𝔇𝖊𝖒𝖆𝖑𝖑𝗒 •𝗔𝗻𝗷𝗼 𝘀𝗲𝗺 𝗔𝘀𝗮𝘀• 1ᴛ

1 Sem forças

Allyson Brooke

Ally: Me solta, você está me machucando! - Gritava tentando soltar meu braço mais ele apertava ainda, seus olhos estavam escuros e parecia ser outra pessoa.

                     

-Não grite que vai ser pior, você vai ficar trancada no quarto só com pão e água por dois dias sua Puta .

- Saiu Troy puxando Ally pelo braço abriu uma porta onde só havia um colchão no chão e uma cadeira, Allyson conhecia aquele cômodo era seu quarto onde era maltratada e tinha medo de ficar ali sozinha lembranças e dores de um ano que sofria calada.

                     

Ally: Por favor não me deixe aqui, não faz isso. - Pedi desesperada, eu tenho medo do que ele faça comigo mais tenho mais medo de ficar aqui sozinha.

                     

Não aguento mais essa vida, todo dia ele chega bêbado e drogado me humilha e me bate e me prende aqui. Preciso sair daqui e sumir, preciso proteger meu filho ou ele vai acabar nos matando.

                     

[.....]

                     

Acordei dolorida, abri meus olhos e já estava dia com um pouco de dificuldade me apoio com a mão na parede e me levanto mais meu corpo implorava pra não me mexer. Troy acabou comigo noite passada, tô com mordidas no ombro, minha cabeça dói pelos puxões de cabelo que ele me dava, meu peito tinhas vários chupoes e estavam doloridos e sensíveis.
Com cuidado me levantei de vagar e segui pro banheiro vomitando no vaso logo em seguida, precisava de um banho, precisava me limpar e tirar o cheiro dele da noite passada mais nem com toda água do mundo tiraria essa sujeira do meu corpo, abri o chuveiro com a água fria e me permiti chorar até meus olhos arderem. Escutei um barulho na porta, era ele, entrou me procurando e logo se aproximando do banheiro.

                     

Troy: Trouxe seu café e umas roupas pra você, vou deixar na cadeira. - Ele olhava para meu corpo com seus olhos famintos e com satisfação ele achava lindo me marcar e machucar eu sentia seus olhos queimarem cada pedaço do meu corpo.
Ele era um mostro, um doente não tinha outra resposta pro que ele fazia comigo e meu filho.

                     

Ally: obrigada. - Eu disse sem me virar ou olhar pra ele e logo ele saiu da porta do banheiro e do quarto em seguida.
Suspirrei aliviada e desligo o chuveiro saindo logo em seguida do banheiro enrolada numa toalha velha e manchada.

                     
                     

Se passou um dia E meio e estou aqui ainda, Troy vinha trazer pão, água e roupas, falava comigo o básico, sinto dor na barriga a um dia, ele apenas fingiu não ouvir quando eu disse, virava as costas e ia embora eu esperava o que dele? Ele não aceitava meu filho que era dele também, ele era doente apenas por mim.

                     

Tenho umas economias guardadas, meus pais fizeram uma conta pra mim a uns meses antes de falecerem.  Sim, eles morreram num acidente de carro, minha mãe estava grávida mais nem ela e nem meu pai e minha irmãzinha Sofia sobreviveram. Fui morar com uma amiga, eu tinha 20 anos, estava trabalhando pra pagar minha faculdade de advocacia que eu tanto sonhava. Conheci Troy em uma balada, ele não era esse mostro de hoje, ele ficou assim depois que engravidei, na verdade, engravidei por que numa noite ele chegou bedado na minha casa e me estuprou, foi a primeira vez que tive relação com ele depois de 6 meses de namoro, ele me bateu nesse dia, eu fugi mais ele me achou e me trouxe pra casa dele, dês de então não tenho mais vida ele me privou do mundo, não posso ter amigos e não saio sem ele, ou melhor... Quase nunca saio com ele, ele me tranca nesse quarto toda vez que ele Chega bêbado, drogado e cheirando mulher de rua. Arruma briga por nada, se eu olhar pra ele apanho. Minha mãe me dizia que Miami é linda, que o sonho dela era me ver morando lá, porque lá era meu lugar.
E eu um dia irei realizar seu sonho.

                     

Sinto sua falta mãe, do seu abraço, do seu conselhos. Sinto falta de vocês.
Falei entre um sussurro e outro, minhas lágrimas insistiam em cair dos meus olhos. Depois de vestir minha roupa me sentei no colchão comendo aquele pão velho e bebendo minha água.

                     

Ally: Mamãe vai cuidar de você meu amor, ninguém vai te fazer mau prometo. - Eu acariciava minha barriga com uma das minhas mãos enquanto conversava com meu filho. Preciso sair daqui e procurar ajuda. Preciso sair desse sofrimento.  Preciso achar uma maneira de fugir. Senti uma tristeza enorme e sabia que precisava fazer isso logo.

                     

Logo a porta se abriu, me dispetando de meus pensamentos e olhei em sua direção assim que ele entrou no quarto se equilibrando na parede com suas mãos.  Só fechei meus olhos e senti um arrepio na espinha saberia o que viria a seguir.

                     

Hoje seria mais difícil que todos os outros, sinto que sim.