Só Mais Um Amor

Sétimo Capítulo

*Autor/a on*

Paixão é um sentimento que com o tempo se desvanece e desaparece, como se não fosse muito importante, simplesmente um passatempo banal, por assim dizer.

Por outro lado, o desprezo pode ser definido como um sentimento que nunca desaparece, pois essa palavra é dita para pessoas que nós odiamos ou até uma pessoa que nós confiavamos cegamente que, por conseguinte nos apunhalou pelas costas.

Essas eram as palavras que o Mateus tinha utilizado naqueles últimos dias. Pois é, às vezes as coisas não são fáceis, e naquele dia não foi diferente.

*Autor/a off*

*Mateus on*

Estava no carro do meu pai. E bem, sabem aqueles momentos em que desejam morrer por causa do silêncio incómodo? Eu estou neste momento a passar por isso, e é uma merda.

Depois de um longo percurso até casa eu sai do carro e o meu pai foi estacionar dentro da garagem, então aproveitei e fui para dentro de minha casa :
- Cheguei! - avisei quando passei pela porta de entrada.
- Filho, estou na sala com os teus avós! Anda cá dar-lhes um beijinho! - gritou a minha mãe da sala.
- Ok!

Caminhei com calma até à sala de estar. E lá estavam eles, a mulher mais exigente e preocupada da família que já tinha oitenta anos, podia ter essa idade mas sempre foi muito elegante e educada, tinha algumas rugas e o cabelo já grisalho, mas eu amo-a do mesmo jeito, já o meu avô era um homem já um pouco careca e gordinho, ele era e é conhecido como o comediante da família mesmo com oitenta e sete anos :
- Mateus, há quanto tempo! - entusisamou-se.
- Olá, avó. - respondi, com os braços abertos para receber um abraço cheio de saudade e carinho.
- Não te esqueças do teu avô, meu rapaz. - falou, o meu avô num tom de brincadeira.
- Mas é claro que não. - disse, e fui abraça-lo.

Fui preparar o quarto de hóspedes para os meus avôs, eles disseram que iriam ficar aqui uma semana. Seria bom que fosse mais tempo, mas eles já tinham planos para a outra semana.

Quando estava a acabar de fazer a cama, a minha avó entra no quarto :
- Mateus posso falar contigo? - questionou a minha avó com um tom de preocupação.
- Claro. - respondi.
- Passasse alguma coisa de errado com a tua mãe. - disse de maneira séria.
- Eu acho que a senhora deveria perguntar diretamente à sua filha, não a mim... - evitando a "pergunta" da minha avó acabei de fazer a cama e sai do quarto.

*Mateus off*

*Afonso on*

Descendo do autocarro fui caminhando lentamente até minha casa, pois eu estava pensativo e um bocado deprimido por causa do Mateus, que nem reparei que tinha chegado à minha porta de entrada.

Tirei as chaves do bolso do casaco e abri a porta, entrando logo de seguida, tirei os ténis e o casaco e andei até chegar à sala de estar e atirei-me para o sofá e comecei a sentir sono e cansaço, então deixei-me levar por eles e adormeci nos seus braços.

Eu sei por cima de um pasto verde que crescia para sul da montanha. Quando ouvi uma risada doce e harmoniosa :
- Estava à tua espera, meu amor! - virei-me calmamente e vi o Mateus a sorrir para mim.
- Mateus... - corri até ele e abracei-o, quando de repente todo ficou escuro.

Levantei-me ofegante e assustado. Mas que merda :
- Filho estás em casa? - perguntou desde o hall de entrada.
- Sim, mãe. - respondi semiatordoado.

Ouvi os passos da minha mãe a aproximar-se da sala de estar então levantei-me, para a cumprimentar em condições :
- Olá, mãe. - abracei-a - Como foi o trabalho?
- Bem, e vai ser ainda melhor porque eu recebi uma promoção! - respondeu super alegre.
- Fico feliz mãe.
- Vamos comemorar,por isso vai vestir-te. - disse, empurrando-me para a planta de cima.
- Ok, já vou.

Subi e fui para o meu quarto que tinha casa de banho própria, para lavar-me e vestir-me em condições.

Quando acabei de me arranjar desci as escadas e sai de casa trancado a porta principal, para não sermos assaltados e fui para dentro do carro da minha mãe, enquanto está estava à procura alguma coisa no banco de trás.

*Afonso off*