Do you know who I am

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— Eu sei, eu sei DAYANE ! - Ludmilla disse com o celular apoiado no ouvido e no ombro — Mas eu não estou atrasada! - mentiu

— É claro que esta ! - Day ralhou do outro lado da linha, minha melhor amiga era um tão inconveniente – Eu te conheço Ludmilla.

E conhecia mesmo. Ambas costumavam dizer que eram des-gemeas. Irmãs de alma. Se conheciam desde pequenas e viviam uma na casa da outra, Dayane com os cabelos castanhos e extremamente cacheados, e Ludmilla com cabelos escuros e longo.

— Eu só não entendo o porquê de você querer arranjar emprego - Day falava no outro lado da linha com desdém.

— Qual é o problema nisso ? - Ludmilla perguntou, afinal sua condição financeira não interfere em nada. Ela só queria não depender mais do dinheiro de seus pais.

— Tirando que você é rica, eu não sei.

— Vou desligar, tenho que estacionar -
Mal tinha terminado de falar e já tinha jogado o celular no banco do passageiro.

— Ai caramba, ai caramba, uma vaga, uma vaga ... - Ludmilla dizia enquanto corria os olhos apressadamente pelo estacionamento lotado — Aha ! - ela disse sorrindo quando finalmente avistou uma vaga, ao longe.

A sua esquerda um carro Lamborghini preto, também procurava uma vaga. E nele estava Brunna, a chefe e rainha do império na qual os Gonçalves tanto lutou para conquistar. A temida, Brunna era uma empresária renomada e bem - sucedida que levou o império a ser uma das empresas mais grande do mundo, sendo disputada, apenas pela empresa Oliveira.

— Ah não ! - Ludmilla disse acelerando o seu carro. Pisou fundo no acelerador e observou o ponteiro do velocímetro subir.

— Toma essa idiota - Ludmilla disse olhando pelo retrovisor, não iria deixar rouba - lá sua vaga.

Como resposta, o carro acelerou. E logo já estava colado em sua traseira.

— Caia fora, caia fora ... - Ludmilla repetiu.

A motorista do carro acelerou e lhe cortou bruscamente a frente, obrigando- a a frear.  Virando as rodas do carro, ela estacionou perfeitamente na vaga, deixando Ludmilla furiosa. Em um pulo Ludmilla abriu a porta do carro e gritou.

— Essa vaga era minha idiota - a morena gritou.

Calmamente a porta da Lamborghini se abriu e dele uma mulher bonita e vestida de um vestido cor de vinho desceu com uma pasta na mão.

— Não vi seu nome escrito nela - Ela disse com um sorriso debochado, olhando a morena de cima a baixo - E outra, eu estaciono onde e  quando bem entendo.

— Ora sua... - Ludmilla praguejou fazendo uma pausa – Você não tem educação ? Sua ... sua ... argh ! - ela disse batendo o pé no chão e bufando. Um costume que tinha quando estava furiosa.

— Procure outra vaga fim de papo - A mulher disse trancando o carro impaciente com toda aquela situação.

— Minha vontade é de te atropelar, idiota, fim de papo. - Ludmilla ameaçou sentando novamente em frente ao volante e fechando a porta —Maravilha, estou atrasada ! - Ludmilla disse arrancando com o carro em busca de outra vaga.

Quando finalmente achou uma e estacionou desceu do carro as presas, se equilibrando no salto alto que usava. Entrou pelo grande e luxuoso hall da empresa mexendo na bolsa. Havia muitos funcionários além dos seguranças, eram um ambiente fino e de cores neutras.

"Onde foi que eu coloquei aquele papel !" - Ludmilla dizia em pensamento - "Droga, droga, droga!"
A porta do elevador se abriu e ela apressou o passo para alcança - lo a tempo.

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