A muito tempo atrás, um pequeno grupo de pessoas havia se estabelecido na encosta de um morro próximo ao mar. Não longe dali havia uma fonte de agua a qual eles iam e voltavam, eles coletavam os nabos e caçavam os javalis das redondezas para viver. Havia também a coleta de uma planta chamada juta, a qual eles utilizavam para fazer tecido e cordas. Mas o que mais de importante havia, era a malaquite ali extraída.
Escavando a colina em busca desse precioso e escasso minério, eles haviam se abrigado e construído uma pequena colônia ali, de onde eles trabalhavam e viviam. Haviam recém domesticado abelhas, e podia se ouvir seu zumbido rítmico pelo ar, além do doce aroma das flores, e gorduroso cheiro da carne que era assada nas fogueiras. Enquanto se escutava o incensar bater das picaretas em busca do minério, e os teares rangendo ao tecer, ouvia se o riso de crianças brincando, feliz enquanto corriam e pegavam as mais belas flores, as quais davam uns aos outros ou para seus pais.
Infelizmente, nem tudo nesse mundo são flores, e logo a tempestade chegou. Varias rochas que estavam instáveis ou soltas pela mineração, vieram abaixo, tampando tuneis, áreas abertas, destruindo produtos e mantimentos, além de retirar a vida de cada uma dessas pessoas.
Hoje não sobra nada além de ruinas. Tuneis húmidos, escuros e vazios do que já teve alegria, do que já riu, do que já chorou, do que possuía vida. Esse foi o fim de uma pequena e pobre comunidade, a qual ainda sim fazia oque podia para prosperar no meio do nada.