Capítulo 3 - A ansiedade de um autista

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Jungkook chegou em casa depois da noite difícil que tivera. Fora mais complicado do que esperara ter que sair assim, ainda mais com mais interação social do que estivera imaginando. Pelo menos o local era conhecido.

Quando mandara mensagem para Namjoon avisando que iria participar da saída, avisara que deveria ser em algum dos lugares que ele aprovava, pois nestes sabia que haviam assentos em que a música não era assim tão alta e que definitivamente não havia música ao vivo. Não, música ao vivo ele não podia aguentar, com aquela caixa de som no volume máximo virado para todas as mesas. Como podiam ao menos conversar sendo que nem seus próprios pensamentos não podia ouvir direito?

Namjoon, então, conversara com Hoseok e, ambos sabendo do fato de que Jungkook era autista, decidiram escolher um dos lugares selecionados por ele. O pub britânico era perfeito, e ninguém tinha problema em sentar na mesa mais afastada de todas: os sofás. Ainda mais porque quem se importava realmente com a música? Desde que Jungkook estivesse se sentindo bem, estava ótimo, mais do que perfeito.

Então, com as condições feitas, Jungkook se sentiu confortável em participar da saída com todos. Ele chegou no momento em que os viu descendo do carro, mas decidiu esperá-los cumprimentar – vai que decidiam algo mais antigo, como se abraçar como cumprimento? –, então apareceu somente quando todos já estavam entrando e passando pelo segurança. Hoseok, como sempre muito grudento, o puxou para dentro do Pub e, assim, pode guiá-los para a mesa combinada: a mais no fundo, onde a música não era tão alta.

Todos pediram suas bebidas, mas Jungkook ficou basicamente na mesma cerveja desde que chegaram, dessa forma, parecia que sempre estava bebendo algo. Trocou de copo somente uma vez, quando viu que seu secretário mais velho, o júnior Kim SeokJin havia dormido sentado. Coitado, devia ser muito fraco para bebidas, queria poder ajudá-lo de alguma forma.

Tentou, mais ou menos nesse momento, se aproximar de quem mais se interessava. De amizade, claramente tinha mais intimidade com Namjoon e Hobi, mas havia uma pessoa que causava alguma coisa estranha em seu estômago.

Nunca se sentira assexual. Muito pelo contrário, já tivera vários parceiros e parceiras sexuais, por isso se considerava pansexual, sim, obrigado. Inclusive, achava que a parte mais difícil era de se relacionar profundamente com as pessoas: achava que só de dar o primeiro passo e a pessoa já entendia, pronto e acabou. Era só o sexo.

Mas há algo a mais com esse tal de Jimin. Alguma coisa o chama e faz com que Jimin não compreenda e não queira somente sexo. Se não, as coisas teriam se desenrolado de forma mais fácil. Com Jungkook, é tudo muito fácil: ele é famoso, rico, bonito, suas tatuagens e piercings chamam atenção, sem contar seu status social e dinheiro, que são muito reconhecidos socialmente. Agora... Jimin não parece se importar com isso.

Não conseguiu o que queria logo de cara com Jimin. Na verdade, trocou várias palavras com Jimin e ele já teve seu número de telefone. Como conseguiu isso? Ninguém nunca havia conseguido antes, não com tanta facilidade. Jungkook estava sinceramente surpreso. Será que estava sendo preso em alguma teia de planos diabólicos? Jimin parecia ser alguém tão sincero, será que faria algo maldoso?

Tentou conversar mais um pouco, mas com SeokJin dormindo e Namjoon ficando com uma menina aleatória, a noite foi chegando ao fim. Logo Hoseok e Yoongi estavam em altos beijos no sofá, que precisavam ser separados com rapidez antes de se tornar algo mais intenso do que o necessário e irem para o quarto. As despedidas foram dadas e cada um foi para seu próprio carro.

Então era essa a sensação de chegar em casa e sentir uma ansiedade no estômago de esperar uma mensagem de alguém. Jimin tinha seu número, talvez recebesse uma proposta de saída.... mas ele também tinha seu número com o áudio da música recebido, ele deveria mandar algo. Sim, podia mandar algo.

Já eram 6 e pouco da manhã, Jungkook estava deitado na cama, a barriga para cima, o pijama milimetricamente colocado no corpo e o brilho do celular baixo refletindo em seu rosto. A conversa estava aberta em Jimin, e então, viu que ele estava "online". Era agora ou nunca. Mandou somente:

"Quer tomar café da manhã comigo?"

Silêncio.

Mensagem visualizada.

Silêncio.

Digitando.

Apagou. Silêncio.

Digitando.

"Onde?" 

"Onde?" 

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A minha cor por você - pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora