minha flor 11.c

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Radja pov

Eu estava comprando algodão doce pra Manu,quando um policial me abordou,talvez eu estivesse prevendo,mas não temi por mim,e sim por Manuela ali sozinha,e sem ninguém.

Me colocaram rapidamente dentro do carro e depois disso só podia chorar,eu sabia que meu fim seria assim,mas a dor de te-la longe era maior.

Passamos pela rua onde estava estacionado meu carro,um dos policiais parou e me pediu a chave,desceu e pegou o carro e saiu dirigindo,logo o carro onde eu estava seguiu,e pude ver de longe a minha pequena olhando para o lugar onde haviam carrinhos de bate-bate,ela sorria e isso foi a última vez que a vi,antes que o carro sumisse na escuridão da rua.

Minhas lágrimas rolaram,eu estava presa e sentenciada a 4 anos de prisão,não tinha ninguém pra me tirar dali,o idiota está preso comigo,e tudo o que eu estava pensando é como minha pequena vai ficar?

Será que irão levar ela pra um outro orfanato?
Com quem vai ficar?
Será que vai comer bem?

E lembrar de mim?

***//***

4 anos depois

Hoje seria o dia que eu iria ao tribunal,pra sair desse lugar,talvez eu já tenha até me habituado, meu corpo estava mais maduro do que antes,e como os dias são solitários,eu resolvia malhar.

Agora de frente ao juiz eu falei tudo,tudo o que vivi,o que fiz e até toquei no nome de Manuela.

Minha vida é uma droga,mas depois que conheci Manuela,meus dias eram felizes...nunca tinha sentido tanta vontade de mudar.

Levaram Jeremy a mais 3 anos de sentença, e eu suspirei com lágrimas nos olhos após ouvir que seria solta.

Agora,eu poderia realmente ser feliz,com minha pequena.

**

Após fecharem a porta atrás de mim,eu respirei fundo o ar frio,arrepiei ao sentir que estava livre.

Chamei um táxi,e me dirigi pra casa, é eu não perdi nada do que tinha,por exceção a minha pequena que nem se quer sabia onde estava.

Cheguei em casa e estava vazia,sem ninguém,talvez o empregados e mordomo estivessem fora.

Segui pra meu quarto e tudo estava limpo,como sempre vi.
Eu segui para o banho,e logo me aprontei pra ir no salão,afinal eu preciso.

Ah alguns minutos eu já estava pronta pra sair,segui pra o salão mais próximo.

***

-Agora sim.—eu sorri pra mim mesmo,olhando no espelho...logo eu percebi que ...depois de anos eu resolvi sorrir,aquilo não era mais estranho...talvez fosse a euphoria pra encontrar minha menina.

Vesti uma roupinha confortável,uma blusa branca social e uma saia secretaria bem justa,pano fino.
Passei uma maquiagem e um batom,bem simples.

Suspirei ao ouvir a casa tão silenciosa.
Olhei ao redor e vi algumas roupas de Manuela ali,peguei uma peça e sentei na cama e comecei a cheirar,aquele cheiro tão bom dela me fez sorrir e lembrar do seu sorriso, e de sua pele,onde ser que ela está?

Chequei o notebook,olhei a conta e tudo estava do jeito que deixei,bom ao menos ainda sou rica.

Deixei o notebook na cama e segui pra cozinha,logo senti um cheirinho tão bom,procurei e vi as cozinheiras fazendo o almoço,e uma delas sorriu ao me ver.

"que bom que está de volta Senhora"

Ela sorria e eu só fiz sorrir de volta.
Ela arregalou os olhos em surpresa.
Minhas manias de ficar seria acabaram.

-Cadê meu mordomo?—eu olhei ao redor, e logo vi a porta de trás sendo aberta e ele entrar por ela sorrindo.

Talvez eles estivessem feliz por me ver.

-Gente mesmo depois de anos vcs não me abandonaram.—eu sorri largo.—Vou pagar esses quarto anos que estive fora,antecipado.

Eles sorriram mais do que eu.
Eu estava tão feliz por estar de volta.

Sentei na mesa,e logo recebi um prato grande de comida,e comecei a comer.

Após terminar eu peguei a chave do carro e decidi que iria atrás de Manuela,mas não fazia ideia de onde ela poderia estar.

Rodei,rodei até que parei na mesma rua onde tudo começou,na cafeteria,olhei do carro pra lá e soltei um sorriso, é...talvez naquele dia ela nem tenha percebido meu ciúmes,tão inocente minha pequena.

Liguei o carro e voltei pra casa.

Subi pra meu quarto e antes de deitar na cama escuto meu mordomo bater na porta.

-Sra? Eu posso entrar?

Assenti e logo ele entrou.
-Nesses quatro anos fora,tentamos encontrar Manuela,e com sucesso,mas ela não quer saber de voltar pra casa.

Me aproximei rápido dele desesperada.

-Como assim? Porque não me disse antes que sabia dela?

Puxei um casaco do guarda roupas e comecei a colocar e logo ele continuou.

-Senhora ela está na casa 560 da rua ****park.

-Eu vou lá,sei que se eu explicar tudo a ela,logo ela volta.

Sai rápido de casa entrando em meu carro,acho que sei onde fica.

Eu ia tão rápido na ansiedade de vê-la.
Se passaram 4 anos,como será que ela está?

Parei na frente da casa,onde tinha uma garagem grande e um jardim com flores.

-560...é aqui.-ajeitei o casaco e toquei a campainha.

Ninguém,mais conseguia ouvir algumas risadas e eu conhecia uma delas.

Abriram forte a porta.
E não acreditei no que vi,a mesma moça da cafeteria,sorria e pronúncia um "Calma amor",seu sorriso morreu ao me ver.

Ela olhou pra dentro e fechou a porta atrás de si.

-O que faz aqui?—ela disse com a expressão séria,usava apenas uma camisola e meias,era visível as marcas de chupões em seu pescoço,e logo presumi que Elas estavam ali porque Manuela as deixou.

Senti uma dor no peito.
E nem saliva eu tinha pra engolir,antes de alguma palavra sair da minha boca,a porta de abre e vejo uma Manuela toda sorridente, ela estava diferente,mais alta e seus cabelos cumpridos,estava mais gordinha e suas roupas largas caíram bem nela.
Seu sorriso morreu,assim como aconteceu com a Moça.

-Se-nhora?




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