Look After Me ● Drarry

Golden

— Você e o Harry já estão juntos há dois anos, não consigo acreditar. — celebrou Pansy.

— Pois é. Também não consigo acreditar que você disse isso umas vinte vezes hoje. — Draco riu-se.

Depois de uma longa jornada, a história física e emocional contra Voldemort, a maioria dos alunos veteranos se formaram em Hogwarts. Aquele último ano, que deveria ser completamente monótono, acabou se tornando o belo início deles. Draco e Harry.

Ninguém poderia imaginar, de nenhuma forma possível, que eles acabariam juntos. Nem eles mesmos contavam com isso. Uma tentativa de simpatizar, vinda de Draco, transformou-se em uma necessidade incontrolável de contato e, com o tempo, perceberam que o sentimento ia muito além da raiva. Não tardou para que aceitassem essas emoções e iniciassem um relacionamento, que logo se tornou profundo.

Mas, é claro, nem tudo na vida são flores. Afinal, pessoas que não acreditam no amor impedem os sentimentos saudáveis de florescerem, e esse tipo de pessoa se resumia a Lucio Malfoy. Era evidente que o pai de Draco não aceitaria o namoro do filho, não apenas por ele estar envolvido com outro garoto, mas por esse garoto ser Harry Potter. Motivos óbvios. E então, o inevitável ocorreu. Sem pensar duas vezes, Lucio deserdou Draco, fazendo-o largar a vida cheia de privilégios e conforto. No começo, aquilo parecia o inferno, o costume de ter uma vida perfeita se esvaindo na frente de seus olhos.

Felizmente, havia uma coisa para abafar o impacto. O amor entre Draco e Harry cresceu como uma chama no meio do inverno, e sobreviveu a tudo aquilo. Alguns meses depois da formatura, Harry se mudou para o Largo Grimmauld, n° 12, a antiga sede da Ordem da Fênix e, também, a antiga residência de seu padrinho, Sirius. Ciente da situação, Harry chamou Draco para morar com ele na casa dos Black, não só como uma tentativa de ajuda, mas era tudo o que ele queria. E, pelo mesmo motivo, Draco aceitou seu pedido para morar com ele.

Naquela tarde fria de Novembro, ele e Pansy estavam sentados na sala de estar, na casa de n° 12. Eles tomavam chá enquanto esperavam pacientemente por Harry, Rony e Hermione, que haviam passado a manhã fora, por um motivo que lhe era desconhecido.

— Parece que foi ontem quando peguei vocês dois se beijando pela primeira vez. — disse Pansy, assoprando a xícara em sua mão para esfriar o chá.

— Eu juro, naquela hora eu pensei que fosse desmaiar quando vi que tínhamos sido pegos. — admitiu Draco, gargalhando assim como a amiga.

— Bons tempos...

— É... — Draco olhou para o chão com um sorriso nostálgico. — Eu o amo tanto, Pansy. Sabe como é incrível terem se passado dois anos e eu me sentir exatamente do mesmo jeito?

— Isso é realmente incrível, você o ama demais. E eu sei que ele também ama você, mais do que tudo. — disse Pansy, fazendo Draco erguer o rosto fino. — Como vocês vão comemorar o aniversário de namoro?

— Bem, ontem ele me disse que conseguiu uma reserva no Rules Restaurant, para hoje à noite.

— Tá brincando?! — Pansy arregalou os olhos, e Draco assentiu de forma enérgica. — Como ele conseguiu uma reserva lá?!

— Não faço ideia. Até perguntei o porquê de irmos à um lugar tão chique, mas ele só me disse que agora é uma ocasião especial.

— Deve ser. — Pansy riu-se. — Está sentindo falta de frequentar esses lugares?

— Mais ou menos. — Draco coçou o rosto. — Claro que é ótimo ter uma vida financeira melhor mas, sabe... tem sido melhor desse jeito, uma vida mais simples com o Harry. Ele tem bastante dinheiro, mas não é por isso que estou com ele. O importante foi o fato de descobrir as coisas que o dinheiro não pode pagar.