10. Descoberta

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JOALIN LOUKAMAA

Depois do que houve no domingo decidimos dar uma pausa na segunda para a polícia não vir atrás de nós em mais um dia, mas aqui estamos em uma terça-feira na casa do meu vizinho tentando ligar os pontos dessa caça ao ouro.

—Denmark Tanny era um escravo que estava no navio e o único sobrevivente do naufrágio, ele construiu uma comunidade que hoje em dia é Charleston—Disse lendo a notícia no computador de Noah

—Mas se ele era um escravo, quer dizer que ele não tinha nenhuma herança, como ele construiu Charleston?—Bailey perguntava agora

—Com o ouro—Sina falou antes de todos

—E com o ouro ele também comprou a liberdade de outros escravos ao redor da cidade—Continuei lendo aquele artigo

—Isso quer dizer que não tem mais ouro?—Any perguntou

—É claro que tem ouro, ou se não aquele cara do farol não teria agido daquela forma—Noah afirmou enquanto lia junto comigo

—A morte de Denmark ocorreu após ele tentar comprar a liberdade dos filhos e da esposa—Falei terminando de ler e me virando para o grupo—Se ele não conseguiu, quer dizer que tem ouro escondido em algum lugar dessa cidade

—Mas como a gente vai achar esse maldito ouro?—Foi a vez de Any perguntar, fazendo um silêncio ficar entre a gente

—Talvez eu possa ajudar nisso—Confessou Sina—Meu pai deve ter algo de Denmark Tanny, ele já quis contar algumas histórias para mim e mostrar algumas coisas

—Sina, seu pai pode ter matado a Heyoon, você tem certeza que vai confiar nele?—Noah falou calmo

—Eu confio em mim Noah—Rebateu

—Certo Sininho, se você conseguir algo nos avise—Any finalizou aquela conversa e se levantou—Vou indo nessa—Falou e saiu do quarto do nosso amigo

Me levantei também da cadeira giratória em que eu estava e chamei Bailey, avisando nossos amigos que iríamos sair.

SINA DEINERT

Entrei na kombi velha de Noah e assim que ele deu partida eu senti o vento no meu rosto, já que a janela estava aberta. Fechei meus olhos sentindo a brisa que não era quente e nem gelada demais.

Mesmo com os olhos fechados, creio que Urrea está me olhando, então abro os olhos lentamente e direciono meu olhar para ele, que desviou na mesma hora.

Sorri para mim mesma e revirei os olhos. Noah estacionou e nós descemos da kombi.

—Se tiver alguma novidade, me mande mensagem Sina, não vejo a hora de achar esse ouro—Noah me lembra e antes que eu pudesse responder me assusto com meu pai abrindo a grande porta branca da entrada

—Ah, oi filha—Diz meu pai com o telefone em sua mão e animado

—Oi pai—Respondi sem animação alguma

—Por que está tão desanimada meu amor? Não recebeu a mensagem que te mandei?—Olhei de relance para Noah que se mantinha calado e peguei meu celular.

—Então Sr. Deinert, como vai?—Noah perguntou sendo simpático

—Te conheço?—Perguntou meu pai e eu revirei os olhos, ainda procurando a mensagem

—Me desculpe, prazer, me chamo Noah Urrea—O moreno ao meu lado cumprimentou estendendo a mão

—Urrea?—Meu pai perguntou

—Uma festa?—Li a mensagem interrompendo que meu pai descobrisse que o Noah mora do lado sul—Como assim uma festa? 

—Isso filha—Meu pai sorriu e me abraçou, revirei os olhos mais uma vez—Irei me tornar o presidente do conselho da cidade! Isso não é incrível?!—Forcei um sorriso e devolvi o abraço de meu pai

𝐆𝐈𝐑𝐋𝐒 𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora