Capítulo 1 - Bem-vinda

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𝕮𝖆𝖘𝖔 𝖖𝖚𝖊𝖎𝖗𝖆, 𝖆 𝖕𝖑𝖆𝖞𝖑𝖎𝖘𝖙 𝖉𝖔 𝖑𝖎𝖛𝖗𝖔: 

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🌹𝕭𝖔𝖆 𝕷𝖊𝖎𝖙𝖚𝖗𝖆!


Um mês passou-se rapidamente e finalmente pude ter alta. No momento em que me encontro, o rapaz alto de cabelos ruivos, me leva para casa no que ele chama de "carro". Fomos passando por cidades com construções imensas, que nunca havia visto antes. Fomos nos afastando do centro e entramos em uma espécie de floresta. De acordo com o rapaz, estávamos a uns 20 quilômetros da cidade. Em segundos ele para o carro:

-Chegamos.- ele vira para minha esquerda. Sinceramente, estou com medo de olhar.

Crio coragem e finalmente olho para a casa. Tem um jardim frontal imenso cheio de olmos alemães e uma passagem de cascalhos passando entre eles, para dar na porta carvalho descascada e desgastada pelo tempo. As janelas eram francesas, brancas e as paredes da casa de pedras bem cuidadas. Estamos rodeados de árvores, um lugar incrivelmente tocante.

-Pelo jeito você gostou...- ele diz em tom de sarcasmo, acho que sem perceber eu deixei meu queixo cair.- vem.- ele sai do carro e me ajuda a descer pela porta.

-Obrigada.- continuo olhando para a gigantesca casa.- ela é sua?

-Na verdade, é nossa. Eu moro aqui também.- eu não disfarço ao olhá-lo com surpresa. Seus olhos, que estavam olhando para a imensa casa, demonstravam orgulho. Repentinamente ele olha para mim e dá um largo sorriso seguido de uma pequena gargalhada.- Sim, eu também moro aqui. Bom, você quer conhecê-la?

-Quero!- ele fecha a porta do carro e aperta um botão, logo após isso, ele faz um barulho.- o que você fez?

-Eu desliguei o carro apertando este botão.- ele mostra um botão situado em uma espécie de chaveiro.

-Vem, vou te mostrar a casa.- ele começa a caminhar, eu o sigo.

-Desde de quando ela existe?- ele abre a porta carvalho desgastada.

-Não sei te dizer.- ele me dá passagem.

Quando eu entro, meus olhos se perdem por tamanha classe e beleza: há várias janelas espalhadas, o ambiente fica claro e arejado; o chão é de carvalho cor de amêndoa, há alguns tapetes que se situam na sala e no corredor; a cozinha, que fica debaixo de uma escada rústica de madeira, é incrivelmente limpa; a sala tem uma lareira, um sofá grande cor cinza e a sua frente tem uma... caixa preta pendurada na parede? Eu não sei o que é aquilo. Por fim, terminando de conhecer a casa, vou até  portas francesas cor nuvem no final da sala, ao seus dois lados há cortinas de piquet. 

-O que achou?- eu olho-o sem palavras.- acho que isso responde.- ele estampa um sorriso em seus lábios.- você quer tomar alguma coisa?

-Você tem chá de pêssego?- ele faz uma cara pensativa e então parte para a cozinha. Ele abre uma caixinha.

-Tenho sim. Vou fazê-lo para você, fique à vontade para explorar.

-Obrigada.- começo a andar em direção às portas francesas. Toquei-as e senti a madeira fria em minhas mãos, como se eu abrisse teriam fadas dançando, gnomos cantando, feiticeiros distribuindo doces feitos por sua magia e duendes se encrencando. Lá fora pude sentir o fresco vento passando por pinheiros e o farfalhar das árvores, como se esperassem por mim. Isso é uma das coisas que mais amo, florestas e caminhadas. Agora juntos: caminhadas nas florestas, perco, ou na verdade ganho, um dia andando e ouvindo o que o vento me sussurra e o frio que bate em meus calcanhares.

Flechas de uma RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora