AND EVERYTHING REPEAT AGAIN

Capítulo 3

Sarah
Quando eu estava terminando minha unha, meu celular começa a vibrar muito, percebo que a tv parou com a novela para passar o jornal, logo aumentamos a tv, meu irmão já estava aqui dentro, ele apenas me olha e volta a olhar o celular com seus olhos cheios de água.

Hoje foi confirmado a morte do jovem Philipe de Castro, um jovem de 17 anos, ainda não sabemos o paradeiro da sua namorada, o corpo do jovem foi encontrado na rodovia 7 próximo ao córrego, policiais acham que há possibilidade de algum aluno está envolvido, voltaremos logo com mais informações.

-meu deus, ele morreu Brian - Falo com meus olhos cheios de lágrimas

-eu não consigo imaginar quem daquela escola mataria ele, sério, não faz sentido isso - ele fala pensativo e triste

De fato essa notícia nos chocou, e provavelmente a escola toda, enquanto o Brian paga a minha unha eu vejo as mensagens do grupo, eles estão extremamente mal com o que aconteceu, desligo o meu celular e entro no uber que meu irmão chamou, se eu fingir que isso não aconteceu, talvez mude algo, lidei assim a minha vida toda, oq seria só mais uma vez né?

2 dias depois

as buscas não deram em nada, nenhum suspeito ainda, hoje a família decidiu fazer o enterro.

coloco apenas uma calça e uma blusa de frio, prendo meu cabelo em um rabo de cavalo alto e coloco meu all star, meus pais estão sentados na sala, quando desço eles levantam e vão até o carro, entramos e fomos para o funeral.

o clima não está nenhum pouco bom, nem o tio jean está alegre, ele está com uma expressão séria, me junto com os meninos e entramos na sala aonde está o corpo, vejo várias reações, pessoas chorando, pessoas conversando, pessoas apenas olhando, pessoas desconhecidas, pessoas que falavam mal dele chorando e pedindo perdão, mas de fato a reação que mais dói de se ver é a da mãe dele, parece que ela morreu por dentro, ver ela assim me lembra daquela frase "sempre estamos acostumados a perder nossos pais primeiro, não nossos filhos, é a lei da vida" .

eu apenas me aproximo dela e a abraço prestando meus sentimentos, ela é uma senhora ja, mãe adotiva de 69 anos, o marido morreu a pouco tempo atrás, Phillipe era quem trabalhava e sustentava a casa, a dona maria vende uns bolinhos, mas sabemos que isso só não basta para uma vida boa.

depois de me despedir do Phillipe, saio da sala e me junto com meu grupo.

-Precisamos ajudar a Dona Maria, sem o Phill ela não vai conseguir sustentar -falo preocupada olhando para dona Maria de longe

-e nós vamos fazer o que exatamente? comprar bolinhos todos os dias? -Gaby diz

-não sei ainda- falo e olho para baixo