Ela mudou lentamente a cruzada de suas pernas fazendo com que o tecido grudasse um pouco mais contra suas coxas bem desenhadas. Os joelhos estavam a mostra e o brilho vermelho do solado de seu caríssimo escarpim de marca estava refletido contra o balcão bastante polido do bar. A ponta do dedo indicador direito deslizava lentamente contra a taça de Martine de maça o mexendo enquanto os olhos perolados estavam presos em todas aquelas luzes iluminando de várias maneiras as garrafas que compunham o visual ao fundo. Havia alguma música baixinha tocando, e um pouco de movimento. Alguns homens corporativos da qual ela conhecia muito bem o perfil.
O Rinnegan Royal Hotel Bar estava muito bem localizado no décimo andar do maior e premiado hotel de luxo de Konoha City. Sua clientela era inegavelmente exclusiva, e só de passar ligeiramente os olhos pelas poltronas do salão, ela sabia haver empresários, políticos, agentes, etc. pessoas que tinham alguma relevância, fosse por dinheiro, fosse pelo poder e influência, e ela era uma dessas pessoas.
Hinata Hyuuga, uma garota bem nascida em uma família tradicionalista do sul, longa linhagem de advogados e figuras políticas. E bem, ela não seria diferente diante do legado, afinal, ela amava o que fazia e realmente era algo que parecia estar no sangue Hyuuga, a aristocracia, diplomacia e burocracia.
Entediante...
Ela bufou irritada levando o dedo úmido de álcool diretamente aos lábios pintados em um tom terroso nude. Aconteceu inevitavelmente de seus olhos finalmente repousarem sobre aquele anel sobre o balcão e repousado ao lado de sua taça. Ela o encarou com certo desprezo e raiva. Uma porcaria de anel de noivado feito de platina e diamantes com quase 7 quilates. Tudo bem, era uma porcaria bem cara, e muito bonita com aquele diamante imenso em forma de coração, mas ela o odiava naquele momento.
Envolveu a taça entre os dedos e bebeu mais um gole do drink adocicado tornando a repousar a taça perfeitamente alinhada ao bendito anel. As mãos alisaram o tecido da saia preta que usava, como mais um dos seus tiques por perfeição. Dada a toda circunstância que havia a colocado bem ali, ela deveria estar um caco, acabada, talvez descabela, mas ela apenas se recusava a isso, seria degradante e humilhante. Por isso mesmo que ela decidiu não externar nada, apenas empurrou para o lado aquele nó na garganta e a vontade pegar um pé de cabra e acabar com o carro de Yahiko. Oh não! Não era apenas com o carro. Se ele pudesse estar dentro e ela pudesse apenas afundar o metal em seu crânio, seria adorável, e depois empurrar o veículo a alguma colina e atear fogo...
Maníaco e psicótico? Muito! E era por isso que ela não deixava nada ser externado naquele instante, afinal, ela era uma mulher fina, completamente lucida e racional. Logicamente sustentar a racionalidade era o segredo da coisa. Bom, isso era o tipo de frase que Hiashi Hyuuga, seu pai, sempre dizia aos filhos.
A sua bolsa no banco ao lado emitiu um som forte de vibração a fazendo pegar o aparelho de celular que continha na tela, a foto dela e Yahiko abraçados, sorrindo e tão... apaixonados no iate dele a fizera amargurar, bem, ao menos ela amava aquele biquíni. Quanto ao homem? Reticencias e um adeus...
Suspirou enquanto seu dedo apenas lutou contra a sua razão em uma vontade louca de atendê-lo apenas para despejar mais daquela merda sobre ele, mas só ignorou a chamada novamente, porque ouvir mais desculpas idiotas era a última coisa que faria. A porcaria de cinco anos juntos e um casamento em andamento para ela descobrir o maldito canalha adúltero que ele era.
Repugnante!
Ela fungou limpando o nariz com o punho, embora não carecesse. Definitivamente humilhante... Convites mandados, buffet pago, e o salão do hotel? as passagens para as Maldivas?
Riu da sua própria desgraça.
Dois dias, exatas quarenta e oito horas e sua vida virou de ponta cabeça. Afinal, ninguém gostaria de pegar o seu noivo, o cara que você acreditava amar e decidira dividir uma vida, apenas fornicando com a vagabunda da sua melhor amiga no banco de trás do carro. Nem tiveram a decência de se enfiarem num quarto de motel ou qualquer coisa do tipo. A quanto tempo dormiam juntos?
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Se der bom, vai dar ruim
FanfictionO que de pior (ou melhor) poderia acontecer quando a brilhante e bem sucedida Hinata Hyuuga perde totalmente o controle por alguns instantes da sua vida pessoal? A assessora presidencial vivia a mil, seu impecável controle lhe rendeu ótimos frutos p...