Mulher perfeita pra um mafioso...

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Ino (On)

Tínhamos tudo pra dar certo.

Estava apenas eu, Hinata, Tenten e Sakura, em uma festa com a nossa velha amiga, Temari. A boate estava lotada, e diferente de Tenten, eu e as meninas vinhemos aqui a trabalho, não pra curtir o som alto, e a bebedeira... infelizmente. Temari não sabia de nada sobre nós, na verdade sabia algumas coisinhas sim, mais tudo não passava de mentiras da nossa parte. Se soubéssemos que ela veria nosso tráfico, nunca teríamos a levado conosco naquela noite.

A verdade é que a conhecemos em um evento, onde nosso chefe o S.N, nos mandou de penetras, afim que conseguíssemos pegar um idiota que devia dinheiro pra ele, na verdade não conseguimos o pegar naquele dia, mais conseguimos informações deveras interessantes sobre ele. Isso foi a quatro anos atrás, agora, na atualidade, ele estar morto, a cerca de dois anos.

Nos esbarramos com Temari na saída daquele evento, inventamos uma mentira sem era nem beira, dizemos que tínhamos sido assediadas e estávamos sem saber o que fazer, até por que não podíamos dizer que estávamos seguindo ordens da máfia... Ela nos ajudou, e deste então nos tornamos amigas...

Quer dizer, até um tempo éramos ótimas amigas, nos cinco éramos inseparáveis... Só que infelizmente ela quis se meter onde não lhe interessava, com isso tivermos que tomar atitudes drásticas.

Temari viu Sakura recebendo dinheiro em troca de drogas, e viu Tenten com uma arma na mochila. Deste então, nossos passeios entre amigas diminuíram, e Temari se afastou quando pedimos pra ela não insistir em querer saber quem realmente éramos, depois daquele dia, tive a impressão de que ela não deixaria esse assunto de lado, e o medo de sermos descobertas foi maior que qualquer laço afetivo.

E era isso, eu precisava contar ao meu chefe, e conhecendo Shikamaru, ele não gostaria nada de saber sobre isso. Nós culparia por sermos desastradas com nossos disfarces, e faria com que nos cuidassemos do caso. Ele pode até ser meu primo, mais ele é rígido, frio, e calculista.

Sei que quando ele souber sobre Temari, ele não vai medir esforços pra dar um sumiço nela. E eu não quero ver minha amiga morta, por que é isso o que acontece quando alguém descobre sobre a máfia. Ela é morta, da pior ... forma.

- Que história tens a me contar, Ino ? - Ele perguntou, enquanto me fitava... sério.
- Vou direto ao ponto. - Ele assentiu- Estamos sendo descobertos.

Um silêncio pesado se instalou pelo cômodo, e estávamos só eu e ele ali dentro. Ele não parecia estar preocupado, mais eu sinto que sim. A única coisa que fez, foi reacender o cigarro na sua boca, e girar na cadeira giratória, olhando a vista a sua frente. Sua janela era de vidro temperado, e tomava quase toda uma parede. Era possível ver tudo dali, inclusive a luz da noite. O ouvi suspirar, e som dos seus dedos batendo na sua própria perna. Aquilo me deixava agoniada, e percebendo meu nervosismo, falou duma vez.

- Isso é simples não é ? - Me perguntou, ainda olhando a vista lá fora- Mate seja lá quem queira entrar no nosso caminho.
- Nós não podemos. - O respondi.
- Dei-me pelo menos um motivo pra isso.
- Ela é nossa amiga, não teríamos coragem...
- Eu sabia que tinha haver com laços de amizade.-pude sentir a irritação na sua voz- Quantas vezes eu disse, é pedi pra não fazerem amizade com quaisquer pessoas, é que quando o fizesse, mantesse total sigilo?
- Agen...
- Se não vão a matar, então a tragam até mim, eu mesmo faço isso. - Ele diz, jogando o cigarro no chão, e pisando em cima dele, apagando seu fogo- O quanto antes melhor.
- Também não iremos fazer isso.
- É vão fazer o que ? - Ele me olhou por cima do ombro- Se minha máfia afundar, e eu for preso, vocês também irão, e saiba que tudo será culpa de vocês. - Ele finalmente se vira, apontando a merda do dedo dele, na minha cara- Essa organização estar viva a mais de cem anos, e é passada de geração por geração, e eu não pretendo deixa-la ser descoberta exatamente na minha vez se ser o líder. - Ele franziu a testa- Eu prometi eliminar qualquer um que ousasse entrar no meu caminho. Se não querem a matar, então deixe que eu mesmo faço isso.
- Você não pode! - O repreendi- Ela é uma boa moça, ela não merece isso. - minha voz estava embargada, e eu segurava o choro. Nunca que eu gostaria de ver a minha amiga morta, por minha causa- Mate a mim, mais não mexa com ela.
- Primeiro que também prometi não matar ninguém que tivesse grau parentesco comigo, e segundo que vocês merecem mesmo a morte por terem sido tão descuidadas. - Ele aumentou o tom da voz- AGORA SOME DA MINHA SALA, E SÓ VOLTE AQUI COM ELA. SEJA VIVA, OU DE PREFERÊNCIA, MORTA!
- Shika...
- Fale Ino!
- Ela é a pessoa certa pra ser mulher de mafioso...
- É o que te faz achar que quero uma mulher no meu pé?
- Não lembra quando tia Yoshino lhe fez prometer que daria herdeiros antes dos vinte e cinco anos ? - Ele assentiu- Você já tem vinte e três, e até agora não apresentou ninguém a esse cargo. Não vai demorar pra que os dirigentes da máfia comecem a cobrar por um herdeiro pra chefiar futuramente e você...
- Quantos anos ela tem ? - Ele parece interessado... Boa Ino!
- Ela tem vinte e um anos.
- Ela é virgem?
- Sim. - Ele parece ter gostado de ouvir isso- Pelo o que ela me disse, ela é sim.
- A traga com vida até mim, antes de vinte é quatro horas.
- Deixa comigo.

A uma norma dos dirigentes, que diz que mulher de mafioso deve ser cem porcento pura, sem ter se entregado a homem nenhum. Segundo o que Temari me disse, ela nunca transou, o que podia ser um bônus. O difícil mesmo, seria convencê-la a isso.

Ela é carne de pescoço, o só nos resta torcer pra que ela o obedeça, caso contrário...

Mafiosos delinquentes. SHIKATEMA Onde histórias criam vida. Descubra agora