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xx


o bebê já se comporta como um recém-nascido.


Como suposto, Harry amanhece com uma grande ressaca. Louis está apenas sonolento, levantando para fazer xixi e tomar suas vitaminas, comendo torradas com bacon e vendo um pouco de jornal na televisão da antessala do quarto. Quando o maior aparece, ele tem a cara amassada, os cabelos bagunçados, alguns chupões suaves espalhados por sua barriga; as provas da noite passada.

– Nunca mais vou beber. – Harry se aninha ao lado dele no sofá, se empurrando para seu colo debaixo da coberta.

Louis o embrulha direito e o faz cafuné.

– Tem remédio para você na mesa. – Ele fala.

– Louis, é por isso que eu te amo.

Eles se encaram, e aquelas três palavras parecem dançar no espaço entre eles, ambos atentos demais àquele momento de repente. Louis sorri, tentando quebrar a tensão, seu coração acelerado, o sangue correndo por seus vasos fazendo suas mãos começarem a suar. Harry sorri de volta, sustentando seu olhar, sem hesitação, sem parecer nem um pouco arrependido por ter dito aquilo. Louis entrelaça seus dedos juntos. É como se houvesse um acordo silencioso entre eles.

– Levanta, vou buscar para você. – Louis diz, brilhando em looping pelas palavras mágicas.

Ele volta com os comprimidos e um croissant para o maior. Enquanto come, Louis liga para o restaurante do hotel pedindo café do jeito que ele sabe que o cantor gosta. Eles se enrolam no sofá e dormem um pouco mais, seu coração acelerado contra o coração acelerado de Harry.

É inevitável pensar nisso na despedida no aeroporto, ou durante o voo que ele faz sozinho para Detroit. É inevitável pensar nisso enquanto troca mensagens com o outro avisando que está tudo certo, enquanto Harry manda um tour pelo hotel em DC e enquanto sua menina se mexe desconfortavelmente em sua barriga. Ele passa seus dias em Detroit paralisado, vivendo em uma espécie de penumbra, suspenso do mundo real pela memória vívida daquelas três palavras tão simples e tão intensas que rodopiam diante de seus olhos todas as vezes que ele os fecha. É inevitável pensar que Harry disse que o amava e que ele perdeu o timing para dizer o mesmo porque estava chocado demais. Não houve nenhuma decepção quanto a isso, não seria do feitio de Styles, não. Nada mudou entre eles, entre seus toques e seus olhares. Mesmo assim, parece que tudo mudou de maneira maluca e intensa.

A quinta-feira é chuvosa e ele não consegue fazer nada, apenas ouvindo a televisão em um canal qualquer, encarando o teto.

Na sexta-feira, ele se nega a sair de debaixo das cobertas, o que faz com que James tenha que escolher todas as suas refeições e praticamente obriga-lo a comer, lembrando-o de beber água de hora em hora porque Louis simplesmente está estático no tempo-espaço, esperando apenas pela madrugada em que Harry entrará pela porta daquele quarto em tons de madeira e o tomará nos braços, com seu cheiro de baunilha recém colhida, os cabelos curtos e ondulados, o sorriso bobo que se apodera de seu rosto inteiro.

Dove opera um milagre no sábado de manhã, obrigando Louis a fazer uma caminhada. Ela conversa com ele por todo o percurso e James está claramente satisfeito com aquela atitude. Como combinado, Harry chega e vai direto passar som, deixando-o almoçar sozinho em um restaurante bonitinho que ele encontrou perto do hotel. Louis toma banho e faz o seu ritual devagar – mesmo que seu corpo queira correr – sabendo que a qualquer momento ele e o namorado estarão juntos outra vez, e tudo aquilo vai ser a bolha deles.

Peaches | l.s. ficOnde histórias criam vida. Descubra agora