Knowing

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— Meu pai é dono da maior empresa de Miami, não me admira você saber quem ele é todo mundo sabe - Ludmilla empinou o nariz  respirou fundo e equilibrando - se nos saltos, andou dois passos para frente.

— Por favor, sente-se - Brunna disse apontando uma das cadeiras a sua frente a morena se sentou — O que me admira o porquê de você sendo filha dele, vim aqui a procura de um emprego principalmente aqui.

— Aqui é uma ótima empresa tenho qualificação o suficiente - Ludmilla realmente tinha, havia terminado os estudos além de cursos que a mesma fez no decorrer da sua vida.

— Okay, bom eu sou Brunna Gonçalves como você já sabe - Brunna disse séria colocando seus cotovelos na mesa em apoio - E corrigindo você, a melhor empresa de Miami é a indústria Gonçalves.

"Simpática." - Ludmilla quase riu ao lembrar da palavras usada por Patty.

— Vejo que você, senhorita Ludmilla é ... - Ludmilla a interrompeu.

— É senhorita Oliveira-  a corrigiu.

Por mais que tomasse o pior chute de sua vida, não deixaria barato. Brunna havia lhe roubado a vaga, ela devia um pedido de desculpas.

— Oliveira é claro - Brunna se corrigiu sorrindo – Como eu ia dizendo, bom se caso eu te empregar... - ela disse remexendo no currículo e balançando a cabeça pra cima e para baixo — Será seu primeiro emprego, então você não tem muita experiência - ela disse tentando esconder um sorriso de canto — Mas isso é um mero detalhe, e não devo deixar de comentar o tamanho de sua beleza - completou a fazendo Ludmilla corar.

— Obrigada.

— Porque precisa desse emprego, se não tem necessidade ?

—  Problemas pessoais.

—  Eu adoraria saber sobre seus problemas pessoais - Brunna falou se reclinando na cadeira.

— Eu preciso desse emprego, pois não quero mais morar com os meus pais e preciso me sustentar sem contar com o dinheiro do meu pai.

— O que seu pai vai achar disso tudo?

— Ele não tem que achar nada, sou maior de idade posso fazer o que bem entendo.

— Nossa que rebelde - debochou.

— Você me chamou para me entrevistar ? ou para saber o quanto eu sou rebelde? - totalmente grossa e sem paciência a morena respondeu.

— Hum ... - Brunna disse fazendo anotações em um pequeno bloco de notas — E você acha que daria conta de trabalhar para uma empresa tão grande assim ? Ainda mais sendo secretária pessoal da presidente?.

— Eu posso - Ludmilla disse convicta - E vou tenho total certeza disso.

— E se você fosse convocada para uma conferência em um fim de semana em outro país ?

— Eu iria, nada me impossibilita - Ludmilla disse dando de ombros.

—  Você sabe que o salário que receberá aqui será bastante, mas posso aumentar ainda mais se quiser é claro - Brunna sorriu.

— O que exatamente eu teria que fazer, para isso acontecer - Ludmilla disse a encarando, sabe aquela mistura do verde com o castanhos.

— Uma coisa de cada vez - Brunna disse dando uma piscadela - Eu tenho somente três regras, e exijo que elas sejam cumpridas. - ela disse se inclinando para frente em tom intimidadora.

— A primeira é obediência, o que eu mandar é lei a segunda é lealdade, não permito relações com os concorrentes e a terceira compromisso, se você me disser que vai fazer uma coisa, você tem que fazer essa coisa. E você senhorita Oliveira, acha que é mulher suficiente para cumprir essas regras?

Não me subestime, senhorita Gonçalves-Ludmilla disse seria.

— E se eu pedisse uma opinião... Sobre negócios, ou coisas pessoais, o que faria ?

— Se você me pedisse - Ludmilla ressaltou — Eu responderia o que eu penso em relação ao assunto.

— Uhm - Brunna disse fazendo outra anotação — Sem ser influenciada pelo o que eu penso ?

—  Sim.

— Okay, vamos fazer um teste, na minha opinião hoje no estacionamento a vaga era minha, porque eu a vi assim que entrei, e também penso que não foi nada educado o que me disse, tanto no elevador, quanto no estacionamento. E então ? Qual a sua opinião quanto a isso ?

Oh, ela queria jogar ? Queria testá-la ? Pois Brunna iria saber o que Ludmilla realmente pensava. E não era muito agradável.

— Na minha opinião, eu vi a vaga primeiro e você foi sim uma idiota e acho que você me deve um pedido de desculpas - a morena disse sincera e Brunna sorriu anotando outra coisa — O que é que você tanto anota afinal ? - Ludmilla perguntou e sentiu novamente nervosismo.

— Ouça senhorita Oliveira, não preciso de mais empregados "puxa-saco" e então se caso for contratada é exatamente assim que tem que agir.

— O que ? - Ludmilla disse surpresa.
Esperava no minimo que fosse mandada se retirar da sala, afinal, ela a chamou de idiota mais uma vez...

— Mas uma coisa, se vier trabalhar aqui saiba que a Senhora Gonçalves só será usado quando eu estiver acompanhado de alguém fora da empresa aqui todos nos chamamos pelo nome, então, você me chama de Brunna, e eu te chamo de Ludmilla Entendido ? - ela assentiu – Ótimo eu tenho seu telefone qualquer coisa, eu te ligo Ludmilla.

Brunna disse se levantando ficando de frente com a morena e estendendo a mão pra Ludmilla que a imitou e apertou sua mão gentilmente, logo depois virando e saindo pela porta.
Brunna suspirou e pegou o papel onde fizera as inúmeras anotações e nele com caligrafia delicada os seguintes adjetivos se encontravam.

Bonita, deliciosa, orgulhosa, encantadora, emotiva, responsável, sincera, mandona. Pegando a caneta novamente, Brunna adicionou mais uma qualidade. Definitivamente os olhos castanhos da morena eram charmosos e lindos. Enquanto isso, Ludmilla saia quase cambaleando pela porta.

—  Então, como foi entrevista? Se saiu bem ? - a baixinha perguntou curiosa e preocupada pela cara de Ludmilla.

— É talvez - Ludmilla respondeu respirando fundo.

— Por favor, acalme-se ! - a baixinha disse a apertando gentilmente os ombros — Brunna leva muito em conta nossas qualidades fique tranquila querida.

Ludmilla forçou um sorriso sabia que Brunna não ligaria e estava mais do que na cara que Brunna não faria isso.
Estava perdida, completamente perdida .... Lá afinal Ludmilla não aguentaria ficar mais um dia em sua casa, com seus pais falando no seu ouvido.

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