Capítulo 03

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Algum ritmo em comum fez nos conversar

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Algum ritmo em comum fez nos conversar...
Algum ritmo em comum fez nos encontrar
Algum Ritmo-
- Gilsons, Jovem Dionísio.

     A viajem durou 5 horas e mesmo que eu tenha dormido a viagem inteira eu estou cansada, sério, parece que uma manada de elefantes passou por cima de mim.

  O trajeto do aeroporto para o dormitório é rápido, o que me dá um arrependimento, logo lembro das minhas bagagens, não, não sinto nenhum pouco arrependida do Uber. Dou um sorriso de leve, pensando nas loucuras que penso e passo no meu dia a dia.

  As vezes, eu queria que a minha história estivesse sendo escrita em um livro, mesmo que ninguém o pegasse para ler, eu queria ler depois de velhinha e rir das idiotices que passei e talvez chorar pelos momentos que passei. Por isso, geralmente busco tirar foto de tudo que acho lindo, meus irmãos me acham esquisita por isso.

  Eu tenho a mania de ver algo que me faça sentir feliz ou até mesmo nostálgica, aí não aguento e tiro a foto. No meu aniversário de 15 anos, meu irmão Sat, que até então morava com a gente ainda, me deu de presente uma câmera Polaroid.

  Naquele dia eu fiquei tão feliz, que nem as provocações de Stell tirava aquele sorriso do meu rosto. E eu, lógico, saí como uma louca tirando foto de tudo e todos.

  Tirei foto da mamãe cozinhando, enquanto meu pai ria de algo que ela falava, os dois se olhando apaixonadamente.

  Tirei foto do meu irmão todo sujo de areia, enquanto comia a mesma, minha mãe gritou tanto nessa hora e eu e meus irmão só fazíamos rir, eu gargalhei tanto que a minha barriga doeu e meu pai tadinho, tentava ajudar a minha mãe enquanto insistia na tentativa falha de segurar o riso.

  Eu confesso, tem vezes que olho aquelas fotos e simplesmente caio na gargalhada, já até coloquei ela presa em frente a geladeira, próximo aos post it que a gente deixava recados/avisos.

  Meu irmão ficou vermelho quando viu aquilo e aprontou outra comigo. Suspiro sentindo meu peito doer, não tem nem um dia que estou longe deles e sinto tanta falta deles. Como será que vou aguentar esse tempo todo longe deles?.

  Óbvio que os verei em época de férias, mas logo vou retornar para cá e vou sentir saudades novamente. Mas eu sei que preciso disso, lá no fundo tenho um desejo imenso de pegar o primeiro vôo pra voltar, mas eu não vou desistir, eu não posso.

  Saio dos meus devaneios quando percebo que já cheguei no prédio, pago o motorista e ele me ajuda com minhas bagagens que não são poucas.

  Consigo com muito sacrifício levar todas para o elevador, que inclusive, quero deixar claro que agradeço aos céus por te elevador. Só de pensar em ter que subir com essa bagagem toda pelas escadas já imagino a dor que iria sentir depois.

  Quando o elevador está quase fechando ouço de longe uma menina falar, aliás, falar não gritar para eu segurar o elevador.

— SEGURA, SEGURA O ELEVADOR MOÇA!— Ainda meio embasbacada com os gritos eu ponho, sutilmente o meu pé direito na porta do elevador, antes que o mesma feche. O que resultou em uma menina tropeçando nos meus pés e caindo com tudo em cima das minhas malas.

— Meu Deus, me desculpa moça, me desculpa mesmo, mal cheguei e já fiz minha bagunça. Aliás, meu nome é Mariana, como se chama?.

  Ela diz despejando tudo, e eu? Fico estática e começo a sentir falta de ar, levantando as duas mãos e me abanando para circular ar, o que passa a ser uma piada já que estamos dentro do elevador fechado.

— Moça? Tá tudo bem? Aí meu Deus, não morre não, sou nova demais para ser acusada de homicídio não culposo.— ela diz e começa a abanar as mãos em minha direção também.

  Quando ouço um toque do elevador anunciando que já tinha chegado ao andar, não espero muito e já saio correndo de dentro daquela caixa de ferro.

  Enquanto isso a menina tira todas as malas que estavam dentro do elevador e chega perto de mim um tanto assustada.

— Tudo bem?— ela revira os olhos e bate com a mão na testa— Óbvio que não né Mariana— ela diz para si mesma e depois retorna a me perguntar.

— Já está melhor? — Acabo assentindo, ainda me recuperando.

— Me desculpa mesmo, eu sou toda destrambelhada e levei você junto— Acho graça da forma que ela fala espontânea.

— T-tudo bem, não foi nada—  digo olhando para baixo — Bom, vou indo, obrigada... Ãn, pela ajuda— aponto em direção ao elevador.

— Que nada menina, vamos lá, meu quarto é do mesmo andar, aproveito e te ajudo. Qual é o número do seu quarto?— ela diz sorridente.

  Observo ela rapidamente, sou um pouco menor que ela, a mesma tem os cabelos compridos castanho claro, tão claros que quase chegam a ser louros. Tem os olhos também claros em um tom de azul celeste, ela usa algumas uma camisa preta escrito "DANGER: Se não saí da frente, eu passo por cima" com as letras em vermelho o que realçou na pele clara dela, dou uma leve risada, não tive tempo de ler o que havia escritos antes dela passar por cima de mim. 

— Oi? Se tiver passando mal de novo, posso te levar no hospital— ela diz abanando as mãos na frente do meu rosto e sinto o meu rosto queimar.

— N-não, tá tudo b-bem, você falava o que?— perguntei, satisfeita comigo mesma, por ter conseguido falar mais de uma frase com ela.

— Perguntei qual é o número do seu dormitório, você vai morar nesse andar, certo?

— Sim, é o número...— pego o papel que estava na minha bolsa que me indicava o endereço do prédio e o número do dormitório— Número 118.

— AIII!! Não acredito, vamos ficar no mesmo quarto— ela diz rindo e me abraçando de lado, com a animação dela dou uma leve gargalhada.

— Vamos lá— aceno com a cabeça e começo a arrastar as malas para o dormitório que fica no final do corredor.

  Chegando no quarto, eu percebo que não tem tantas coisas, apenas as duas camas (uma em cada lado do quarto), duas cômodas os dois roupeiros e outra porta que provavelmente é a do banheiro e o quarto é todo branco o que e deixa feliz, já que podemos decorar da cor e como quisermos.

  Já imagino até as minhas fotos em um lado da cama, dou um sorriso ao pensar nisso.

— Vamos, vamos, precisamos ajeitar logo para conhecer a universidade e a cidade. A propósito, qual é o seu nome?.

—Stela, me chamo Stela.

  Nós duas sorrimos uma para a outra.

— Prazer Stela, preparada para os melhores anos da sua vida?.— ela diz com entusiasmo fora do normal.

— Com certeza.- falo com firmeza que só Deus sabe de onde veio  


Nota da autora: 

Socorro, só tô aquele meme de Bob esponja "Mil anos depois" eu apareciii. Gente, minha vida deu um reviravolta assim como na da Stela. Como vocês estão? 

Beijos de luz 

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⏰ Última atualização: Oct 11, 2022 ⏰

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