𝗯𝗲𝗮𝘂𝘃𝗮𝗻𝗻𝗮𝗵 || savannah clarke, de 17 anos, é uma garota depressiva sem vontade de viver, mas que encontra a esperança num par de olhos azuis. após a sua tentativa de suicidio, josh beauchamp revela o que vem sentindo por ela.
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Cheguei em casa e reparei que meus pais não estavam, graças a deus. Subo até o meu quarto e vejo Nakita vendo alguma coisa no meu computador. Dou de ombros e coloco a bandana de Josh em cima da minha mesa.
⸻ O que está vendo? ⸻ questiono enquanto me sento na cama.
Nakita: Roupa. Estou precisando. ⸻ ela desliga o computador e deita sua cabeça em meu colo.
⸻ Você pode usar a minha. ⸻ ela agradece, começo a fazer carinho em seu cabelo.
Nakita: De quem é aquela bandana? ⸻ diz se referindo à bandana de Josh que estava em minha mesa.
⸻ De um garoto que eu encontrei lá no parque, ele me deu como recordação, caso a gente não se encontre mais. ⸻ digo sorrindo lembrando dele.
Nakita: Porque você simplesmente não pediu o número dele? ⸻ questiona em um tom óbvio.
⸻ Verdade, eu nem lembrei. ⸻ digo desanimada. ⸻ Tomara que a gente se encontre novamente.
Nakita: Ih, já está com saudades. ⸻ ela ri.
⸻ Nem começa, eu só conheci o garoto hoje Nakita. ⸻ digo em um tom sério.
Nakita: Tudo bem, depois não venha dizer que eu avisei no dia do vosso casamento. ⸻ ela levanta de meu colo e sai do meu quarto mandando um beijo pro ar.
Que ódio, como que eu não fui capaz de me lembrar de pedir a porra do número? Mas também, seria estranho não? Entretanto meus pais chegam em casa, e o meu sossego e descanso acaba quando vejo a porta se abrindo lentamente, e por detrás dela estava meu pai.
William: Já comeu? ⸻ diz enquanto fecha a porta do meu quarto.
⸻ Eu não estou com fome. ⸻ engulo seco.
William: Se continuar magra desse jeito, nenhum homem te vai querer. ⸻ revira os olhos.
⸻ Eu não preciso de nenhum homem para ser feliz, não sou como a mãe. ⸻ consigo perceber um olhar de raiva do meu pai.
William: Eu não admito que você fale assim da sua mãe. ⸻ levanta o tom de voz. ⸻ E tudo bem se continuar assim, sem comer rigorosamente nada, o problema não é meu mesmo. Mas toma cuidado para o vento não te levar. ⸻ ele sai do meu quarto fechando a porta com muita força.
Abraço minhas pernas e baixo minha cabeça, deixando várias lágrimas escaparem dos meus olhos. Porque é que meus pais se sentem na obrigação de me tratar assim, e de me culpar por tudo o que acontece na vida? Mal sabem eles que não como porque eles me tiram essa vontade. Sem hesitar, me levanto da cama e pego uma lâmina que eu tinha guardado na gaveta, e rapidamente faço um corte em meu braço. Pode parecer doentio, mas eu realmente só me sinto bem se me automutilar. Já estava anoitecendo, então eu resolvo me deitar para dormir, visto que eu não iria fazer mais nada.
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Como já estava ficando tarde, eu resolvo me preparar para dormir. Mas antes disso, fui até o meu armário e peguei o casaco de Savannah, e por algum motivo, me senti na obrigação de o cheirar mais uma vez. Fiquei agarrado ao mesmo durante poucos minutos e suspirei, guardando-o novamente no armário e me deitei na cama, olhando para o teto e pensando mil e uma coisas, mas logo pego no sono.
