e viraram pipoca, não me pergunte como de telecinético eu virei pipoqueiro, mas foi muito estranho, eu fiquei pasmo observando 5 pipocas no chão, quando abaixei para tentar pega-las toda e qualquer energia que imaginei ter se esvaiu, cheguei a ver tudo girar e cai na cama inconsciente...

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Eu não sei onde estava, um campo talvez, total mente perdido, vi uma lago, um parque e algumas crianças brincando, em direção ao sul, e fui até lá, sentei me no gramado, fazia sol, o dia estava perfeitamente lindo, um dia como aqueles de filmes que o pai leva a família pra passear, algo realmente muito bonito...
De frente para o grande lago eu fiquei, olhava para os lados e só via pessoas sorrindo e felizes se divertindo, casais passeando de mãos dadas, criança escorregando nos brinquedos do parquinho, e algumas família fazendo piquenique nas grandes mesas de madeira, tinha até alguns solteirões passeando com seus maravilhosos cachorros, tentando paqueirar algumas belas moças, passei meus olhos pelo lago, a água estava também muito linda, um verde claro como meus olhos, no meio do rio vi algumas canoas, e nas margens não muito longe de mim alguns banhistas, poucos mas eles estavam lá, deitei-me no chão, enterrei os dedos na terra fresca, cheirei a grama, e me senti em paz, senti uma paz como nunca antes, não sabia onde estava, porque, e nem quando, mas se estivesse perdido não iria querer me encontrar tão cedo...
Alguns minutos foi oque me pareceu, não quis levantar antes disso, mas o lugar era lindo por demais para ficar só deitado, decidi fazer uma caminhada, Erguei-me e sair contornando o lago, era tão imenso em grandeza como em beleza, cheguei até ver alguns peixinhos nadando em paz... - Paz está ai a 8° maravilha do mundo, meu sonho, não tem nada mais que eu posso desejar que paz.- eu caminhava devagar, decidi sentar-me a beira do lago, coloquei as pernas dentro da água, e comecei a pensar em como o mundo era maravilhoso, meu reflexo na água me olhava intensamente, meus olhos com um brilho nunca visto antes, e o sorriso, meu sorriso era estonteante, nunca em minha vida sorri assim, geralmente minha vida não costumava ser tão boa...
A água tremeu levemente, alguns peixinhos nadaram para longe, e o meu reflexo ganhou vida própria.
- Nathaniel Taylor, quem diria em... - um sorriso brincalhão no meu reflexo apareceu, junto com o som de sua voz, que na verdade parecia com a minha, porém de forma mais madura, e quando prestei atenção aquele reflexo não era o eu atual, e sim um "eu" mais velho, com barba, até muito bonito convenhamos, instantâneamente meu rosto pinicou e percebi que não foi apenas o reflexo que ficou mais velhor, eu fiquei exatamente como na água, e ela falava comigo... Por mais estranho que pareça eu fiquei mais surpreso com minha aparecia que com meu reflexo conversando comigo.
-Prazer, eu sou David! - Disse o reflexo, ele me encarava com uma expressão indefinível.
-Olá, porque você está falando comigo ? David? Somos parentes ?
-Apressado você, mas já esperava isso, eu estou falando com você pois eu tecnicamente sou você, e preciso te treinar, e sim sou um Taylor, de certa parte até que somos sim parentes, David, David Taylor, eu sou o primeiro de sua linhagem, sou o primeiro Taylor... -Disse o tal David, seu sorriso era tão satisfatório quanto o meu anteriormente. - e como já sei oque você vai dizer eu já te respondo, você não está surpreso com minha presença por 3 motivos, primeiro, você está sonhando, segundo, seu cérebro já está acostumado comigo, sou parte de você desde que você nasceu, tentando romper uma barreira colocada pelos meus pais em você, terceira e última, aaaahhh sei lá, são só essas duas mesmo, não tem terceira.
-Nossa, não compreendo metade do que você está falando, e que barreira ? -Disse curiso...
-Vamos fazer assim, para eu não perder tempo te explicando tudo detalhe por detalhe eu preparei uma pastas com informações sobre tudo que você precisa saber, só precisa abri-la e ficará sabendo de tudo sem enrolação...
-Está bem, então como abro-a ?
-Basta pronunciar a frase: Eu desejo um copo de feitiços para acompanhar meu belo jantar de encantamentos.
E com relutância repeti, palavra por palavra, e quando imaginei que nada aconteceria senti como se uma bomba estourasse, explodindo cada um de meus miolos...
Cai sentado no chão, e quando levantei sabia quem David era, sabia que ele era meu avô de certa forma, só que muitas e muitas gerações atrás, e que viveu cerca de 2 milhões de anos atrás, e que os pais dele eram o mago Magnu com a bruxa Darnas.
Também descobri que eles eram meus país, e também que eu era um feiticeiro, a propósito eu consegui lembrar de tudo que fiz antes de ir dormir, e nessa pasta além de tudo disse que só tinha duas formas para David se comunicar comigo no começo, a primeira era em sonhos como agora, e a segunda e pouco mais complicada era através do reflexo, portanto nesse sonho ele uniu as duas coisas para ter uma conversa mais duradoura, mas que acordado com o auxílio de um espelho nós poderemos conversar, mas com um pouco de treinamento.
E foi dessa forma que eu soube de tudo...
-Ainda tem mais coisas para você saber, por enquanto você só sabe o necessário, e conforme o tempo eu vou te contar mais, você ainda não pode saber de tudo, se não nosso treinamento será muitas e muitas vezes mais difícil. - Eu observava cada expressão dele, era tudo muito complexo e assustador, mas também muito incrível.
-Agora você precisa acordar, senão vamos ter problemas... Jogue-se na água q você vai acordar.
-Mas está taaaaooooo bom aqui, deixar eu ficar só mais um pouquinho aqui... -disse enquanto caia na água...