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As luzes noturnas começavam a surgir e iluminar toda a cidade, gradualmente os comércios se fechavam, os operários voltavam para suas residências e não tinham mais pessoas vagando pelas calçadas de Tokyo aquela noite, mas, Kazutora e Chifuyu ainda passeavam pelas ruas estreitas e vielas escuras.
Suas mãos estavam entrelaçadas, Kazutora, um pouco nervoso, apertava a mão de Chifuyu como se não quisesse mais solta-lo. Para ele, a companhia daquele garoto o fazia esquecer de todos os seus problemas, que se tornavam como assombrações durante o dia e provocavam pesadelos terríveis enquanto tentava descansar de sua mente perturbada durante noites solitárias.
As luzes ficavam mais fracas conforme andavam em direção a rumos distantes, isolados escuros e cobertos pelo véu do anoitecer, ambos sem preocupações, apenas o que realmente importava naquele momento, era o fato que estavam lado a lado, com seus corações acelerados pela adrenalina correndo em suas veias.
Kazutora olha para Chifuyu como jamais olhou para outros garotos, seus sentimentos são sinceros e carregam o mais puro amor, apesar de ser alguém considerado frio e apático, ele teme perder a única pessoa que pode confiar de olhos fechados.
Enquanto se afastam da iluminação artificial da metrópole e apenas enxergam através do brilho da lua que está reluzente no céu, iluminado suavemente o caminho por onde seguem sua aventura, o desejo que sentem um pelo outro vem crescendo de forma incontrolável, eles se atraem cada vez mais, sentimentos bons vem se intensificando, tomando frente a qualquer outra sensação. Seus corpos, mentes e almas querem permanecer juntos durante todo aquele momento especial, onde as estrelas brilham no céu de uma maneira inexplicável.
Seus olhares se cruzam, o silêncio toma conta, o ambiente se torna favorável e o tempo congela. Kazutora, envergonhado, se aproxima cuidadosamente de Chifuyu, que fica corado, com suas mãos trêmulas e suadas, em uma parede de tijolos pichados de um daqueles becos desertos, seus corpos nunca estiveram tão próximos, eles sentem como almas gêmeas se reencontrando depois de muitas vidas passadas, de forma com que até para os Deuses apaixonados fazem inveja. Chifuyu beija Kazutora lentamente enquanto toca suavemente todos os lugares que pode alcançar em seu corpo e o desejo de serem um do outro continua aumentando de forma intensa e rápida.
Seus lábios se encontram de forma romântica e sincera como se fossem verdadeiros amantes entregues a paixão, e aqueles minutos se tornam horas, que pareciam como a eternidade.
E quando o sol aparecia discretamente no céu...
- "Chifuyu... eu te amo"
Disse Kazutora, enquanto olhava aqueles olhos esverdeados de Chifuyu, que brilhavam como as mais preciosas joias existentes no mundo, olhos onde os primeiros raios solares da manhã estavam sendo refletidos.
- "Eu também te amo, Kazutora..."Chifuyu respondeu com um lindo sorriso, alegre por estar com Kazutora, enquanto via o sol iluminado o horizonte e aquele que o mesmo mais amava.
