01. Não posso me atrasar

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Capítulo 01. Não posso me atrasar (Título em negrito)

6:00, segunda-feira. (Em negrito)

Desliguei o despertador para voltar a dormir, mas me levantei rapidamente ao me lembrar que dia é hoje.

— Ai, meu Deus! Eu não posso me atrasar, eu não posso me atrasar. —  Falei em voz alta enquanto me levantava e arrastava o cobertor pelo chão que ficou preso em mim.

Nesse momento minha mãe entrou no quarto com um sorriso meigo.

— Ah minha filha que bom que você já acordou. — Disse ela, o rosto se contorcendo em uma careta vendo o cobertor jogado no chão.

— Er... Bom dia mãe, daqui a pouco eu desço, viu!? Eu só vou me arrumar.

Minha mãe assentiu e me mandou arrumar a cama antes de sair e fechar a porta.

Corri desesperadamente para o banheiro para tomar um banho e me arrumar. Primeiro dia de aula e vou chegar atrasada, que maravilha!

        [•••] (Em negrito)

Depois que eu me arrumei peguei minha mochila - que por sorte já estava arrumada um dia antes - e sai do quarto, assim que eu desci as escadas vi minha mãe na cozinha passando o café.

— Bom dia, mãe!

— Bom dia, minha filha!— Ela olhou para mim — Você não vai sair sem comer nada, mocinha. Espere o café, ficar pronto.

Dei uma risada e peguei uma fruta na bancada.

— Não tô com fome, obrigada. Bom dia! Tchau. Te amo — falei rapidamente e sai de casa antes que minha mãe me obrigasse a tomar café da manhã.

O dia está frio, congelando na verdade, fui andando com os passos apressados. O colégio não é tão longe de casa, mas também não é tão perto. Normalmente eu vou a escola caminhado devagar para observar as mesmas casas e os mesmo lugares que conheço desde sempre, mas hoje não tive tempo de observar nada e a única coisa que vinha na minha cabeça era chegar na escola antes dos portões fecharem.
Depois de alguns minutos quase correndo eu cheguei 10 minutos antes dos portões fecharem e assim que entrei na escola vi a bagunça que é extremamente normal dos corredores, mas principalmente no início do ano.
Fui até o meu armário guardar alguns livros e separar os da primeira aula e nesse momento a minha  amiga, Sarah, chegou. Somos amigas desde o ano passado quando eu passei a ser excluída até pelo meu melhor amigo, ela tem sardas no rosto, o cabelo dela é ruivo e os olhos são claros, tenho certeza de que ela seria muito popular nessa escola se ela não fosse super extrovertida. Ela também é super apaixonada por uns 20 garotos dessa escola, mas vive criticando os meninos do basquete mesmo eu sabendo o quanto ela tem uma quedinha pela a maioria deles.

— Oii amiga!! tá animada para o primeiro dia de aula? — ela disse toda sorridente ao mesmo tempo em que abria o seu armário super enfeitado. O meu armário é bonitinho, mas não dá para competir com o armário da Sarah.

— É, eu acho que vai ser legal esse ano.

— Ta doida, Mari? — Ela fechou o armário com força e olhou para mim desacreditada — Não vai ser um simples "legal" vai ser o máximo esse ano. — disse ela fazendo aspas com os dedos na palavra legal.

— Como que você tem tanta certeza disso?

Sarah franziu as sobrancelhas depois do que falei.

— Sei la, eu só sei que vai ser o máximo.

Eu ri dela e olhei para os corredores tudo continuava igual, as Líderes de Torcida passando em grupo e jogando o cabelo, os casais de mãos dadas pelos corredores, os valentões colocando os nerds nos armários e os Jogadores de basquete com aqueles sorrisos encantadores.

— Ei Mari, aquele ali não é o seu amiguinho? o Rafael né — Sarah disse me cutucando e apontando para os jogadores, mais específicamente para o Rafael. O meu melhor amigo de todos, nós conhecemos de infância, (confio mais nele ainda do que confio no Sarah) — Até hoje eu não entendo a amizade de vocês.

Franzi as sobrancelhas.

— Por que?

— Porque ele é popular todo mundo conhece ele e, inclusive, ele é o seu melhor amigo mais você continua na mesma sendo considerada uma nerd invisível. — Sarah reclamou, ela tem uma paranóia esquisita com os populares. Ela sempre quis ser igual a eles, tanto que uma vez tentou andar com a Tiffany.

Quem é Tiffany?
A Abelha Rainha da escola, ela se acha superior e uma vez namorou com o Rafael. Ele se afastou de mim nessa época, ele era muito apaixonado nela e a fama do Rafael na escola fez ele me excluir sem nem perceber.

— As coisas não funcionam do jeito que você pensa Sarah e eu prefiro assim sabia, é melhor ser invisível do que ser o centro das atenções.

Nesse momento o sinal bateu e eu e Sarah fomos até a nossa sala eu me sentei no fundo da sala e Sarah se sentou na mesa atrás de mim, meus olhos acompanharam o Rafael se sentar na mesa do meu lado, eu o considero o meu melhor amigo, mesmo sabendo que não temos a mesma conexão de antes. O professor ainda não havia  chegado na sala.

Logo em seguida o Rafael olhou pra mim com um sorriso e que sorriso.

— Eii, Mari.

Sorri de leve.

— Oii Rafa, como foi as férias?

— Er... No intervalo a gente pode conversar? Eu troquei de celular e acabei perdendo o seu número e também tenho tenho outras coisas para te contar.

O professor entrou na sala assim que ele terminou de falar.

— Tá bom, depois a gente conversa.

Ele assentiu e olhou para frente.

         [...] (Em negrito)

As aulas passaram rápido e já era o intervalo.

Eu fui até o refeitório com a Sarah, pegamos nossos lanches e sentamos em em uma mesa que estava vazia Sarah ficou de frente pra mim com uma expressão super ansiosa, o que não é novidade nenhuma.

— Amiga sabe o que eu estava pensando? ainda vai ter o Baile de Boas Vindas da escola. Eu sei que nem podemos considerar um Baile de "Boas- Vindas" porque demoram para organizar a festa e tudo mais, mas você não tá animada? Ano passado a festa foi a melhor que já fizeram.

— Aham tá, e quem é que vai convidar a gente? — murmurei e dei uma boa mordida no meu sanduíche.

— Quem vai me convidar eu não sei. Mas você,neu acho que o Rafael te convidaria — ela comentou rindo, ela sempre criou uma fanfic na cabeça dela que eu e o Rafael somos um casal perfeito.

— Até parece né. Sarah, ele não é o mesmo garoto perfeito e gentil que eu conhecia. O Rafael mudou, eu não conheço a pessoa que ele se tornou com certeza ele vai preferir convidar alguma líder de torcida qualquer.

— É você conhece ele e você sabe muito bem que o Rafael não é assim. Eu considero todos os jogadores idiotas por igual, menos o Rafael. E tudo bem que você fala que agora ele gosta de festas, tem amigos ruins e valentões e ficou popular. Mas qualquer um dessa escola sabe que ele é o menos idiota daquele grupinho.

— Você não entende, Sarah. Agora fim do assunto, tá!? Chega! Acabou!

— Tá bom, desculpa.

Meu Melhor Amigo - (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora