Capítulo 37

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Caminho em direção ao banco do carona contando os segundos para irmos logo resgatar a minha mulher.
Dylan achou uma péssima ideia eu ir entregar algo de valor sozinho sem a polícia e sem ter certeza se irei mesmo ter a Amber de volta, mas sabendo que não temos outra opção ele acabou concordando

Camila queria ir conosco a todo custo, mas eu fui totalmente contra já que não fazemos ideia do que iremos encontrar por lá
-Traga a minha amiga de volta_ela aperta minha mão pela janela

— Eu prometo que só irei sair de lá com ela ao meu lado_sorrio para ela

— Esta tudo certo, o colar está na maleta_Dylan entra no carro se sentado no banco do motorista

— Eu ainda penso que devo ir sozinho, não quero te colocar em risco_digo assim que ele entra no carro

— Você acredita mesmo que vou deixar o meu melhor amigo sozinho em um momento tão delicado?_ele me olha sério

— Meu marido é bem grandinho garanto que sabe se defender_Camila como sempre brincando em situações delicadas

— Você tem uma família que precisa de você, eu nunca me perdoaria se acontecesse algo com você_aperto seu ombro

— Não pense nisso, vai dar tudo certo se o que George quer é esse maldito colar ele terá, agora vamos que já está quase na hora_ele olha em seu relógio e logo depois se despede de sua esposa com um beijo amoroso e sussurros inaudíveis

— Espero não precisar usar_travo a arma que Dylan me deu em seu escritório e a coloco na cintura

— Lembra de quando saíamos para atirar?_ele liga o carro saindo de sua casa

— Sim, você sempre insistiu em dizer o quanto era importante saber usar uma arma, hoje eu vejo que você fez bem em insistir comigo

— Se algo fugir do nosso controle faça aquilo que combinamos_ele me olha

— Não, isso eu não posso fazer e se algo der errado?_o olho assustado

— Não vai dar, temos que estar preparados para tudo se eu der o sinal não exite em fazer_ele acelera pela estrada escura

Respiro fundo acenando com a cabeça e torcendo para não chegar a tão ponto.
Andamos por mais uns vinte minutos até encontramos o ponto exato em que ele mandou esperarmos por ele

Estou tão nervoso que sinto o suor escorrer pelo meu rosto, minhas mãos estão geladas e a todo momento estamos meus dedos tentando distrair a minha mente
-Ele chegou, fique calmo não caia nas armadilhas dele já sabemos como ele é ardiloso e irá fazer de tudo para te provocar_ele sai do carro comigo o seguindo

— Vejo que trouxe o seu amigo, eu fui bem claro ao dizer para vir sozinho, eu costumo ser bem rígido quanto a acordos_Geroge sorri sem mostrar os dentes

— Onde ela está?não quero prolongar isso além do necessário_digo firme

— Mas porque tanta pressa?não está feliz em ver o teu sogro?_ele gargalha

— Ande logo com isso, onde está a Amber?_Dylan fala

— Já que não querem conversar vamos ao que interessa, onde está a minha jóia?_seus olhos brilham evidenciando toda sua ganância

— Esta aqui na maleta, mas só irei te entregar após ver a minha mulher_levanto a maleta

— Você enche essa boca imunda para chamar a minha filha de mulher, não seja ridículo você nunca será o que a minha filha linda precisa_ele cospe as palavras com desdém

— Pare de dizer bobagens e diga logo onde está a Amber_digo nervoso

— Fiquem parados aí e não tente bancar os heróis, ou a minha filha pagará com a vida_ele se afasta voltando para uma parte escura de onde veio

Amber
De onde estou posso ouvir toda a conversa, meu corpo todo treme por medo do que meu pai possa fazer.
Eduarda segura meu braço me impedindo de correr, o que eu não conseguiria fazer no momento já que me sinto cada vez mais fraca
-Não se esqueça do que combinamos, você vai sair daqui graças a mim_ela aperta meu braço

— Eu só quero voltar para casa, pouco me importa o que vocês iram fazer depois_digo sincera

— Venha, chegou a hora de você pagar por todos os anos em que tive que aturar você_meu pai me puxa pela mata escura

Seguimos a passos rápidos e de onde estou já consigo ver o carro de Dylan, não consigo descrever a alegria que estou sentindo ao ver Edgar parado próximo ao carro
-Eu fiz tudo por você e nunca recebe se quer um sorriso_ele fala amargurado

— Pai eu sei que me culpa por tudo, mas eu não sou responsável por nada que aconteceu, eu não fazia ideia de nada, talvez se tivesse me contado tudo isso poderia ter sido evitado_paro de andar

— Pra você sumir com toda a grana?eu sei que só me aturou todos esses anos por não ter para aonde ir, mas isso não importa mais você está livre_ele me puxa para que eu volte a andar

Edgar tenta se aproximar ao me ver, mas meu pai faz um sinal para ele parar, seu rosto tem a mesma expressão que o meu a alegria do reencontro
-Você está bem?ele te machucou?_ele pergunta preocupado

— Não seja estúpido, por que eu machucaria a minha filhinha?_ele passa a mão em meu cabelo

— Aqui está a maleta, eu te entrego e você a solta_ele tenta se aproximar

— Fique onde está, quero que o seu amigo a traga até mim_ele segura em meu braço

Dylan passa por Edgar pegando a maleta e se aproximando de nós a passos lentos
-Vá, e cuide bem do meu neto_ele diz antes de me empurrar

Eu não sei bem o que fazer se devo andar devagar ou correr, mas o medo dele tentar algo contra mim, faz que eu corra para os braços do meu marido, saio a tropeços mal conseguindo ficar de pé
Ele corre em minha direção me segurando antes que eu caia, seus braços rodeiam meu corpo e o cheiro do seu perfume me dá as Boas-vindas
-Como eu senti sua falta minha gatinha_ele me aperta beijando minha cabeça

Olho para trás e Dylan está entregando a maleta para o meu pai, ele nos olha feliz por estarmos juntos e se encaminha em nossa direção, mas antes que ele se afaste meu pai o surpreende com uma arma
Ele a aponta para a cabeça de Dylan fazendo com que ele pare de andar
-Agora vamos falar do nosso acordo, Amber sabe como sou metódico a acordos e regras e você não cumpriu com o combinado_ele destrava a arma

Depois de tudo o que me aconteceu não consigo ver mais uma morte, e meu corpo se entrega fazendo com que tudo fique escuro e eu não veja e nem escutei mais nada

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