Em uma noite

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Uma mão áspera caiu sobre a mão de Douma que estava segurando meu braço.

- Tire suas mãos da senhorita Tsuki antes que eu o corte aqui mesmo.

Era Kokushibou.

Com apenas dois pares de olhos na cara, ele estava falando sério. Alguns segundos se passaram, e assim Douma largou meu braço.

- Só estavamos brincando um pouco Kokushibou-dono.

Douma falou, trazendo de volta a sua máscara.

Nós três permanecemos quietos, não queria me dar ao luxo de responder aquele comentário. E acho que Douma não estava a fim de lutar contra a lua superior 1 até a morte.

Me afastei daquele grupinho estranho o mais rápido que eu conseguia andar com aqueles saltinhos. Indo até perto das mesas do bife.

Parei e encarei meu braço onde ele apertou meu braço, as marcas de unha já haviam sumido, mas os resquícios de gelo ainda estavam. Não foi só impressão... Bufei.

Babaca.

Vaguei os olhos pelos pratos de comida a frente e enfiei o primeiro salgadinho que vi na boca. Me acalmando um pouco.

- Você está bem?

Kokushibou apareceu do outro lado da mesa.

- Eu estava pronta para tacar aquela taça de vinho nos olhos dele.

Falei, já mais calma.

O encarei.

- Mas obrigada mesmo assim.

Acho que ele percebeu a decepção na minha voz.

- Mestre Muzan que me mandou vir atrás de você.

Meus olhos brilharam.

- Aé?

Não pude evitar de procurar com o olhar por ele.

- Ele me mandou dizer " Me encontre na varanda ao noroeste da casa ".

Coloquei a mão no rosto arrumando o cabelo, talvez por vergonha, ou por nervosismo eu acho.

- Mensagem recebida.

Respondi a Kokushibou que concordou com a cabeça, estava pronta para passar. Queria ir direto até a varanda, confirmar se eles estava lá, ou talvez eu sabia o que iria acontecer.

Mas parei, dando uma última olhadela para trás, para o homem parado perto da mesa do bufe.

- Talvez um dia Kokushibou... Podemos lutar um contra o outro...

Assim, sem uma resposta, continuei meu caminho, escutando fracamente uma risadinha de longe.

Bom... noroeste... Só pode ser aqui.

Olhei ao redor vendo se alguém me observava, nada. Abri a ampla porta de vidro, as cortinas vermelhas voaram para trás pelo ar que entrou.

Uau, pensei.

A varanda tinha quase 15 metros de comprimento, caberia um pista de dança aqui.

Dei um passo a frente indo até o batente da varanda, devagar me inclinei para ver o quão alto que era. Uma coisa que ninguém sabe, mesmo que eu fique pulando de tetos em tetos as vezes. Tenho medo de altura.

Me aproximei mais um pouco, observando o jardim que brilhava pelas luzes das janelas do salão, uma árvore de Sakuras inundava um cor de rosa a paisagem, era lindo...

- O quê está fazendo?

Me assustei quando mãos familiares envolveram meu quadril.

- Que susto.

Entrei no mundo de KIMETSU NO YAIBA??! ~ •Muzan•Onde histórias criam vida. Descubra agora