Capítulo 7

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Que lugar perfeito!
Nos sentamos e pedimos, era um restaurante japonês.
Comemos e conversamos bastante. Finjo que nada aconteceu hoje mais cedo.
Descobri que Justin gosta muito de picles.
- Eu também adoro picles, as pessoas estranham. - falei rindo
- Pois é, elas não entendem que é muito bom! - ele diz colocando o sushi na boca.
Fomos interrompidos quando o celular dele toca.
Justin atende meio irritado ao saber que era seu pai.
Prestei bastante atenção em cada fala, cada olhar, cada suspiro, cada revirada de olho e cada arqueada de sobrancelha. Como ele é muito lindo.
Justin desliga o telefone depois de 10min e me fala:
- Sel, acho que você vai ter que ficar 1 mês de "férias" - ele diz fazendo aspas com os dedos na palavra Férias.
- Porque? - Perguntei enchendo meu copo com suco.
- Meu pai é separado da minha mãe. Ele não gosta do meu trabalho, não gosta de nada que eu faço. Eu moro com a minha mãe, mas minha mãe vive saindo e viajando com as amigas. Moro sozinho né?! Pois bem, ele comprou minha passagem e mandou eu ir pra casa dele, no Canadá. E ele ainda fica me obrigando a ter uma namorada. Ele gostou de você. Eu tenho sempre que falar o que eu faço pra ele.
- Ah... é? - perguntei pensando "como eu pude me apaixonar por ele? Tudo o que ele disse no carro, nosso beijo, o que eu faço? Ele está mentindo, ele não me ama. Como eu sou burra, sabia que eu estava indo longe de mais"
- É, ele não entende que um amor não pode ser obrigado, tem que ser verdadeiro! - ele diz mudando de humor, raiva para felicidade.
Neste momento nossos olhos se encontraram e ele sorriu, eu olhei pra baixo e quando percebi o garçom estava do nosso lado com os nossos yakisobas. Comemos em silêncio, até que ele pergunta:
- E você? Como é seu relacionamento com seus pais?
- Ah, normal, meu pai não fala com a minha mãe e nem eu. Gracie nem sabe dele. - Disse sendo o mais breve e direta possível.
- Entendi mas, porquê?
- Porque o meu pai simplesmente nos trocou pela chata da Kendall, minha madrasta.
- Ah sim. Então, vamos?
- Tudo bem. - Disse me levantando, queria sair dali, não aguentava mais olhar pra ele sabendo que só está fingindo. Parece um teatro. Argh que raiva.
Ele pagou a conta, eu fiz questão de pagar pelo menos a metade, mas ele não deixou.
Andando até o estacionamento ele pergunta quando é o meu aniversário.
- 22 de julho - respondi
- Sim, sim!
Foi um longo caminho até o estacionamento e o local do carro, só o estacionamento tinha 3 andares enormes. Apenas ouvindo o barulho do meu salto a bater no chão.
Finalmente chegamos ao carro, Justin abre a porta do carro para eu entrar, e eu o agradeço sentando.
Chegamos a minha casa sem falar nada e ouvindo as música.
- Que musicas legais. - Disse
- Dj Zedd, conhece?
- Hm.. Não, você também é o produtor dele?
- Sim! - Ele riu e continuei seria observando cada lugar por onde passávamos.

