Me Diga Seu Nome

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Me assusto com alguém batendo na porta

Arthur - Vou te esperar na cozinha , ok?

Fico em silêncio enquanto colocava pasta de dente na escova

Arthur - Bate duas vezes na porta se entendeu

Dou duas batidinhas na porta e ouço seu riso

Arthur - Certo , te espero lá

Ouço seus passos se distanciando e começo a escovar os dentes

Tempo depois

Me sento ao lado de Arthur e ele coloca um prato com torrada em minha frente

Arthur - Fiz pra você

Eu afirmo e ele beija minha testa

Silvana - Bom dia crianças!

Eu aceno pra ela

Arthur - Bom dia, mãe

Silvana - tenho várias atividades pra gente fazer hoje

Arthur - A gente ia só deitar por hoje

Silvana - Não , você não pode ser ter chato!

A campainha toca

Silvana - Já volto

Ela fala saindo da cozinha

Arthur - Quer se mandar daqui antes que ela volte?

Eu afirmo enquanto ele se aproximava de mim
Meu coração acelera e eu seguro seus ombros

Valéria - Chega!

Me assusto e levanto rapidamente

Mãe?

Valéria - Vai pro carro antes que eu te toque uma cadeira

Seguro a cadeira e ela revira os olhos

Arthur - Valéria calma , tá tudo bem

Valéria - Não se mete nisso

Silvana - Vai pra fora da minha casa

Ela agarra meu braço e sai me puxando

Dói dói dói dói

Agressivamente ela me põem pra dentro do carro

Valéria - Filho da puta desgraçado

Que bra de tem po

Valéria - EU NÃO TÔ ACREDITANDO!

Ela grita enquanto andava de um lado pro outro
Me encolho tentando ignorar sua voz

Luís - Mãe , já deu

Valéria - EU FUI TRAÍDA PELO MEU PRÓPRIO FILHO!

Ela bate na mesa
Me assusto e lágrimas caem de meus olhos

Os dois me olham surpresos
Limpo minhas lágrimas e acabo fungando

Valéria - Inacreditável, em 12 anos eu nunca tinha te visto derramar uma sequer lágrima, mas agora você aprendeu a chorar?

Ela senta na minha frente

Valéria - Você sabe que tudo que eu faço ou fiz , foi pro seu bem

Diz ela enquanto alisava meu cabelo

Valéria - E foi você quem decidiu ir pra casa com seus tios

Eu afirmo minimamente

Valéria - Acha que não fiquei triste quando você escolheu eles? Eu nunca havia te visto chorar , rir , cantarolar ... como eles sempre diziam

Me perdoa

Aliso sua mão

Valéria - depois da morte da sua tia

Minha respiração fica pesada

Valéria - Eu não sei... tudo ficou tão estranho , não nos víamos por 12 anos e do nada você voltou pra mim

Não fala da tia Anne
Aperto meu cabelo

Valéria - Foram muitas coisas Philipe , você me entende, não é?

Antes que eu pudesse concordar com ela , novamente ela se pronuncia

Valéria - Agora para de drama , e fala com sua família

Tiro sua mão de meu cabelo e corro pro meu quarto
Tranco a porta enquanto ficava mais sufocado ainda

Puxo a gola da blusa e abro a janela

Inspiro profundamente tentando me acalmar

Para para para

Puxo meus cabelos e acabo caindo na cama

Vejo todos aqueles desenhos na parede

Não....
Não..

- URG!

Pego tinta na escrivaninha e toco na parede ....
A tinta escorre pelos desenhos feitos a mão e eu me abaixo

Por favor .... alguém ....