Dos olhos de um cozinheiro

Único

Sanji estava de volta ao Sunny, depois de todo problema em Whole Cake Island. Ele se sentia mal por tudo que havia feito seu capitão e nakamas passarem para tê-lo de volta.

Ele se lembra de como Luffy foi gentil consigo, como uma vez apenas sua mãe foi. Sanji amava Sora, a mulher que lhe trouxe ao mundo, a mulher que o amava mais do que a própria vida. Ele sabe que Sora merecia viver, ela merecia ter sido feliz.

Em vez disso, ela o ajudou, começando no momento em que, durante a gravidez, começou a ingerir uma droga para impedir que ele se desenvolvesse como um super soldado.

Ela o amou e apoiou seu amor pela culinária e ele sabe que se não fosse por ela, teria desistido há muito tempo.

Sanji sabe que não mereceu, mas cá está ele e mesmo que quisesse, ele não pode fazer nada sobre isso agora.

Quando sua mãe morreu, ele sentiu seu mundo desmoronar e seu único porto seguro ruir. Ele só tinha sua mãe. Seus irmãos nunca foram bons com ele, seu pai não se importava o bastante nem para olhá-lo nos olhos, os únicos momentos em que seu pai o olhava era para insultá-lo, dizer-lhe o quanto era um erro e um desperdício de espaço e oxigênio.

Sora o amou profundamente e isso acabou consumindo-a, todo amor que ela sentiu por uma falha a matou. Sanji sabe bem disso.

Como ela era seu escudo, era ela que impedia seu pai de fazer coisas piores consigo, quando ela se foi, qualquer limitação que seu pai tivesse desapareceu. O homem nem parecia triste pela morte de sua esposa.

Seus irmãos sempre serão um não completo. Nunca o apoiando, nunca o amando, nunca pessoas com quem ele pode contar.

Quando ele foi jogado na masmorra, ele sabia que estava sozinho agora. Nada poderia ajudá-lo, nada poderia salvá-lo, naquelas masmorras com a única companhia sendo os ratos e uma máscara de ferro na cabeça, ele sentiu que ia morrer, sendo sincero ele acha que merecia.

Ele soube por meio de seus irmãos, que Vinsmoke Sanji estava morto para o mundo, o príncipe frágil e fraco da casa Vinsmoke estava morto e ele agora era um ninguém, um zero a esquerda, mais um dos ratos daquele lugar, talvez até menos do que isso.

Quando seus irmãos souberam que ele estava lá, foram visitá-lo apenas para poder sentir poder sobre a pobre criança. Poder talvez de eliminar a vergonha dos Vinsmokes.

Mesmo que Sanji se envolvesse em si mesmo, para se proteger dos golpes, tudo que ele queria é que tudo acabasse. Ele não conseguia ser forte o suficiente para seu pai, sua mãe e ninguém. Com sua mãe já morta, ninguém se importaria mesmo.

A situação só se agravou, quando seu pai tentou fazer-lhe mata-lo ou pelo menos tentar. Sanji queria muito poder fazer algo com todo ressentimento e tristeza dentro de si, mesmo que no fundo fosse somente vontade de agradar o pai, de ser aceito. Ele não pôde. Ele não conseguiu, seu coração era mole e gentil de mais para tentar qualquer coisa contra sua família.

Quando voltou para as masmorras, Reiju começou a ajudar, ela foi a luz no fim do túnel que ele não sabia se queria ou não.

Ela foi a nova luz que o trouxe de volta a ser quem ele era. Reiju o ajudou com suas feridas, mas ainda não era suficiente para sua alma faminta de afeto e cuidado. Ele quer, porque é humano, mas não pode ter, porque Reiju tem que manter o ato, ou ela se prejudicará.

Quando ela o manda embora, ele sabe que esta é sua última oportunidade, sua última chance. Já que ele não pode mostrar que pode ser um super soldado, ele será algo diferente, ele terá que mostrar ser bom em algo e a única coisa em que ele consegue pensar é a culinária. Porque até onde ele sabe, se ele não for bom nem nisso, ele não acha que teria um lugar no mundo. Ele precisa ser útil, ou ficará para trás, sozinho e na escuridão. Então, ele foge, com a intenção de não voltar nunca.