Justin parou o carro em frente à minha casa, abri a porta e ele me puxou de volta pelo braço me fazendo sentar novamente.
- Ei, porque você está assim? - Justin diz rindo
- Estou normal. Me solta. - Respondi apressada e com raiva.
- Quer dizer alguma coisa? - Ele pergunta mudando seu humor novamente, dessa vez de felicidade para confuso.
- Não tenho nada pra falar Jus.
- Jus? - Perguntou mais confuso
- Quer dizer... Justin. - Disse disfarçando
- Você me deu um apelido? - Ele diz arqueando as sobrancelhas.
- Am... sim, mas deixa pra lá. preciso ir.
- Sel, são apenas 23h, sua mãe disse pra eu te deixar até meia noite, temos tempo. Por favor.
- Tudo bem - Ele me soltou e eu fechei a porta.
Ficamos 1 minuto em silêncio até que ele diz:
- Sel, eu disse ou fiz algo que não devia?
- Não, não é nada.
- Eu sei que tem algo, você nunca ficou assim irritada, você sempre foi calma e alegre.
- Justin, você me conhece a pouquíssimo tempo. - Disse a ele revirando os olhos.
- Esse pouquíssimo tempo foi o suficiente para descobrir como você é e o que... - No final da frase ele foi diminuindo o tom de voz e abaixando a cabeça.
- E o que? - Disse já ficando impaciente
- E... E o que sinto por você. - Ele diz olhando em meus olhos.
Aff, lá vem as mentiras. Respirei fundo e quando parei olhei em seus olhos e apenas ouvi sua voz suave
- Eu te amo Sel.
Eu percebi que era verdade. Meu coração dizia que era verdade, mas minha cabeça não.
- Como? - perguntei encarando-o - Como você realmente sabe que me ama?
- Selena, eu nunca senti isso em toda a minha vida... Nunca me apaixonei por alguém. Acho que sei porque você está assim.
- Aham, porque então? - Perguntei ironicamente.
- No restaurante eu disse que meu pai me obriga a namorar. Você acha que isso tudo é uma farsa?

Como ele pode acertar? Ele é tão esperto assim? Será que ele sabe que eu gosto dele?
- Nao... sim... é que... ah... não sei - disse nervosa
- Sel, eu nunca brincaria com os sentimentos de uma pessoa, principalmente - ele fez uma breve pausa em sua fala - com você - e acariciou suavemente o meu rosto.
- Olha... eu... quero te falar uma coisa
- Diga, estou ouvindo - ele diz me olhando, sorrindo com a mão em minha bochecha.
- Eu também te amo, Jus!
Ele colocou suas duas mãos nas minhas bochechas vermelhas e me beijou, me beijou de verdade, com amor e com vontade. Nunca senti algo igual antes.
- Selena? Filha é você ai? - Diz minha mãe da janela do seu quarto, que fica virada para a rua.
Paramos de nos beijar.
- É... preciso ir - disse olhando para minha mãe pela janela fechada do carro
- Tchau, Sel!
- Tchau, Jus!

Entrei em casa e lá estava minha mãe na sala.
- E aí filha? Como foi? - Diz minha mãe pulando de ansiedade.
- Ah, foi legal o lugar é lindo e ... - antes que terminasse ela me interrompeu
- Não, não. O BEIJO!
Arregalei meus olhos e disse:
- Que... Que beijo mãe?
- Selena, eu estava olhando pela janela desde que vocês pararam ali na porta. - minha mãe diz me encarando.
- Ai mãe tá bom vou te contar tudo, assim que eu tomar um banho!
- Tudo bem. mas não demore em?! Quero saber de tudo!
...
Sai do banho que fui para o quarto da mama, assim que eu entrei Gracie veio correndo me abraçar e dizendo "Selena, Selena".
- Oi Moranguinho - Dei este apelido a ela porque ela ama morangos.
Brinquei um pouco com a Gracie até ela dormir.
Assim que ela dormiu contei absolutamente tudo para minha mama, ela ficou surpresa e disse:
- Olha Sel, tome cuidado, ele é um bom rapaz, mas mesmo assim fique de olho. Estarei aqui se precisar. Mas acho que você ainda sim deveria tentar ter um relacionamento com ele. Ele pediu pra não contar mas... - Minha mãe parou de falar.
- MAS O QUE MÃE? - Disse ansiosa
- Ele já pediu a minha permissão para te namorar, ele só está esperando a hora certa.
- Ai. Meu. Deus. Não acredito, sério?
- Sim. Selena meu amor, ele é um rapaz incrível.
- Ai mama. Amanhã a gente conversa mais, preciso pensar. Boa noite! - dei um beijo nela e fui para o meu quarto.
Fiquei pensando em tudo.

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